'Já ouviu aquela do argentino?': por que nossos vizinhos são temacupom casa de apostaspiada na América Latina:cupom casa de apostas
O pontífice contou a piada para uma jornalista da emissora mexicana Televisa e disse: "Não somos humildes. Somos muito cheioscupom casa de apostassi".
Ironicamente, ter um papa argentino não contribuiu muito para diminuir a sensaçãocupom casa de apostassuperioridadecupom casa de apostasalguns cidadãos do país.
Francisco, Lionel Messi, Diego Maradona, a rainha Máxima da Holanda... estes são alguns dos nomes do país mais reconhecidos no planeta e que fazem muitos desta nação sul-americana explodiremcupom casa de apostasorgulho.
No entanto, o ego supostamente exacerbado dos argentinos vai além destas figuras... ecupom casa de apostasfama as precede.
<link type="page"><caption> Leia também: Possível 'substituta' à Argentina, Colômbia pacificada é oportunidadecupom casa de apostasnegócios ao Brasil </caption><url href="http://vesser.net/noticias/2015/10/151008_colombia_dilma_visita_fd.shtml" platform="highweb"/></link>
'Argentinidade'
Segundo Gladys Adamson, diretora da Escolacupom casa de apostasPsicologia Social do Sul,cupom casa de apostasBuenos Aires, o sentimento tem uma origem histórica.
"Surgiu no fim do século 19, quando o país era uma das potências mais ricas do mundo e, depois, com as Guerras Mundiais, quando a Argentina se converteucupom casa de apostas'celeiro do mundo'", explica Adamson.
A especialista destaca que esse momento coincidiu com a criação do conceitocupom casa de apostas"argentinidade", já que isso ocorreu ao mesmo tempocupom casa de apostasque chegava uma enorme onda migratória que formaria a base da sociedade argentina.
Mas Adamson diz que o ego dos argentinos é muito ambivalente: "Por um lado, há a arrogância, o 'sentir-se importante', e, por outro, somos muito autocríticos".
Ela dá como exemplo a eleição do papa, explicando que um comentário corrente entre os argentinos foi: "Quem vai conseguir aguentar a gente agora?".
Para Graciela Peyrú, diretora da Fundação para Saúde Mental, os argentinos têm transtornoscupom casa de apostasautoestima, um problema associado ao narcisismo.
<link type="page"><caption> Leia também: Minha Casa, Minha Vida reproduz injustiça social, conclui pesquisa</caption><url href="http://vesser.net/noticias/2015/10/151020_minha_casa_minha_vida_pesquisa_tg" platform="highweb"/></link>
Estereótipo
No entanto, muitos especialistas esclarecem que o grande ego muitas vezes associado aos argentinos é, na realidade, uma característica específicacupom casa de apostasum grupocupom casa de apostascidadãos do país.
"O que se pensa internacionalmente do argentino é, na verdade, algo do portenho, o habitante do portocupom casa de apostasBuenos Aires, que costuma ser o que mais viaja ao exterior. Por isso, as piadas se referem a eles", diz Daniel Divinsky, fundador da Edicionescupom casa de apostasla Flor, editora que publica obrascupom casa de apostasalguns dos humoristas mais famosos da Argentina.
Mas ele admite que muitas das críticas por trás das piadas tem fundamento: "O portenho é uma pessoa cheiacupom casa de apostassi, prepotente, abusada, que respeita pouco os demais e que está o tempo todo buscando obter alguma vantagem".
Apesar disso, ele também avalia que, "como todo estereótipo, as piadas se baseiamcupom casa de apostasexageroscupom casa de apostascomportamentos usuais".
"Há muitos anos, estive com o escritor Umberto Eco na Feira do Livrocupom casa de apostasFrankfurt e, referindo-se à diásporacupom casa de apostasargentinos produzida pela ditadura, ele dizia que os argentinos eram os judeus do mundo moderno", conta Divinsky.
Segundo ele, a etnia judaica, à qual ele pertence, e os argentinos têmcupom casa de apostascomum o fatocupom casa de apostas"aceitarem piadas irônicas ou que os denigrem desde que sejam feitas por eles mesmos, mas não aceitam quando isso vemcupom casa de apostasestrangeiros".
<link type="page"><caption> Leia também: O dramático testemunho da mulher que gravou aborto espontâneo para estimular debate</caption><url href="http://vesser.net/noticias/2015/10/151022_gb_aborto_video_fd" platform="highweb"/></link>
Dupla personalidade
Mas o que pensam os portenhoscupom casa de apostassi mesmos?
Em uma consulta feita nas ruascupom casa de apostasBuenos Aires, foi possível confirmar a ambivalência mencionada por especialistas.
Metade das pessoas usaram elogios para descrever os argentinos, dizendo ser pessoas "especiais", inteligentes", "versáteis" e que "podem resolver qualquer situação".
Mas outras se referiram a seus concidadãos - e a elas próprias - como "mentirosas", "ladras", "soberbas", "reclamões" e "contraditórios".
Alguns disseram que a sensaçãocupom casa de apostassuperioridade argentina surge da falsa ilusãocupom casa de apostasser uma extensão da Europa na América do Sul - "a Paris do sul" -, o que contrasta fortemente com a realidadecupom casa de apostasser um país latino-americano.
Mas quem melhor resumiu a dupla personalidade argentina foi um idoso que vendia mate na tradicional Avenidacupom casa de apostasMaio.
"Dizemos sempre que o pior da Argentina somos nós mesmos. Mas, apesar disso, não há país melhor do que o nosso."
<link type="page"><caption> Leia também: Há 26 anos, 'De Volta para o Futuro 2' via 2015: Veja as previsões certas e as que passaram longe</caption><url href="http://vesser.net/noticias/2015/10/151020_de_volta_futuro_2_previsoes_fn" platform="highweb"/></link>