Casobwin promopai que matou estuprador da filha causa polêmica na Índia:bwin promo
bwin promo O casobwin promoum homem indiano que torturou e matou o suposto estupradorbwin promosua filha chocou o país - mas, ao mesmo tempo, muitos o veem como um herói.
De acordo com relatos dados à polícia, o paibwin promoseis filhos e 36 anosbwin promoidade disse abwin promoesposa na sexta-feira passada que queria passar algum tempo conversando com seu inquilinobwin promoum quarto no primeiro andarbwin promosua casa, e pediu que esta dormisse com as crianças no piso térreo.
No pequeno quartobwin promopouco maisbwin promo2 metros por 3 metros, o pai amarrou e amordaçou o inquilino, e com uma espátulabwin promoaço aquecida no fogão queimou seus órgãos genitais, causandobwin promomorte.
O pai - cujo nome não foi revelado por razões legais - se entregou voluntariamente à políciabwin promoNova Déli dizendo acreditar que a vítima merecia a tortura, pois havia estupradobwin promofilhabwin promo13 anosbwin promoidade.
A adolescente disse à BBC que, há algumas semanas, estava sozinhabwin promocasa quando o inquilino "me puxou para o seu quarto, amarrou minhas mãos e me estuprou".
Ele teria então, ainda segundo a menina, ameaçado matar o pai dela se ela relatasse o ocorrido.
Gravidez
Há 10 dias, quando ela começou ter enjoos, seu pai a levou para um médico, onde foi descoberto que ela estava grávida.
"Primeiro, ele ficou muito zangado comigo. Quando eu lhe disse que tinha sido o inquilino, ele disse que iria ensinar-lhe uma lição", disse o adolescente.
A família morabwin promoChandu Nagar, uma favela na áreabwin promoKhajuri Khas, nordestebwin promoDéli. A repórter da BBC Geeta Pandey descreveu o local como um labirintobwin promoruas estreitas, onde pequenas casas fazem sombra umas sobre as outras, com esgoto a céu aberto.
O pai, que ganha algumas centenasbwin promorupias vendendo diariamente hambúrgueresbwin promoum carrinhobwin promomão, era conhecido por ser um calmo paibwin promofamília.
O caso causou grande surpresa. A esposa do pai, sem conseguir conter as lágrimas, contou à BBC que "não tinha noçãobwin promonada...não tinha idéiabwin promoque minha filha havia sido estuprada e que ela estava grávida".
O inquilino,bwin promo45 anos, era bem conhecido da família e viviabwin promoum dos quartos da casa havia cinco anos. Ele pagava 500 rúpias por mês (cercabwin promoR$ 20) a títulobwin promoaluguel.
"Viemosbwin promoaldeias vizinhas no Estado centralbwin promoMadhya Pradesh. Nós o conheciamos há muito tempo e o tratávamos como um membro da família", disse o avô da menina supostamente estuprada.
"Não tínhamos idéiabwin promoque ele iria nos trair assim", acrescenta a avó.
'Muito nervoso'
Eram 3h45 da madrugadabwin promosábado quando o pai entrou no posto policial Khajuri Khas para confessar que havia matado o suposto estuprador.
"Ele parecia muito nervoso. Disse que tinha cometido um erro, que tinha matado alguém", contou o sub-inspector Arun Kumar, primeiro a colher o depoimentobwin promoassassino confesso.
Casosbwin promoestupros têm chamado grande atenção na Índia desde dezembrobwin promo2012, quando uma estudantebwin promo23 anosbwin promoidade foi estuprada e assassinadabwin promoum ônibusbwin promoNova Déli.
A repercussão mundial do caso levou a Índia a adotar penas mais duras contra o crime, entre elas a penabwin promomorte. Mas, para descontentamentobwin promomuitos no país, já se passaram dois anos e os agressores da estudante Déli ainda não foram punidos.
Eles foram sentenciados à morte, masbwin promoapelação está pendente no Supremo Tribunal Federal. Muitos indianos se ressentem da lentidão do sistema judicialbwin promoprocessos que podem durar anos.
Apesar da nova lei, a notificaçãobwin promocasosbwin promoestupro na Índia subiu imensamente -bwin promo24.923 casos,bwin promo2012, para 33.707, no ano passado. Isso significa que, todos os dias, 93 estupros são relatados no país.
Talvez por conta deste cenário, o assassinatobwin promoKhajuri Khas tenha gerado simpatiabwin promoparte do público pelo pai, com muitos dizendo que fariam o mesmo.
Depois que a história foi relatada pela primeira vez, no fimbwin promosemana, muitos descreveram o assassino confesso como "herói", que "fez o que tinha que fazer".
Outros expressaram a esperançabwin promoque ele escapebwin promouma punição mais severa.
'Qualquer pai faria isso'
"Qualquer pai faria isso", disse à BBC Mohammad Ayub, que dirige riquixás e faz ponto a menosbwin promoum quilômetro do local do crime.
"Para que ir à polícia e a tribunais? Eles pedem todos os tiposbwin promoprova. Em nosso país, a Justiça demora muito. Justiça deve ser feitabwin promodois meses, mas aqui os casos levam seis ou sete anos."
Seu colega Noor Mohammad diz que o pai não deve ser punido. "O que ele fez foi certo e ele deveria ser libertado".
O inspetor Arvind Pratap Singh, que está à frente da investigação, disse que nunca viu um caso como este.
"Nós geralmente temos que perseguir assassinos, eles não vêm à delegacia por conta própria", diz ele.
"Entendo a simpatiabwin promotodos com ele (o assassino), mas temos que nos ater à lei. Ele cometeu um crime, terá que enfrentar as consequências."