Dez perguntas para entender o conflito entre israelenses e palestinos:betano instalar
betano instalar Três palestinos foram mortos por israelensesbetano instalarepisódios diferentes neste sábado. Segundo o governo israelense, os três foram baleados porque tentaram esfaquear judeus.
Em Hebron, cidade na Cisjordânia ocupada por Israel, um colono israelense matou um adolescente palestino a tiros, afirmando que o jovem tentou atacá-lo com uma faca. Na mesma cidade, uma militar israelense matou uma mulher, que também teria tentado esfaqueá-la.
Em Jerusalém, um palestino foi baleado e morto por forças israelenses quando apareceu mostrando uma facabetano instalarum postobetano instalarcontrole.
Uma nova ondabetano instalarviolência se instaurou recentemente entre israelenses e palestinos. No último mês, quase todos os dias houve casosbetano instalarisraelenses feridos por palestinos.
Ao menos 40 palestinos, incluindo muitos dos que promoveram os ataques, foram mortos. Do lado israelense, sete pessoas morreram e dezenas ficaram feridas nos ataques.
Exército na rua
Diante da situação, Israel anunciou nesta semana que colocaria seu Exército novamente nas ruasbetano instalarJerusalém e bloqueou o acesso a vários bairros e vilarejos palestinos no leste da cidade.
A correspondente da BBCbetano instalarJerusalém Yolande Knell diz que a nova ondabetano instalarviolência, que ocorre no momentobetano instalarque perspectivasbetano instalarum acordobetano instalarpaz parecem distantes, causa pânicobetano instalarIsrael e aumenta o temorbetano instalaruma nova intifada palestina – palavra árabe para "levante popular".
As tensões parecem ter como origem o futurobetano instalarJerusalém, que tanto israelenses quanto palestinos considerambetano instalarcapital.
Mas este também é o capítulo mais recentebetano instalarum conflito antigo que, no momento, parece mais longe do que nuncabetano instalaruma solução.
A BBC Brasil responde a dez perguntas básicas para entender por que esse antigo conflito entre israelenses e palestinos é tão complexo e polarizado.
1. Como o conflito começou?
O movimento sionista, que procurava criar um Estado para os judeus, ganhou força no início do século 20, incentivado pelo antissemitismo sofrido por judeus na Europa.
Naquele tempo, a região da Palestina, entre o rio Jordão e o mar Mediterrâneo, considerada sagrada para muçulmanos, judeus e católicos, pertencia ao Império Otomano e era ocupada, principalmente, por muçulmanos e outras comunidades árabes. Mas uma forte imigração judaica, alimentada por aspirações sionistas, começou a gerar resistência entre as comunidades locais.
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Após a desintegração do Império Otomano na Primeira Guerra Mundial, o Reino Unido recebeu um mandato da Liga das Nações para administrar o território da Palestina.
Mas, antes e durante a guerra, os britânicos fizeram várias promessas para os árabes e os judeus que não se cumpririam, entre outras razões, porque eles já tinham dividido o Oriente Médio com a França. Isso provocou um climabetano instalartensão entre nacionalistas árabes e sionistas que acaboubetano instalarconfrontos entre grupos paramilitares judeus e árabes.
Depois da Segunda Guerra Mundial e do Holocausto, aumentou a pressão pelo estabelecimentobetano instalarum Estado judeu. O plano original previa a partilha do território controlado pelos britânicos entre judeus e palestinos.
Após a fundaçãobetano instalarIsrael,betano instalar14betano instalarmaiobetano instalar1948, a tensão deixoubetano instalarser local para se tornar questão regional. No dia seguinte, Egito, Jordânia, Síria e Iraque invadiram o território. Foi a primeira guerra árabe-israelense, também conhecida pelos judeus como a guerrabetano instalarindependência oubetano instalarlibertação. Depois da guerra, o território originalmente planejado pela Organização das Nações Unidas para um Estado árabe foi reduzido pela metade.
Para os palestinos, começava ali a nakba, palavrabetano instalarárabe para "destruição" ou "catástrofe": 750 mil palestinos fugiram para países vizinhos ou foram expulsos pelas tropas israelenses.
Mas 1948 não seria o último anobetano instalarconfronto entre os dois povos. Em 1956, Israel enfrentou o Egitobetano instalaruma crise motivada pelo Canalbetano instalarSuez, mas o conflito foi definido fora do campobetano instalarbatalha, com a confirmação pela ONU da soberania do Egito sobre o canal, após forte pressão internacional sobre Israel, França e Grã-Bretanha.
Em 1967, veio a batalha que mudaria definitivamente o cenário na região - a Guerra dos Seis Dias. Foi uma vitória esmagadora para Israel contra uma coalizão árabe. Após o conflito, Israel ocupou a Faixabetano instalarGaza e a Península do Sinai, do Egito; a Cisjordânia (incluindo Jerusalém Oriental) da Jordânia; e as Colinasbetano instalarGolã, da Síria. Meio milhãobetano instalarpalestinos fugiram.
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Israel e seus vizinhos voltaram a se enfrentarbetano instalar1973. A Guerra do Yom Kippur colocou Egito e Síria contra Israel numa tentativa dos árabesbetano instalarrecuperar os territórios ocupadosbetano instalar1967.
Em 1979, o Egito se tornou o primeiro país árabe a chegar à paz com Israel, que desocupou a Península do Sinai. A Jordânia chegaria a um acordobetano instalarpazbetano instalar1994.
A Faixabetano instalarGaza, devolvida gradualmente aos palestinos a partirbetano instalar1994, seria cenáriobetano instalarnovos conflitos armados entre israelenses e palestinosbetano instalar2008, 2009, 2012 e 2014.
2. Por que Israel foi fundado no Oriente Médio?
A religião judaica diz que a áreabetano instalarque Israel foi fundado é a terra prometida por Deus ao primeiro patriarca, Abraão, e seus descendentes.
A região foi invadida pelos antigos assírios, babilônios, persas, macedônios e romanos. Roma foi o império que nomeou a região como Palestina e, sete décadas depoisbetano instalarCristo, expulsou os judeusbetano instalarsuas terras depoisbetano instalarlutar contra os movimentos nacionalistas que buscavam independência.
Com o surgimento do Islã, no século 7 d.C., a Palestina foi ocupada pelos árabes e depois conquistada pelas cruzadas europeias. Em 1516, estabeleceu-se o domínio turco, que durou até a Primeira Guerra Mundial, quando o mandato britânico foi imposto.
A Comissão Especial das Nações Unidas para a Palestina dissebetano instalarseu relatório à Assembleia Geralbetano instalar3betano instalarsetembrobetano instalar1947 que as razões para estabelecer um Estado judeu no Oriente Médio eram baseadosbetano instalar"argumentos com basebetano instalarfontes bíblicas e históricas", na Declaraçãobetano instalarBalfourbetano instalar1917 –betano instalarque o governo britânico se pôs favorável a um "lar nacional" para os judeus na Palestina – e no mandato britânico na Palestina.
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Reconheceu-se a ligação histórica do povo judeu com a Palestina e as bases para a constituiçãobetano instalarum Estado judeu na região.
Após o Holocausto nazista contra milhõesbetano instalarjudeus na Europa durante a Segunda Guerra Mundial, cresceu a pressão internacional para o reconhecimentobetano instalarum Estado judeu.
Sem conseguir resolver a polarização entre o nacionalismo árabe e o sionismo, o governo britânico levou a questão à ONU.
Em 29betano instalarnovembrobetano instalar1947, a Assembleia Geral aprovou um planobetano instalarpartilha da Palestina, que recomendou a criaçãobetano instalarum Estado árabe independente e um Estado judeu e um regime especial para Jerusalém.
O plano foi aceito pelos israelenses mas não pelos árabes, que o viam como uma perdabetano instalarseu território. Por isso, nunca foi implementado.
Um dia antes do fim do mandato britânico da Palestina,betano instalar14betano instalarmaiobetano instalar1948, a Agência Judaica para Israel, representante dos judeus durante o mandato, declarou a independência do Estadobetano instalarIsrael.
No dia seguinte, Israel solicitou a adesão à ONU, condição que alcançou um ano depois. Hoje, 83% dos membros da ONU reconhecem Israel (160betano instalar192 membros).
3. Por que há dois territórios palestinos?
Relatório da Comissão Especial das Nações Unidas para a Palestina à Assembleia Geral,betano instalar1947, recomendou que o Estado árabe incluiria a área oeste da região da Galileia, a região montanhosabetano instalarSamaria e Judeia com a exclusão da cidadebetano instalarJerusalém e a planície costeirabetano instalarIsdud até a fronteira com o Egito.
Mas a divisão do território foi definida pela linhabetano instalararmistíciobetano instalar1949, estabelecida após a primeira guerra árabe-israelense.
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Os dois territórios palestinos são a Cisjordânia (incluindo Jerusalém Oriental) e a Faixabetano instalarGaza. A distância entre eles ébetano instalarcercabetano instalar45 kmbetano instalardistância. A área ébetano instalar5.970 km2 e 365 km², respectivamente.
Originalmente ocupada por Israel, que ainda mantém o controlebetano instalarsua fronteira, Gaza foi ocupada pelo Exército israelense na guerrabetano instalar1967 e foi desocupada apenasbetano instalar2005. O país, no entanto, mantém um bloqueio por ar, mar e terra que restringe a circulaçãobetano instalarmercadorias, serviços e pessoas.
Após a retiradabetano instalarIsrael da Faixabetano instalarGaza,betano instalar2005, o território passou a ser controlado pelo Hamas, que nunca reconheceu os acordos assinados entre Israel e outras facções palestinas.
Principal grupo islâmico palestino, o Hamas travou uma guerra com o grupo laico Fatahbetano instalarGazabetano instalar2007, o que resultou no bloqueio israelense. O grupo também é criticado por ter lançado milharesbetano instalarfoguetes contra o território israelense.
A Cisjordânia é governada pela Autoridade Nacional Palestina, governo palestino reconhecido internacionalmente, cujo principal grupo é o Fatah.
4. Israelenses e palestinos nunca se aproximaram da paz?
Após a criação do Estadobetano instalarIsrael e o deslocamentobetano instalarmilharesbetano instalarpessoas que perderam suas casas, o movimento nacionalista palestino começou a se reagrupar na Cisjordânia ebetano instalarGaza, controlados pela Jordânia e Egito, respectivamente, e nos camposbetano instalarrefugiados criadosbetano instalaroutros países árabes.
Pouco antes da guerrabetano instalar1967, organizações palestinas como o Fatah, liderado por Yasser Arafat, formaram a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) e lançaram operações contra Israel, primeiro a partir da Jordânia e, depois, do Líbano. Os ataques também incluíram alvos israelensesbetano instalarsolo europeu.
Em 1987, teve-se início o primeiro levante palestino contra a ocupação israelense. A violência se arrastou por anos e deixou centenasbetano instalarmortos. Um dos efeitos da intifada foi a assinatura, entre a OLP e Israelbetano instalar1993, dos acordosbetano instalarpazbetano instalarOslo, nos quais a organização palestina renunciou à "violência e ao terrorismo" e reconheceu o "direito"betano instalarIsrael "de existirbetano instalarpaz e segurança", um reconhecimento que o Hamas nunca aceitou.
Após os acordos assinadosbetano instalarOslo, foi criada a Autoridade Nacional Palestina, que representa os palestinos nos fóruns internacionais. O presidente é eleito por voto direto. Ele, porbetano instalarvez, escolhe um primeiro-ministro e os membrosbetano instalarseu gabinete. Suas autoridades civis ebetano instalarsegurança controlam áreas urbanas (zona A, segundo Oslo). Somente representantes civis – e não militares – governam áreas rurais (área B).
Jerusalém Oriental, considerada a capital históricabetano instalarpalestinos, não está incluída neste acordo e é uma das questões mais polêmicas entre as partes.
Mas,betano instalar2000, a violência voltou a se intensificar na região, e teve início a segunda intifada palestina. Desde então, israelenses e palestinos vivem num estadobetano instalartensão e conflito permanentes.
Em 30betano instalarsetembrobetano instalar2015, o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, anunciou na 70ª Assembleia Geral da ONU que seu governo se deixariabetano instalarcumprir os Acordosbetano instalarOslo por causa dos repetidos descumprimentosbetano instalarIsrael.
"Declaramos que não podemos continuar obrigados legalmente por estes acordos assinados e que Israel deve assumir todas as suas responsabilidades como um poder ocupante, porque essa situação não pode continuar", diz Abbas.
5. Quais são os principais pontosbetano instalarconflito?
A demora na criaçãobetano instalarum Estado palestino independente, a construçãobetano instalarassentamentos israelenses na Cisjordânia e a barreira construída por Israel - condenada pelo Tribunal Internacionalbetano instalarHaia - complicam o andamentobetano instalarum processo paz.
Mas estes não são os únicos obstáculos, como ficou claro no fracasso das últimas negociaçõesbetano instalarpaz sérias,betano instalarCamp David, nos Estados Unidos,betano instalar2000, quando o então presidente Bill Clinton não conseguiu chegar a um acordo entre Arafat e o primeiro-ministrobetano instalarIsrael, Ehud Barak.
Mais tarde, Clinton afirmou que o líder palestino cometeu um "erro colossal" ao rejeitar o acordo intermediado pelos EUA.
As diferenças que parecem irreconciliáveis são:
betano instalar Jerusalém: Israel reivindica soberania sobre a cidade inteira (sagrada para judeus, muçulmanos e cristãos) e afirma que a cidade ébetano instalarcapital "eterna e indivisível", após ocupar Jerusalém Orientalbetano instalar1967. A reivindicação não é reconhecida internacionalmente. Os palestinos querem Jerusalém Oriental comobetano instalarcapital.
betano instalar Fronteiras: os palestinos exigem que seu futuro Estado seja delimitado pelas fronteiras anteriores a 4betano instalarjunhobetano instalar1967, antes do início da Guerra dos Seis Dias, o que incluiria Jerusalém Oriental, o que Israel rejeita.
betano instalar Assentamentos: ilegais sob a lei internacional, construídos pelo governo israelense nos territórios ocupados após a guerrabetano instalar1967. Na Cisjordânia ebetano instalarJerusalém Oriental há maisbetano instalarmeio milhãobetano instalarcolonos judeus.
betano instalar Refugiados palestinos: os palestinos dizem que os refugiados (10,6 milhões,betano instalaracordo com a OLP, dos quais cercabetano instalarmetade são registrados na ONU) têm o direitobetano instalarvoltar ao que é hoje Israel. Mas, para Israel, permitir o retorno destruiriabetano instalaridentidade como um Estado judeu.
6. A Palestina é um país?
A ONU reconheceu a Palestina como um "Estado observador não membro" no finalbetano instalar2012, deixandobetano instalarser apenas uma "entidade" observadora.
A mudança permitiu aos palestinos participarbetano instalardebates da Assembleia Geral e melhorar as chancesbetano instalarfiliação a agências da ONU e outros organismos.
Mas o voto não criou um Estado palestino. Um ano antes, os palestinos tentaram, mas não conseguiram, apoio suficiente no Conselhobetano instalarSegurança.
Quase 70% dos membros da Assembleia Geral da ONU (134betano instalar192) reconhecem a Palestina como um Estado.
Em setembrobetano instalar2015, a maioria ampla votou por permitir que a bandeira palestina fosse hasteada diante da sede da organização. Só sete países se opuseram.
7. Por que os EUA são o principal parceirobetano instalarIsrael? Quem apoia os palestinos?
A existênciabetano instalarum importante e poderoso lobby pró-Israel nos Estados Unidos e o fato da opinião pública ser frequentemente favorável a Israel faz ser praticamente impossível a um presidente americano retirar apoio ao país.
De acordo com uma pesquisa encomendadabetano instalar2013 pela BBCbetano instalar22 países, os EUA foram o único país ocidental com opinião favorável a Israel, e o único país na pesquisa com uma maioriabetano instalaravaliações positivas (51%).
Além disso, ambos os países são aliados militares: Israel é um dos maiores receptoresbetano instalarajuda americana, grande parte destinada a subsídios para a comprabetano instalararmas.
Palestinos não têm apoio abertobetano instalarnenhuma potência.
Na região, o Egito deixoubetano instalarapoiar o Hamas, após a deposição pelo Exército do presidente islamita Mohamed Morsi, da Irmandade Muçulmana – historicamente associada ao Hamas. Hojebetano instalardia o Catar é o principal país que apoia o grupo palestino.
Apesarbetano instalara causa palestina gerar simpatiabetano instalarmuitos setores, isso não se traduz,betano instalargeral,betano instalarapoio formal.
Além disso, os atuais conflitos no Oriente Médio também distraíram a opinião pública internacional.
8. Por que estão se enfrentando agora?
Depoisbetano instalarum períodobetano instalarrelativa tranquilidade, a violência entre as duas comunidades começou a escalar após confrontosbetano instalarmeadosbetano instalarsetembrobetano instalar2015 na mesquitabetano instalarAl-Aqsa, local sagrado para os muçulmanosbetano instalarJerusalém.
Os confrontos foram resultadobetano instalarrumores sobre um suposto planobetano instalarIsrael para modificar antigos acordos para a gestão do lugar.
Israel desmentiu os rumores, mas pouco depois disso, dois israelenses morreram na Cisjordânia por tiros disparados por palestinos.
Em seguida, teve início uma ondabetano instalaresfaqueamentos e disparos que deixou dezenasbetano instalarmortesbetano instalarambos os lados.
Após os incidentes, o governo israelense anunciou que as casas dos palestinos envolvidos nos ataques serão demolidas e que suas famílias perderão o direitobetano instalarmorarbetano instalarJerusalém.
As autoridades israelenses também estabeleceram postosbetano instalarcontrole na saídabetano instalardiversos bairros palestinos no lestebetano instalarJerusalém, os primeiros na cidade desde 1967.
Na última quarta-feira, palestinos e policiais israelenses se enfrentaram na cidadebetano instalarBelém, na Cisjordânia, após o funeralbetano instalarum homem palestino morto nos confrontos no dia anterior.
A violência se estendeu para a fronteira com Gaza.
9. Estamos à beirabetano instalaruma nova intifada?
Na história do conflito, os palestinos organizaram dois grandes levantes contra Israel, na décadabetano instalar1980 e no início dos anos 2000.
E com o processobetano instalarpaz praticamente morto, muitos observadores se perguntam se esse não poderia ser o iníciobetano instalaruma terceira intifada.
Os ataques das últimas semanas, no entanto, não parecem particularmente organizados, mas um reflexo da crescente irritação, e até mesmo desespero,betano instalaralguns palestino.
E apesarbetano instalaralguns grupos militantes terem comemorado os ataques, o líder palestino Mahmoud Abbas já afirmou que os palestino não estão interessados na escaladabetano instalarviolência.
Mas como explica Kevin Connolly, repórter da BBCbetano instalarJerusalém, a única verdade é que ninguém pode prever o que vai acontecer.
"O aumento repentino da violência nos últimos dias pode acabar também repentinamente ou pode provocar uma violência ainda maior", diz.
10. O que falta para que haja uma oportunidadebetano instalarpaz duradoura?
Israelenses teriambetano instalaraceitar a criaçãobetano instalarum Estado soberano para os palestinos, o fim do bloqueio à Faixabetano instalarGaza e o término das restrições à circulaçãobetano instalarpessoas e mercadorias nas três áreas que formariam o Estado palestino: Cisjordânia, Jerusalém Oriental e Faixabetano instalarGaza.
Grupos palestinos também precisariam renunciar à violência e reconhecer o Estadobetano instalarIsrael.
Além disso, eles teriam que chegar a acordos razoáveis sobre fronteiras, assentamentos e o retornobetano instalarrefugiados.
No entanto, desde 1948, ano da criação do Estadobetano instalarIsrael, muitas coisas mudaram, especialmente a configuração dos territórios disputados após as guerras entre árabes e israelenses.
Para Israel, estes são fatos consumados, mas os palestinos insistem que as fronteiras a serem negociadas devem ser aquelas existentes antes da guerrabetano instalar1967.
Além disso, enquanto no campo militar as coisas estão cada vez mais incontroláveis na Faixabetano instalarGaza, há uma espéciebetano instalarguerra silenciosa na Cisjordânia, com a construçãobetano instalarassentamentos israelenses, o que reduz,betano instalarfato, o território palestino nestas áreas.
Mas talvez a questão mais complicada pelo seu simbolismo seja Jerusalém, a capital tanto para palestinos e israelenses.
Tanto a Autoridade Palestina, que governa a Cisjordânia, quanto o grupo Hamas,betano instalarGaza, reivindicam a parte oriental como a capitalbetano instalarum futuro Estado palestino, apesarbetano instalarIsrael tê-la ocupadobetano instalar1967.
Um pacto definitivo nunca será possível sem resolver este ponto. Outros pontos poderiam ser negociados com concessões, mas não Jerusalém.
No momento, também não há nada que sugira um ressurgimento do processobetano instalarpaz.
Na verdade, é difícil encontrar um momento da história recentebetano instalarque tenham havido tão poucos esforços para encontrar uma solução para este antigo conflito.
E agora, poucos acreditam que o líder palestino Mahmoud Abbas e o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu façam as concessões necessárias para chegar a um acordo.