De Copacabana a Duquednb betCaxias: Um diadnb betcampanha no Riodnb betJaneiro:dnb bet
Os locais foram escolhidos estrategicamente pelos coordenadoresdnb betcampanha. Sondagens não oficiais dos partidos indicam que Aécio lidera com folgadnb betbairrosdnb betclasse média alta na Zona Sul do Riodnb betJaneiro, enquanto Dilma obtém maioria entre o eleitorado mais pobre da Baixada Fluminense, na Região Metropolitana do Estado.
"Não aguentamos mais tanta corrupção. O PT já ficou 12 anos no poder. Temdnb betsair", disse uma eleitora tucana à BBC Brasil. "Do contrário, viraremos uma Cuba, uma Venezuela."
"Se o Aécio virar presidente, não quero nem saber no que o Brasil vai se transformar", rebate uma eleitora petista. "Na épocadnb betFHC, não tinha dinheiro nem para colocar iogurte dentrodnb betcasa. Queijo, então, nem pensar."
Aécio
Na extremidade da orladnb betCopacabana, o clube Marimbás foi o pontodnb betencontro do comício do tucano pelo bairro mais famoso da cidade, no domingo.
Do ladodnb betfora do local, o amarelo e o azul predominavam, com centenasdnb betmanifestantes perto das gradesdnb betferro para conseguir ver Aécio.
Mas, do ladodnb betdentro do clube, as cores do PSDB restringiam-se aos broches e adesivos colados nas camisas e bolsasdnb betmarca dos eleitores, entre sócios, artistas e correligionários, que empunhavam bandeiras com o rosto e o número do candidato.
Se as marquises do clube ajudavam a dissipar o forte calor – e protegiam os rostos cuidadosamente maquiados das mulheres –, não ofereciam resistência ao discurso inflamado. Nesse caso, contra o PT.
"Ninguém aqui aguenta mais o PT. São muito populistas", disse uma sócia à reportagem da BBC Brasil.
O marido dela chegou a ensaiar uma crítica sobre Aécio, mas foi imediatamente interrompido. "Não, ele não vai votar na Dilma, não. Pelo amordnb betDeus, aqui ninguém vota na Dilma", disse. "E quem vota nela, é melhor manter silêncio, nem abrir a boca".
Sócia do clube há quase 40 anos ("Aqui é ótimo. Um amigo meu, que moradnb betMilão, ama esse lugar"), ela diz querer "mudança".
Aécio chegou atrasado, por volta das 11h, e teve dificuldades para entrar no clube, onde daria uma entrevista coletiva a jornalistas antes do início da carreata que levaria milharesdnb betpessoas à praiadnb betCopacabana.
Aos gritosdnb bet"Aécio presidente", ele venceu a multidão acompanhado da esposa, Leticia Weber, que vestia uma camisetadnb betuma grife paulistana com os dizeres "Uai we can",dnb betalusão ao slogan "Yes we can", do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.
Sob a mira dos fotógrafos, o tucano subiu as escadas rumo ao terceiro andar do local, onde a imprensa já o aguardava. No caminho, cumprimentou os eleitores.
Aos jornalistas, ele cobrou que Dilma entre "no debatednb betpropostas e nãodnb betagressões".
"Quero fazer aqui um convite para a nossa adversária para que possamos debater propostas, falar do futuro do Brasil. Sou da escola política do meu avô, que ensina que quem deve brigar são as ideias, não as pessoas", disse Aécio.
Ao fim da entrevista, que durou menosdnb betdez minutos, o tucano dirigiu-se à saída do clube. No caminhodnb betvolta, uma sócia do clube lamentou não ter podido tirar foto com o candidato.
"Sou sócia daqui há maisdnb bet50 anos; nem consegui chegar perto dele", criticou ela, impedidadnb betse aproximar do tucano.
Para outros sócios, o evento causou "confusão".
"Olha só, todos esses carros parados aqui. Isso não édnb betgente nossa, isso é gentednb betfora", afirmou um dos sócios.
"É porque tem muito jornalista aqui. Será que eles vieramdnb betcarro?", brincou outro.
<bold><link type="page"><caption> Leia mais: Por que o debate eleitoral acaba caindo no 'Fla x Flu'?</caption><url href="http://www.bbc.co.ukhttp://vesser.net/noticias/2014/10/141014_eleicoes2014_polarizacao_pai" platform="highweb"/></link> </bold>
Dilma
Na quarta-feira, a Praça Roberto da Silveira, no centro nervosodnb betDuquednb betCaxias, na Baixada Fluminense, reuniu centenasdnb beteleitoresdnb betDilma para a concentração do comício com a petista, no que seria, inicialmente, uma caminhada com as mulheres.
Ali, desde as 14h, a bateria da escoladnb betsamba Grande Rio esquentava os tamborins para o início do evento, marcado para duas horas depois, mas ainda sem sinal da presidente.
"Já voteidnb betFernando Henrique (Cardoso, ex-presidente). Fui criadadnb betMinas e meu pai eradnb betdireita. Mas desde a primeira eleiçãodnb betLula passei a votar no PT", afirmou uma moradoradnb bet62 anos.
"A vidadnb bettodo mundo aqui melhorou muito. Há nove anos, meu filho se casou e fez um rega-bofednb betprimeira classe. Quando isso aconteceria nos temposdnb betarrocho do governo do PSDB?", questiona.
"O problema é que a elite tem horror a pobre. Para eles, pobre é doença. Eles não querem pobre andandodnb betavião."
A amiga, a quem conheceudnb betuma pastoral da Igreja Católica, consente, balançando positivamente a cabeça. "Quando eu ia pensar que viajariadnb betavião? Hoje, querido, viajo várias vezes por ano", diz ela à BBC Brasil.
"Meus filhos são formados e tenho dois carros zero quilômetro na garagemdnb betcasa. É só ver (aponta o trânsito intenso ao redor da praça) todo esse engarrafamento aí. Todos os pobres agora são motorizados", ri.
"Nós somos Dilmadnb betcoração", finaliza ela, que se considerava "pobre", mas "agora sou classe média, fofura".
Por volta das 16h, a multidão – com homens e mulheres – saiu sem Dilma, contornou a linha do trem e desafogoudnb betum cruzamentodnb betruas próximo à chamada Praça do Pacificador. A presidente ainda não havia chegado.
No trajeto, políticos locais filiados ao PT, como Lindbergh Farias, candidato derrotado ao governo estadual, e Carlos Minc, ex-ministro do Meio Ambiente, discursaram.
Quando um deputado federal petista falou que o "Brasil não está maisdnb betjoelhos ao FMI", uma militante ironizou: "Ih, olha lá, já querendo copiar o Lula".
Dilma chegou por volta das 17h. Saltoudnb betum sedãdnb betluxo pretodnb betvidros esfumaçados e foi direto falar com a imprensa,dnb betuma estrutura apertada onde mal cabiam todos os jornalistas. Aproveitou também para adiantar aos repórteres e cinegrafistas que não falaria "muito" porque estava decidida a poupar a voz.
"Não vamos deixar o país voltar para trás. Todo o governo, o meu e o do (ex-presidente) Lula, teve as pessoas como centro. Sabemos o quanto você, que está me escutando agora, batalha para conseguir mudardnb betvida. Mas tem um aspecto: no passado, você também lutava e não melhoravadnb betvida", afirmou a presidente durante a entrevista coletiva, que durou pouco maisdnb bettrês minutos.
Dali, Dilma seguiu para um carro aberto, no qual percorreu apenas 300 metros pela Avenida Leonel Brizola, no centro da cidade. Visivelmente cansada, deixava escapar certo ardnb betinsatisfação, mesmo entre acenos e beijos ao povo.
De cima do veículo, a presidente discursou e depois decidiu concluir o trajeto a pé, sob os gritos dos militantes e para o desesperodnb betsua escolta. Entroudnb betvolta no carro oficial e bateudnb betretirada.