Ajuste fiscal: O remédio pode matar o doente?:jogos de cartas estrela bet
O problema reabriu o debate sobre o ajuste fiscal no Brasil.
Para alguns, um ajuste muito duro pode empurrar o país para uma ciclo viciosojogos de cartas estrela betque os cortes causam recessão, que acaba por estimular mais cortes.
Outros, acreditam que sem um ajuste contundente, o país tende a perder a confiança dos investidores.
<link type="page"><caption> Leia mais: Três perguntas para entender a redução da metajogos de cartas estrela betsuperávit primário</caption><url href="http://vesser.net/noticias/2015/07/150721_superavit_entenda_pai.shtml" platform="highweb"/></link>
<link type="page"><caption> Leia mais: O ajuste fiscal ameaça a 'pátria educadora'?</caption><url href="http://vesser.net/noticias/2015/07/150707_cortes_educacao_ru.shtml" platform="highweb"/></link>
<link type="page"><caption> Leia mais: Pátria educadora? Cortes no Pronatec frustram alunos e faculdades privadas</caption><url href="http://vesser.net/noticias/2015/07/150713_pronatec_cortes_ru.shtml" platform="highweb"/></link>
Mas, afinal, quando o tema é ajuste fiscal, o remédio pode matar o doente? Confira duas visões opostas sobre o tema:
SIM
jogos de cartas estrela bet André Biancarelli, professorjogos de cartas estrela betEconomia da Unicamp
"O ajuste está sendo feito para recuperar as contas e reduzir o tamanho da dívida pública. O problema é que um ajuste fiscal muito durojogos de cartas estrela betuma economiajogos de cartas estrela betrecessão costuma ter como resultado uma redução ainda maior da atividade produtiva - principalmente se houver corte no investimento do setor público, como é o caso do Brasil.
Se a economia desacelera, as empresas e contribuintes pagam menos imposto, a arrecadação cai e você não só não consegue retomar o crescimento como ainda acaba com uma dívida ainda maior do que quando começou a fazer o ajuste. Ou seja, no final acaba 'enxugando gelo', como mostra a experiência recentejogos de cartas estrela betpaíses europeus.
É claro que não dá para culpar apenas o corte no orçamento pela freada recente na economia e (pela) a queda na arrecadação que contribuiu para que o governo tivessejogos de cartas estrela betrevisar suas metas para o superávit primário nesta quarta-feira. Há a crise política, a Lava Jato e etc. Mas também não há como negar que os cortes pioraram a situação, que são pró-cíclicos.
A revisão dessas metas, na realidade, é um reconhecimento do governojogos de cartas estrela betque o ajuste precisava ser mais gradual.
A atual gestão cometeu ao menos três erros no ajuste. O primeiro, foi não ter adotado esse gradualismo desde o começo, com metas menos ambiciosas, mais realistas para um contextojogos de cartas estrela beteconomia estagnada. O segundo, ter demorado para começar a discutir medidas para aumentar a arrecadação, como esse projetojogos de cartas estrela betrepatriaçãojogos de cartas estrela betrecursosjogos de cartas estrela betbrasileiros no exterior. Um imposto sobre herança ou sobre grandes fortunas também poderia ser interessante.
Por último, o governo poderia ter evitado cortar investimentos. Eles são as primeiras vítimas da tesoura porque são discricionários e boa parte das despesas são engessadas, mas era preciso ter encontrado formasjogos de cartas estrela betpreservá-los, ou mesmo ampliá-los.
Para sair da crise o ideal seria que o governo desse sinaisjogos de cartas estrela betque irá agir na contramão do atual ciclo econômico, que irá tomar medidas que ajudem a destravar a economia. O programajogos de cartas estrela betconcessões é um exemplo do que pode ser feito, mas seria preciso estudar outras medidas."
NÃO
jogos de cartas estrela bet João Luiz Mascolo, Professorjogos de cartas estrela betFinanças do Insper
"O que está matando o doente, na realidade, é a faltajogos de cartas estrela betremédio. Para manter a dívida pública estável precisávamosjogos de cartas estrela betum superávit de, no mínimo 2,5% do PIB. O 1,1% que o governo prometia fazer já era pouco mas o atual 0,15% é insignificante. Não é ajuste, é desajuste.
A questão é que a faltajogos de cartas estrela betconfiança dos investidores é hoje um dos principais problemas da economia brasileira e isso só pode ser resolvido com um ajuste fiscal duro e sério.
Os cortes nos investimentos do governojogos de cartas estrela betfato podem ter um efeito negativo na economia. Mas o argumentojogos de cartas estrela betque tal efeito é suficiente para minar o ajuste é uma falácia porque, com o tempo, ele pode ser compensado por um aumento do investimento privado, que certamente ocorrerá se o país conseguir trazer a inflação para o centro da meta (estabelecida pelo Banco Central,jogos de cartas estrela bet4,5%), colocarjogos de cartas estrela betdia as contas públicas e reconquistar a confiança dos empresários.
Sem um ajuste sério, corremos o riscojogos de cartas estrela better nossa nota rebaixada pelas agênciasjogos de cartas estrela betclassificaçãojogos de cartas estrela betrisco internacionais, perder acesso a mercadosjogos de cartas estrela betcrédito e investimentos - o que pode complicar ainda mais a situação da economia brasileira.
Nessa linha, acredito que o governo errou ao revisarjogos de cartas estrela betmeta fiscal,jogos de cartas estrela bet1,1% para 0,15% porque perdeu credibilidade.
Se houve uma revisãojogos de cartas estrela betmeta dessa magnitudejogos de cartas estrela betquestãojogos de cartas estrela betmeses, por que os investidores vão acreditar que as atuais metas serão cumpridas? O governo agora promete 2%jogos de cartas estrela betsuperávitjogos de cartas estrela bet2018, por exemplo. Em anojogos de cartas estrela beteleição? Acho difícil acreditar que isso será alcançado.
O ideal seria que a equipe econômica mantivesse o comprometimento com a meta antiga e fizesse um esforço fiscal maior para poder alcançá-la. Se você não tem receita, precisa cortar mais as despesas. É claro que não é fácil fazer isso, mas muitas das despesas obrigatórias poderiam ser revisadas, por exemplo. E se o problema é que a lei não permite mexer nesses gastos, precisamos mudar a lei".