Barracas, tensão e caos: odisseiacassino da bet365imigrantescassino da bet365botescassino da bet365borracha transforma ilha grega:cassino da bet365
Eles acabamcassino da bet365ser resgatadoscassino da bet365alto-mar, quando tentavam chegar a Koscassino da bet365um botecassino da bet365borracha motorizado que os 50 passageiros tentavam fazer avançar com a ajudacassino da bet365dois pequenos remoscassino da bet365caiaque.
Como eles, todos os dias, ao nascer do sol, centenascassino da bet365refugiados chegam à ilha grega vindos do balneário turcocassino da bet365Bodrum, a 20 quilômetros, convertido por traficantescassino da bet365pessoascassino da bet365principal pontocassino da bet365partida da rota clandestina para entrada na União Europeia.
Entre os viajantes, há mulheres grávidas, recém-nascidos, crianças pequenas e idosos.
"Você não pode nem imaginar o que é estarcassino da bet365um botecassino da bet365borracha às três da manhã com tudo escuro ao redor, tendo que manter as crianças quietas para não alertar os guardas", comenta um iraquiano acompanhado da mulher e dos dois filhos,cassino da bet365um e cinco anos, o mais velho com deficiência física.
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Um médico origináriocassino da bet365Raqqa, cidade síria dominada pelo grupo extremista autodenominado "Estado Islâmico", conta que seus cinco filhos - a mais novacassino da bet3651 mês e o mais velhocassino da bet36510 anos - não tiveram medo do trajeto.
Ele decidiu fugir depoiscassino da bet365ter sido diretamente ameaçado por atender pacientes mutilados pelo 'EI', que impôs a lei islâmicacassino da bet365Raqqa.
"Eles sorriam, acharam divertido. Depoiscassino da bet365tudo o que viramcassino da bet365Raqqa... Viemos por eles, para que eles tenham um futuro. Lá não resta nada. Daech (acrônimocassino da bet365árabe do Estado Islâmico) controla nossas vidas, não permite nada, e o Exército (sírio) joga bombas nas nossas cabeças", disse o médico, que não quis identificar-se por medocassino da bet365represálias contra familiares que continuam na Síria."
Insalubridade
Os refugiados começaram a chegar a Koscassino da bet365abril, mas a prefeitura até agora não providenciou nenhuma estrutura para recebê-los.
A maioria écassino da bet365sírios, iraquianos, afegãos e paquistaneses, que chegam à Turquiacassino da bet365carro, ônibus ou mesmo a pé.
Mas há também uma minoria originária do Mali, Congo e Gana, que entra no território turcocassino da bet365avião, muitas vezes usando todas as economias da família.
Uma vezcassino da bet365Kos, muitos acampam nas ruas do centro histórico. O passeio marítimo está tomado por barracas. Na areia da praia, os guarda-sóis perderam espaço para os coletes salva-vidas, boias e restos dos botes usados na travessia desde Bodrum.
Eles têm sido encaminhados a um hotel abandonado, onde não há móveis ou eletricidade. Os banheiros do local estão inutilizados, e os 600 habitantes ali dividem sete latrinas e quatro duchas instaladas há apenas 20 dias por uma equipe da ONG Médicos sem Fronteiras (MSF) .
Os alimentos são preparados no chão cobertocassino da bet365poeira, fraldas e roupas descartadas, restoscassino da bet365papéis ecassino da bet365embalagens ou aindacassino da bet365água com sabão.
<link type="page"><caption> Leia mais: Imigração ilegal transforma cidade turcacassino da bet365'capital do colete salva-vidas' </caption><url href="http://vesser.net/noticias/2015/08/150828_izmir_salvavidas_tg.shtml" platform="highweb"/></link>
"Este lugar foi feito para alojar 80 pessoas, não 600", afirma Mikael Goldman, gerentecassino da bet365logística da MSF.
"Não esperava ver tantas pessoas sendo tratadas sem nenhuma consideração ou dignidade na Europa."
Apesar das dificuldades, os refugiados vistos pelas ruascassino da bet365Kos estão geralmentecassino da bet365banho tomado e roupas limpas.
Segundo a MSF, as doenças se limitam a casos moderadoscassino da bet365inflamações cutâneas e desidratação.
Tensão
No mêscassino da bet365agosto, o númerocassino da bet365refugiados registradoscassino da bet365Kos até o dia 28 passavacassino da bet36513 mil, quase o dobrocassino da bet365julho.
As autoridades estão sobrecarregadas e, diante da faltacassino da bet365funcionários e da barreira linguística, os candidatos ao asilo têm dificuldades para se informar.
"A situação é tensa e, às vezes, perigosa. As regras mudam o tempo todo. Há faltacassino da bet365informação, e tem gente que passa muito tempo esperando. As pessoas estão cansadas, desconfiadas, com medo", explica Roberto Mignone, coordenadorcassino da bet365emergência da agência da ONU para os refugiados (Acnur).
O grupo ajuda com tradução, organização e tentando acalmar os ânimos dos refugiados, mas não pode envolver-se no processocassino da bet365cadastramento, que fica a cargo das autoridades locais e da agência europeiacassino da bet365controlecassino da bet365fronteiras, a Frontex, que conta com um único funcionário na ilha.
<link type="page"><caption> Leia mais: Como o Instagramcassino da bet365um falso migrante africano 'enganou' a internet </caption><url href="http://vesser.net/noticias/2015/08/150803_salasocial_migrante_instagram_falso_cc.shtml" platform="highweb"/></link>
Os protestos se repetem todos os dias diante da sede da polícia, onde aqueles sem documentos passam longas horas esperando para se cadastrar e,cassino da bet365seguida, retirar os papéis que lhes permitirá continuarcassino da bet365viagem.
As temperaturas superam os 33ºC, mas representantescassino da bet365apenas duas ONGs passam esporadicamente para distribuir água ou alimentos aos necessitados.
Enquanto os sírios são automaticamente considerados refugiados e recebem seus papéiscassino da bet365cercacassino da bet365três dias, as demais nacionalidades estão sujeitas a um processo mais complexo e demorado.
"Só estão trabalhando para os sírios. No nosso país, também há guerra", diz um iraquiano.
"Faz 15 dias que estamos esperando, com crianças pequenas, idosos. Tem sírio que chegou aqui ontem e já poderá ir embora amanhã. Por que dizem sim para os sírios e não para a gente?".
"Eles não vão se esquecer da gente, vão?", pergunta um malinês que aguarda há 20 dias por seus documentos.
'Eldorado' alemão
Todos os dias, entre 300 e 500 refugiados deixam a ilhacassino da bet365direção a Atenas,cassino da bet365onde seguem viagem pela chamada rota balcânica, atravessando Macedônia, Sérvia, Hungria e Áustria.
A maioria pretende chegar à Alemanha, apresentada por traficantes turcos como o "Eldorado" europeu.
"Eu não tinha preferência. Só queria tirar minha família do Afeganistão. Na Turquia, (os traficantes) nos aconselharam a ir para a Alemanha. Disseram que lá há ajuda e trabalho, que é o melhor país", explica um comerciantecassino da bet365Kandahar decidido a proteger a mulher e as três filhas da ameaça dos talebãs. Ele não quis ter seu nome divulgado.
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O congolês Eric,cassino da bet36542 anos, fugiu sozinho da violênciacassino da bet365seu país e não conhece ninguém na Alemanha, mas não vê motivos para duvidar dos traficantes.
"Não tenho nenhuma dúvida. A Alemanha é um grande país, tem uma economia forte. Então, não pode nos abandonar", afirma com um sorriso.
Ele acredita que no país terá acesso gratuito a alojamento, cursoscassino da bet365alemão e uma formação técnica como eletricista.
'Arruinaram meu negócio'
A situaçãocassino da bet365Kos irrita muitos comerciantes locais, que se queixam que a chegadacassino da bet365massacassino da bet365imigrantes afastou os turistas causando quedascassino da bet365até 80% por cento nas vendas durante a temporadacassino da bet365verão. Alguns enxotam os refugiadoscassino da bet365suas portas como se fossem pombas na praça.
"Arruinaram meu negócio. Não tenho mais como pagar o aluguel. Que fechem as fronteiras e mandem todoscassino da bet365volta a seus países", defende um aposentado holandês proprietáriocassino da bet365uma lojacassino da bet365presentes vizinha à sede da polícia.
"Normalmente, nessa época do ano o terraço está cheio, servimos 90 mesas. Sabe quantos clientes tivemos ontem? Seis. Metade dos empregados não foram chamados este ano", afirma Laura Buzdugan, garçonetecassino da bet365um restaurante na praçacassino da bet365Hipócrates, um dos pontos geralmente mais visitadoscassino da bet365Kos.
<link type="page"><caption> Leia mais: Sírios inundam redes com mensagenscassino da bet365amor para Merkel </caption><url href="http://vesser.net/noticias/2015/08/150827_amor_siria_merkel_lab.shtml" platform="highweb"/></link>
Mesmo se os turistas continuam frequentado a ilha, eles evitam as lojas e restaurantes do centro histórico, assim como as praias da ilha, devido à tensão e à sujeira gerados pela concentraçãocassino da bet365refugiados.
A maioria prefere passar os diascassino da bet365passeioscassino da bet365barco a banhar-se ao lado dos botescassino da bet365borracha e coletes salva-vidas abandonados pelos refugiados nas areiascassino da bet365Kos.
A Acnur apresentou planos para instalar um campocassino da bet365refugiados e centrocassino da bet365cadastro nos limites da cidade e identificou dois lugares que poderiam servir para isso, mas continua esperando autorização do governo.
Mignone critica as autoridades locais por não terem reagido ainda diantecassino da bet365uma crise que começoucassino da bet365abril.
"A prefeitura não quer um campo aqui, provavelmente porque teme atrair ainda mais refugiados. Mas seria benéfico para todos: para os refugiados, para os turistas e para o comércio local", afirma.