PM do Rio apostacasa de aposta brWhatsapp e Facebook para denúncias e lança manual para as redes:casa de aposta br

Políciacasa de aposta bração no Riocasa de aposta brJaneiro (foto: Reuters)

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Polícia visa aproximação com a comunidade ao traçar estratégia para uso das redes sociais

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"Mas é um caminho inevitável, e no nosso planejamento atual daremos ênfase às redes e ao Whatsapp, um extraordinário canalcasa de aposta brdiálogo direto com a população".

A busca por diálogo nas redes ocorrecasa de aposta brmeio a casos como o do entregador Rafael Camilo Neris, morto durante operação policial no Morro da Coroa, no Rio, na semana passada, aos 23 anos.

<link type="page"><caption> Leia mais: Filtro arco-íris do Facebook é criticado na Rússia e no Oriente Médio</caption><url href="http://vesser.net/noticias/2015/06/150630_facebook_arco_iris_rb" platform="highweb"/></link>

Iniciado há menoscasa de aposta brtrês meses com a criação da página oficial da PMERJ no Facebook, o movimento rumo às mídias sociais começou a se espalhar pelos 39 batalhõescasa de aposta brtodo o Estado, 38 UPPs da capital e demais unidades (que juntas somam maiscasa de aposta brcem).

Ele já surte efeito, com prisões e operações especiais realizadas a partircasa de aposta brdenúncias feitas pelas redes ou pelo Whatsapp, além da alteração da rotina policialcasa de aposta bralguns locais.

Para a cúpula da PM fluminense, o desafio é expandir as novas tecnologias para todas as unidades (das maiscasa de aposta br100, cercacasa de aposta br40 já mantêm perfis na rede) e padronizar o que é veiculado nesses canais.

A expectativa écasa de aposta brque além da modernização das rotinas, haja um impacto na proximidade com a sociedade. Mas, para especialistas, apesarcasa de aposta brser visto como uma boa iniciativa, isso depende muito maiscasa de aposta bruma mudança concreta no modus operandi das tropas nas ruas do quecasa de aposta bresforçoscasa de aposta brcomunicação.

Whatsapp na Serra

Em Teresópolis, no topo da serra fluminense, o carro-chefe das novidades tecnológicas tem sido o Whatsapp. O número do 30º Batalhão no aplicativo circula no vidro traseirocasa de aposta br115 ônibus, e é veiculado por 15 segundos antes dos trailers nos cinemas da cidade, alémcasa de aposta brser divulgado pelas redes sociais da polícia e pela imprensa local.

"É uma capacidadecasa de aposta brreação imediata", diz o industrial Hélio Neves, morador da cidade e presidente do Conselho Comunitáriocasa de aposta brSegurança.

Ele conta ter presenciado um assalto e alertado os policiais pelo aplicativocasa de aposta brmensagens. "Em menoscasa de aposta brmeia hora tive um retorno do comandante, e o suspeito tinha sido preso. Seicasa de aposta brlojistas que alertaram o batalhão ao verem algocasa de aposta brsuas câmeras, e acredito que essa rapidez na comunicação esteja tendo um impacto sobre o númerocasa de aposta brassaltos", avalia.

Neves diz que os retornos do comando da polícia no aplicativo sobre as denúncias também "aumentam a sensaçãocasa de aposta brsegurança".

Reprodução: Facebook

Crédito, Reproducao Facebook

Legenda da foto, Policiais do Riocasa de aposta brJaneiro recebem denúncias possíveis crimes por meiocasa de aposta brredes sociais

Para o tenente-coronel Cleber Maia, comandante do 30º BPM,casa de aposta brTeresópolis, as mudanças trouxeram melhorias. Aos 47 anos e há 27 na polícia, ele é um dos defensores da expansão das redes e aplicativos para todo o Estado.

"Com alertas pelo Whatsapp,casa de aposta brmoradores que viram movimentações estranhas, já prendemos quatro pessoas armadas, que portavam grandes quantidadescasa de aposta brdrogas e um carro roubado, e detivemos sete pessoas com R$ 17.200 ligados à contravenção. Em menoscasa de aposta brtrês meses nosso Whatsapp já recebeu 200 denúncias", conta.

Novas rotinas

Para a fisioterapeuta Bel Costa,casa de aposta br40 anos, a tecnologia tem ajudado a melhorar a segurança no bairrocasa de aposta brLaranjeiras, na Zona Sul do Riocasa de aposta brJaneiro.

Na metadecasa de aposta brabril ela criou o grupo "Relatoscasa de aposta brassaltos e violênciacasa de aposta brLaranjeiras, Flamengo e proximidades" no Facebook, que hoje já conta com 14 mil membros e deu origem a outras páginas semelhantes.

"Temos policiais no grupo que se identificam, e outros preferem participar sem dizer que são da PM. O que é postado ali ajuda no trabalho da polícia. Havia um russo que assaltava há alguns meses aqui no bairro,casa de aposta brbicicleta e com um revólver. Uma sériecasa de aposta brposts sobre onde ele atuava, que moto-táxi pegava, onde tinha sido visto, levou àcasa de aposta brprisão", relembra, acrescentando que também faz denúncias no Whatsapp do batalhão local.

Integrante dos grupos que se proliferaram na regiãocasa de aposta brseu batalhão, o 2º,casa de aposta brBotafogo, o tenente-coronel Marcio Oliveira Rocha,casa de aposta br48 anos, indica que as redes sociais já alteraramcasa de aposta brforma concreta as rotinas do trabalho policial.

"Ali eu posso interagir com 15 mil pessoascasa de aposta brforma instantânea. Se surge uma denúncia nesses grupos, no nosso perfil no Facebook ou no nosso Whatsapp, posso despachar uma viaturacasa de aposta brforma urgente ou usar a informação posteriormente, enviando uma equipe à paisana para checar, por exemplo", diz.

"Outra coisa é que os dados coletados pelas redes nos servem para pensar e repensar nossas estratégias. Onde reforçar o policiamento, horários, maior ocorrênciacasa de aposta brcrimes, dentre outras coisas", complementa.

"Mundo cão"

Se no noticiário as manchetes com mortescasa de aposta brcivis, abusoscasa de aposta brautoridade ou excessoscasa de aposta brviolência desafiam a estratégia da Comunicação Social da polícia, nas redes sociais páginas repletascasa de aposta brfotoscasa de aposta brcadáveres, gente ensanguentada e a glorificação da violência também preocupam.

No Facebook, por exemplo, há uma sériecasa de aposta brperfis que levam os nomescasa de aposta brunidades especiais (como o Bope, Batalhãocasa de aposta brChoque, ou até a "PMERJ News") ecasa de aposta brbatalhõescasa de aposta brbairros que incitam a violência. Alguns, como o "Sanguecasa de aposta brPolícia", têm maiscasa de aposta br17 mil seguidores.

Suspeita-se que alguns sejamcasa de aposta brautoriacasa de aposta brcidadãos comuns, e outros sejam mantidos por policiais.

"Já conseguimos tirar do ar, após um trâmite com o Facebook, uma página que se intitulava como da PMERJ, e outra do Bope, com conteúdo deste tipo. Juntas, elas tinham quase 300 mil seguidores. Se ficar provado que um policial da ativa mantém páginas assim, poderá sim sofrer sançõescasa de aposta bracordo com o manualcasa de aposta brconduta que estamos lançando", diz Caldas, chefe da comunicação da PMERJ.

Segundo ele, "perfis falsos com grande repercussão serão encaminhados ao Facebook para que se providencie a retirada do ar", diz.

'Modus operandi'

Para João Trajano Sento-Sé, doutorcasa de aposta brCiência Política e Sociologia e pesquisador do Laboratóriocasa de aposta brAnálisecasa de aposta brViolência da Universidade Estadual do Riocasa de aposta brJaneiro (UERJ), o uso das novas tecnologias para o contato entre a polícia e a população é "louvável, e bem-vindo".

Mas para que a imagem da instituição melhore junto à sociedade, algo que já consta das prioridades da PMERJ desde a décadacasa de aposta br1990, segundo o especialista, é preciso fazer mais do que um esforçocasa de aposta brComunicação Social.

"É necessário investir e ter como prioridades as duas frentes que geram a péssima imagem da polícia no Riocasa de aposta brJaneiro: uso abusivo da violência e alto índicecasa de aposta brcorrupção. Não podemos ter boas iniciativascasa de aposta brmelhoriacasa de aposta brimagem totalmente distanciados do modus operandi da polícia nas ruas na maior parte do tempo. As duas coisas precisam andar juntas", avalia, relembrando casos recentescasa de aposta brque policiais são suspeitoscasa de aposta brmortescasa de aposta brcivis durante operações ou patrulhas no Rio.

Crédito, Getty

casa de aposta br CONHEÇA AS REGRAS DO MANUAL DA PMERJ PARA AS REDES SOCIAIS

Humanização e Preconceito

Para o público externo, os posts devem passar uma visão mais humana do trabalho da polícia, aproximando a instituição da sociedade. Para os policiais, devem transmitir reconhecimento e valorizaçãocasa de aposta brsuas atividades.

Seja pelos comentários, mensagens inbox ou Whatsappcasa de aposta brcada batalhão, a população precisa ter todas as suas demandas e denúncias respondidas nas redes sociais. Caso não sejacasa de aposta brcompetência da unidade, a mensagem pode ser encaminhada a outros canais. Não responder é tão ruim quanto deixar a página desatualizada.

Linguagem simples

Os posts devem evitar jargões policiais, termos técnicos e linguagem formal ou rebuscada. Os textos devem ser simples, diretos e criativos, usando atécasa de aposta brinformalidade e bom humor para ganhar a atenção dos internautas.

"Mundo cão"

Fotoscasa de aposta brpessoas mortas, feridas e ensanguentadas estão proibidas, assim como mensagens que possam incitar a violência.

Fotos e vídeos

Sempre que possível, os posts dos batalhões, UPPs e demais unidades devem seguir a linha da fanpage da PMERJ, priorizando conteúdos com vídeos e fotos, o que chama mais a atenção do usuário no Facebook.

Instagram

No perfil da PMERJ oucasa de aposta broutras unidades no Instagram devem se priorizar fotos mais artísticas, criativas e diferenciadas,casa de aposta bracordo com o perfil do usuário deste aplicativo, enquanto no Facebook usam-se fotoscasa de aposta bratividades,casa de aposta brrotina oucasa de aposta breventos especiais.

Perfis pessoais

A partircasa de aposta bragora os policiais militares estarão sujeitos ao Códigocasa de aposta brConduta do Servidor Público para suas postagenscasa de aposta brperfis pessoais, levandocasa de aposta brconta posicionamentoscasa de aposta brtemas polêmicos, decoro, civilidade e ética, lembrando que ainda está representando a instituição atravéscasa de aposta brseus comentários.

Imprensa

Os batalhões, UPPs e demais unidades deverão sempre canalizar todas as demandascasa de aposta brimprensa à Coordenadoriacasa de aposta brComunicação Social da PMERJ, que centraliza este atendimento.

Ética e limites

Somente devem ser publicados conteúdoscasa de aposta brinteresse público, relacionados aos temas da Justiça, Segurança Pública, Ética, Democracia e Direitos Humanos, e que guardem relação com a atividade desenvolvida pela PMERJ.

Confidencialidade

É importante saber quais informações da instituição não podem ser divulgadas. Documentos confidenciais, assuntos internos, questões estratégicas e críticas à estrutura ou processos da PMERJ devem ser discutidos internamente, e não nas redes sociais.

Frequência

As unidades devem publicar ao menos um post por dia. Se não houver possibilidade, exige-se ao menos um compartilhamentocasa de aposta brum post do perfil central da PMERJ, que publica uma médiacasa de aposta brsete posts por dia. Páginas que não são atualizadas não precisam estar no ar.

Linha editorial

As unidades devem seguir a linha editorial da página central da PMERJ, com posts motivacionais, comemorativos e neutros, usando as principais hashtags: #PartiuPatrulhamento, #servireproteger, #NossaGenteNossaFarda, #FamiliaAzul, #OrgulhoPMERJ e #SegurancaRJ

Crises

Críticas à PMERJ e momentoscasa de aposta brque a instituição esteja no centrocasa de aposta bruma crise, com investigações ou cobranças na imprensa questionando ações específicas, seja por suspeitascasa de aposta brexcessos oucasa de aposta brcorrupção, ou mortescasa de aposta brcivis ecasa de aposta brpoliciais, devem ser levadascasa de aposta brconta, interrompendo posts comemorativos e dando uma resposta à sociedade também através das redes sociais.

Ocorrências

As redes sociais devem servir também como prestaçãocasa de aposta brcontas do trabalho da polícia. Ocorrências devem ser publicadas diariamente nas páginas dos batalhões, UPPs e demais unidades. Mesmo que sejamcasa de aposta brpequeno porte, elas interessam à comunidade.

Punições

O manualcasa de aposta brredes sociais da PMERJ tem valorcasa de aposta brnorma internacasa de aposta brconduta, e o desrespeito às regras estipuladas pode levar a punições disciplinares. Páginas que incitem a violência serão retiradas do ar e o comando da instituição pode pedir que postscasa de aposta brunidades que estejam desalinhados sejam deletados.