Até onde vai nossa capacidadefoguetinho da blazememória?:foguetinho da blaze

Cientistas acreditam que memórias são armazenadas nas conexões entre neurônios

Crédito, SPL

Legenda da foto, Cientistas acreditam que memórias são armazenadas nas conexões entre neurônios

Em casos raríssimos, uma lesão pode também ocasionar a chamada síndrome da sabedoria adquirida. Foi o que aconteceu com o americano Orlando Serrel, que, aos 10 anos, foi atingido por uma bolafoguetinho da blazebeisebol no lado esquerdo da cabeça. De uma hora para outra, ele começou a mostrar ser capazfoguetinho da blazese lembrarfoguetinho da blazeinúmeras placasfoguetinho da blazeregistrofoguetinho da blazeveículos ou ainda fazer cálculos sobre datasfoguetinho da blazedécadas anteriores.

Mas o que faz a massa cinzenta dessas pessoas superar a memória do indivíduo comum? E o que esses supertalentos podem nos ensinar sobre a verdadeira capacidade do cérebro humano?

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Bytes cerebrais

Para pesquisadores, cérebro pode ter uma capacidadefoguetinho da blazequadrilhõesfoguetinho da blazebytes

Crédito, SLP

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Nossa capacidadefoguetinho da blazememória tem como base a fisiologia do cérebro, que é compostofoguetinho da blazeaproximadamente 100 bilhõesfoguetinho da blazeneurônios. No entanto, apenas 1 bilhão deles têm uma função no armazenamentofoguetinho da blazerecordações antigas, e são chamadosfoguetinho da blazecélulas piramidais.

Se cada neurônio pudesse armazenar apenas uma “unidade”foguetinho da blazememória, o cérebro estaria transbordandofoguetinho da blazeinformação. “A quantidadefoguetinho da blazeneurônios existente não é suficiente para todas as informações adquiridas por um indivíduo”, explica Paul Reber, professorfoguetinho da blazepsicologia da Northwestern University, dos Estados Unidos.

Cientistas acreditam que,foguetinho da blazevez disso, as lembranças se formam nas conexões entre os neurônios e ao longo da rede neural. Cada neurônio gera extensões semelhantes a linhasfoguetinho da blazemetrô que se cruzamfoguetinho da blazeuma única estação, atravessando cercafoguetinho da blazemil outros neurônios.

Acredita-se que é essa arquitetura que torna possível acessar as memóriasfoguetinho da blazetoda a teia. Por isso, por exemplo, o conceitofoguetinho da blazecéu azul pode aparecerfoguetinho da blazeinúmeras lembranças discretasfoguetinho da blazefatos ocorridosfoguetinho da blazeum diafoguetinho da blazesol.

Reber chama esse efeitofoguetinho da blaze“armazenamento exponencial”, e por causa dele a capacidadefoguetinho da blazememória do cérebro “salta à estratosfera”.

“É possível dizer que o cérebro teria muitos petabytes – e um petabyte equivale a 2 mil anosfoguetinho da blazemúsicafoguetinho da blazeformato MP3”, diz Reber. “Ainda não sabemos exatamentefoguetinho da blazequantas conexões uma lembrança precisa, nem se podemos compararfoguetinho da blazecapacidade com afoguetinho da blazeum computador. Mas dá para afirmar que o cérebro tem toneladas e toneladasfoguetinho da blazeespaço.”

<bold><link type="page"><caption> Leia mais: O surpreendente lado ruimfoguetinho da blazeser bonito</caption><url href="http://www.bbc.co.ukhttp://vesser.net/noticias/2015/03/150203_vert_fut_beleza_prejuizos_ml.shtml" platform="highweb"/></link></bold>

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Treinamento pesado

Certas pessoas conseguem memorizar uma sequênciafoguetinho da blaze30 cartasfoguetinho da blaze30 segundos

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E será que as pessoas dotadasfoguetinho da blazeuma supermemória têm, portanto, cérebros excepcionais?

Não necessariamente. Nelson Dellis, atual campeão do Torneiofoguetinho da blazeMemória dos Estados Unidos, conta que o feito foi resultadofoguetinho da blazemuita prática. “Eu era bem esquecido, mas depoisfoguetinho da blazealgumas semanas treinando, me vi fazendo algo que parecia quase impossível. Todos nós temos essa capacidade”, afirma Dellis.

Assim como outros campeões, ele utiliza estratégias já testadas e aprovadas para memorizar itens rapidamente. Um dos truques mais usados é a construçãofoguetinho da blazeum “palácio da memória”. A técnica consistefoguetinho da blazevisualizar um lugar que ele conhece bem, como, por exemplo, a casa onde morou na infância.

Dellis então “traduz” os itens que precisa memorizarfoguetinho da blazeimagens que são colocadas nos móveis e cantos da casa. “Você navega mentalmente por aquele espaço e seleciona aquelas imagens que você deixou ali, ‘traduzindo-as’ novamente para aquilo que você memorizou”, explica.

Pessoas como o chinês Chao, que recitam algarismosfoguetinho da blazesequência, recorrem a outra tática comum: converter pequenas sériesfoguetinho da blazenúmerosfoguetinho da blazepalavras que são unidas por uma história.

<bold><link type="page"><caption> Leia mais: Homem 'com dois corações' ajuda cientistas a estudar a depressão</caption><url href="http://www.bbc.co.ukhttp://vesser.net/noticias/2015/02/150216_vert_fut_homem_dois_coracoes_ml.shtml" platform="highweb"/></link></bold>

<bold><link type="page"><caption> Leia mais: Por que não conseguimos fazer cócegasfoguetinho da blazenós mesmos?</caption><url href="http://www.bbc.co.ukhttp://vesser.net/noticias/2015/01/150125_vert_fut_cocegas_ml.shtml" platform="highweb"/></link></bold>

O gênio interno

Processamento lento no cérebro provoca um gargalo que impede que nos lembremosfoguetinho da blazetudo

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O sucesso dessas estratégias indica que praticamente qualquer pessoa pode se tornar um ás da memória, bastando apenas muita dedicação. Mas será possível fazer o mesmo sem ter que se esforçar tanto?

É o que está tentando fazer Allen Snyder, diretor do Centro para a Mente da Universidadefoguetinho da blazeSydney, na Austrália. Segundo ele, todos nós temos um “gênio interno” que pode ser revelado se aplicarmos a técnica correta.

Snyder afirma que a mente humana opera basicamentefoguetinho da blazeum alto nívelfoguetinho da blazepensamento conceitual,foguetinho da blazevezfoguetinho da blazese concentrarfoguetinho da blazepequenos detalhes. “Estamos cientes do todo, mas não das partes”, explica.

É possível que a evolução tenha ajudado o cérebro a funcionar dessa maneira. Por exemplo,foguetinho da blazevezfoguetinho da blazeprestar atençãofoguetinho da blazecada detalhe do rostofoguetinho da blazeum leão, a mente nos avisa,foguetinho da blazequestãofoguetinho da blazemilésimosfoguetinho da blazesegundo, que aquilo é um predador e que precisamos reagir imediatamente.

Ou seja, a maior parte dos dados que nossos sentidos transmitem para o cérebro não é levada ao nível consciente. Já nos gênios, o pensamento conceitual não é tão presente, dando a eles o tempo e o espaço para se “perderem” nos detalhes.

Casosfoguetinho da blazesíndrome da sabedoria adquirida, como o do menino Serrell, levaram Snyder a buscar uma base fisiológica para o fenômeno. E ele acredita que o lóbulo temporal anterior esquerdo, logo acima da orelha esquerda, é a parte mais importante nesse papel – outros pesquisadores notaramfoguetinho da blazedisfunçãofoguetinho da blazecasosfoguetinho da blazeautismo e demência precoce, acompanhadosfoguetinho da blazeexcepcional talento artístico ou musical.

Mas apesar das ambiçõesfoguetinho da blazecientistas como Snyder, será preciso esperar até conseguir um atalho para se tornar um gênio. Outros fatores, como a autoconfiança e o nívelfoguetinho da blazealerta da mente, podem influenciar.

O gargalo da memória

O que se sabe com certeza é que a memória humana tem uma limitação intrínseca. Então por que não conseguimos nos lembrarfoguetinho da blazetudo o que nos chega pelos cinco sentidos – dos detalhes e do todo?

Reber acredita que o cérebro, ao interpretar o mundo que nos cerca, simplesmente não consegue se manter no mesmo ritmo da torrentefoguetinho da blazeestímulos externos a que estamos expostos. “Existe um gargalo vindo dos nossos sentidos para a nossa memória”, afirma.

Fazendo uma analogia com um computador, Reber diz que o limite da memória humana durante uma vida não é o espaço no disco rígido, mas sim a velocidadefoguetinho da blazedownload dessas informações. “Elas acontecem mais rapidamente do que nosso sistemafoguetinho da blazememória é capazfoguetinho da blazeanotá-las”, conclui.

<bold><link type="page"><caption> Leia mais: Como despertar seu espíritofoguetinho da blazeliderança</caption><url href="http://www.bbc.co.ukhttp://vesser.net/noticias/2015/03/150309_vert_cap_lideranca_ml.shtml" platform="highweb"/></link></bold>

<bold><link type="page"><caption> Leia mais: É possível emagrecer com a força do pensamento?</caption><url href="http://www.bbc.co.ukhttp://vesser.net/noticias/2015/02/150211_vert_fut_emagrecer_memoria_ml.shtml" platform="highweb"/></link></bold>

<italic>Leia a <link type="page"><caption> versão originalfoguetinho da blazeinglês dessa reportagem</caption><url href="http://www.bbc.com/future/story/20150401-whats-the-most-we-can-remember" platform="highweb"/></link> no site <link type="page"><caption> BBC Future</caption><url href="http://www.bbc.com/future" platform="highweb"/></link>.</italic>