'Capital mundial dos relâmpagos' encanta turistas na Venezuela:poker bar
Longa viagem
Para ver os raios, é preciso persistência. Não tanto para conseguir ver o fenômeno, mas sim para chegar a Catatumbo. A viagem começa da cidadepoker barMerida. São 150 quilômetrospoker barestrada até Puerto Concha.
Em seguida, faz-se uma viagempoker bar40 minutospoker barbarco ao longo do rio Caño Concha, passando pelas florestas e pântanos do Parque Nacional Ciénagaspoker barJuan Manuel. O caminho é repletopoker bar"moradores" locais cheiospoker barcuriosidade nos olhos: tucanos, iguanas e micos.
As últimas duas horas da viagem sãopoker barbarco pelo Lago Maracaibo até a casapoker barpalafitaspoker barHighton.
Nesta porçãopoker barMaracaibo, moram cercapoker bar30 famíliaspoker baruma pequena comunidadepoker barpescadores chamada Ologa. Não fosse pelas antenas parabólicas, seria possível se pensar que nada mudou aqui desde a chegada do explorador Américo Vespúcio. Em 1499, ao ver as casaspoker barpalafitas alinhadas aqui, ele descreveu o lugar como "Pequena Veneza" - origem do nome do país, Venezuela.
Mistério
A condiçãopoker bar"capital mundial dos relâmpagos" foi reconhecida pelo Guinness World Recordspoker barjaneiropoker bar2014. O recorde anterior pertencia a Kifuka, um vilarejo na República Democrática do Congo, com 158 raios por quilômetro quadrado por ano. Mas o registro feitopoker barCatatumbo ganhapoker bargoleada: 250 relâmpagos por quilômetro quadrado - o que totaliza impressionantes 1,6 milhãopoker barraios por ano.
Especialistas acreditam que é possível ver raios nesta parte da Venezuelapoker barentre 140 a 160 noites por ano. Por noite, o fenômeno durapoker barsete a dez horas.
Meteorologistas ainda não chegaram a um consenso sobre o porquê deste fenômeno. A teoria mais aceita é apoker barque ventos quentes vindos do Caribe entrampoker barchoque com frentes frias dos Andespoker barcimapoker barMaracaibo. "Aprisionado" entre montanhas, o ar quente e úmido forma nuvens enormes que entram e choque, dando origem aos raios.
Às vezes, os raios caem perigosamente perto dos turistas. Em novembropoker bar2012, um deles atingiu a casapoker barHighton. "Houve uma grande explosão e um flashpoker barluz. Meus hóspedes ficaram assustados, mas ninguém se machucou", conta o guia.
O ambientalista venezuelano Erik Quiroga acredita que os raios podem ajudar a reparar a camadapoker barozônio.
"Essa é uma hipótese minha, baseado no fatopoker barque isso é um ciclo noturnopoker bartempestades elétricas que gera ozônio, e esse ozônio poderia chegar até a camadapoker barozônio", diz o ambientalista, que quer transformar Catatumbopoker barPatrimônio da Unesco.
Até agora, essa tese nunca foi comprovada. O físico britânico Brian Cox, que apresenta a sériepoker bartelevisão Wonders of the Universe, é um dos defensores desta teoria.
As colunaspoker barnuvens chegam a alturaspoker baroito a dez quilômetros e são vistas como formações clássicas associadas a relâmpagos.
Dosepoker barmagia
A tribo indígena dos Bari, nas montanhaspoker barSierrapoker barPerijá, a 150 quilômetros da fronteira com a Colômbia, assistem a esse espetáculo há séculos.
Os Bari acreditam que os raios são espíritospoker barseus ancestrais. Essa visão acrescenta uma dosepoker bar"magia" à experiência turística.
Pouco depoispoker barcomeçar o espetáculo, fortes chuvas chegam à casapoker barHighton. Os flashespoker barluz iluminam tudo - e por alguns segundos a noite mais parece dia.
Perguntado se os relâmpagos não são perigosos demais e se o para-raios no topopoker barsua casapoker barpalafitas dará contapoker baruma descarga fortepoker barenergia, Highton sorri e diz: "Eu ainda não perdi nenhum turista".
<italic>Leia a <link type="page"><caption> versão original desta reportagempoker baringlês</caption><url href="http://www.bbc.com/travel/feature/20140912-in-venezuela-natures-most-electrifying-lightning-show" platform="highweb"/></link> no site <link type="page"><caption> BBC Travel</caption><url href="http://www.bbc.com/travel/" platform="highweb"/></link>.</italic>