Ebola: embaixada na Guiné concede cercagloboesporte com flamengo40 vistos por mês para o Brasil:globoesporte com flamengo
- Author, Daniela Fernandes
- Role, De Paris para a BBC Brasil
(Nota da redação: A BBC Brasil errou ao publicar, na primeira versão desta notícia, que as representações diplomáticas brasileirasgloboesporte com flamengoMonróvia, capital da Libéria, egloboesporte com flamengoFreetown,globoesporte com flamengoSerra Leoa, deixaramgloboesporte com flamengoemitir vistos para o Brasil por determinação do Itamaraty. A correção foi feita às 17h30globoesporte com flamengosábado, 11globoesporte com flamengooutubro, quatro horas após a publicação)
Apenas uma embaixada brasileira localizadagloboesporte com flamengoum dos países africanos mais afetados pela epidemiagloboesporte com flamengoebola concede vistos para estrangeiros que querem ir ao Brasil. A embaixada brasileiragloboesporte com flamengoConacri, na Guiné, concede cercagloboesporte com flamengo40 vistos mensais para o Brasil, disse à BBC Brasil o diplomata Alírio Ramos, único representante do ministério das Relações Exteriores no país e responsável pela concessão dos vistos.
As representações diplomáticas brasileirasgloboesporte com flamengoMonróvia, capital da Libéria, egloboesporte com flamengoFreetown,globoesporte com flamengoSerra Leoa ─ os outros dois países onde o surto está concentrado ─ não emitem vistos para o Brasil por não disporemgloboesporte com flamengoequipamentosgloboesporte com flamengoinformática especiais para se conectar ao Sistema Consular Integrado, administrado pelo Serviço Federalgloboesporte com flamengoProcessamentogloboesporte com flamengoDados (Serpro).
Ramos contou à BBC Brasil ter instituído um "rigoroso" examegloboesporte com flamengosaúde obrigatório para qualquer pessoa que solicitar um visto na embaixada na Guiné.
"A possibilidadegloboesporte com flamengoum estrangeiro que obteve visto na embaixadagloboesporte com flamengoConacri apresentar sintomasgloboesporte com flamengofebre viral ebola no desembarque no Brasil ou nos dias seguintes é muito remota", afirma Ramos.
Os candidatos ao visto devem fazer exames clínicos e laboratoriaisgloboesporte com flamengotemperatura egloboesporte com flamengosangue no hospital Ignace Deen,globoesporte com flamengoConacri, considerado um estabelecimentogloboesporte com flamengosaúde modelo no país, diz Ramos. Estes testes custam cercagloboesporte com flamengoUS$ 15 (R$ 36).
Esses exames são supervisionados pelo diretor-geral do hospital, Mohamed Awada, que também é o médico particular do presidente da Guiné, Alpha Condé, acrescenta o diplomata brasileiro.
Isso ocorre porque Awada, que integra ainda a equipegloboesporte com flamengoação da Guiné contra o ebola e é especialistagloboesporte com flamengofebres hemorrágicas, se tornou médico consultor da embaixada brasileira na Guiné.
"É praticamente impossível alguém na Guiné infectado conseguir obter um visto para o Brasil", ressalta o diplomata, responsável pelos negócios do Brasil no país.
Há atualmente 30 brasileiros na Guiné, sendo pouco mais da metade funcionários da construtora OAS.
Ramos implementou ainda examesgloboesporte com flamengotemperatura para qualquer pessoa que entrar no prédio da embaixada na Guiné e também medidasgloboesporte com flamengohigienização das mãos dos visitantes que vão ao local.
No ano passado, a embaixada na Guiné concedeu 463 vistosgloboesporte com flamengoviagem para o Brasil, uma médiagloboesporte com flamengo38 por mês, taxa semelhante àgloboesporte com flamengo2014.
O primeiro paciente no Brasil suspeitogloboesporte com flamengoestar com ebola veio da Guiné. Ele viajou passando pelo Marrocos e, no Brasil, se declarou refugiado.
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, dissegloboesporte com flamengoentrevista neste sábado que o imigrante entrou no Brasil com vistogloboesporte com flamengoturista.
O primeiro exame feito pelo paciente deu negativo. Na segunda-feira, deve sair o resultadogloboesporte com flamengomais um teste para confirmar o diagnóstico.
Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil já está fazendo um controle nas fronteiras para as pessoas que chegamgloboesporte com flamengoum dos três países onde a epidemia está mais forte - Serra Leoa, Libéria e Guiné.
"O fluxogloboesporte com flamengopessoas oriundas desses três países no Brasil é muito pequeno, não é habitual, mas estamos trabalhandogloboesporte com flamengomaneira objetiva para controlar isso", disse na sexta-feira o ministro Arthur Chioro.
Novo surto
Maisgloboesporte com flamengo600 pessoas foram infectadas pelo ebola na Guiné, o terceiro país mais afetado pelo vírus, após Libéria e Serra Leoa. O númerogloboesporte com flamengomortes na Guiné ultrapassa 400 - no total, foram maisgloboesporte com flamengo4000 mortes.
Após um períodogloboesporte com flamengorelativa calmagloboesporte com flamengorelação à propagação do vírus na Guiné, observado desde julho, novos casos começaram a ser registrados no finalgloboesporte com flamengoagosto e iníciogloboesporte com flamengosetembro, alertou a organização Médicos sem Fronteirasgloboesporte com flamengoum comunicado divulgado na quinta-feira.
De acordo com a organização, maisgloboesporte com flamengo120 casos teriam sido detectados nas últimas semanas na Guiné, sendo 85 deles confirmados.
Eles surgiram principalmente na periferiagloboesporte com flamengoConacri. Apenas no municípiogloboesporte com flamengoCoyah, a 50 quilômetros da capital, houve 18 novos casos.
Falsos alertas
Na França, surgiu a suspeitagloboesporte com flamengoum casogloboesporte com flamengoebola depois que um jovem africano passou mal na quinta-feira.
Ele havia viajado pela Guiné antesgloboesporte com flamengochegar a França,globoesporte com flamengo1°globoesporte com flamengooutubro, e estava acompanhadogloboesporte com flamengotrês outros jovens africanos.
Médicos franceses já confirmaram que foi um alerta falso. Mas por precaução o prédio público onde eles estavam, na periferiagloboesporte com flamengoParis, foi totalmente fechado e as pessoas que tiveram contato com os jovens no local ficaramgloboesporte com flamengoisolamento.
Os testes realizadosgloboesporte com flamengooutra pessoa suspeitagloboesporte com flamengoter contraído o vírus, uma mulher que foi hospitalizadagloboesporte com flamengoParis, também foram negativos, declarou nesta sexta-feira a ministra francesa da saúde, Marisol Touraine.
Até o momento, onze casos suspeitosgloboesporte com flamengoebola na França tiveram resultados negativos, afirmou a ministra.
Houve apenas o caso da enfermeira da Médicos sem Fronteiras que contraiu o vírus na África e foi transferida para a França. Ela já está curada, acrescentou Touraine.