Brasil fica atrásunibet omoutros países no combate ao abusounibet omsal:unibet om

Sal. Foto: Thinkstock

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Legenda da foto, Salunibet ommesa não é o maior dos vilões - maior parte do sódio já vem nos alimentos processados

Veja como alguns países tratam o problema.

Argentina

Pães. Foto: Thinkstock

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Legenda da foto, Na Argentina, redução voluntária começou com acordo com indústriaunibet ompães

Nos últimos quatro anos, a Argentina conseguiu baixar o consumounibet omsal per capita com a mesma fórmula adotada por vários países: acordos voluntários com a indústria alimentícia.

No primeiro acordo, firmadounibet om2010, os fabricantesunibet ompão reduziramunibet om25% a quantidadeunibet omsódio do alimento.

Pouco tempo depois, o acordo foi ampliado para empresas responsáveis por 435 alimentosunibet omconsumounibet ommassa, segundo disse à BBC Brasil o diretorunibet omPromoção da Saúde e do Controleunibet omDoenças Não Transmissíveis do Ministério da Saúde, o médico Sebastián Laspiur.

"Avançamos muito, mas ainda falta muito. Nestes quatro anos, conseguimos baixar o consumounibet omsal per capita por ano. Estimamos que este resultado signifiqueunibet omtornounibet om2 mil mortes a menos por problemas provocados pelo sal, como o cardiovascular", afirmou.

A Organização Mundialunibet omSaúde (OMS) estipula que o ideal é a quantidadeunibet om5 gramas per capita. "Estávamosunibet omtornounibet om11,5 gramas antes e agoraunibet omtornounibet omdez gramas per capita anual. Podemos chegar a nove, mas ainda falta muito para atingirmos a meta da OMS", disse Laspiur.

Segundo ele, cercaunibet om30% das padarias do país aderiram à iniciativa e colocaram cartazesunibet omseus estabelecimentos informando que o produto tem menos sal. Além disso, bares e restaurantesunibet omalguns municípios eunibet omalgumas províncias passaram a atender normas locais tirando o saleiro das mesas. Neste caso, o sal só é entregue caso o freguês peça.

No ano passado, foi aprovada uma lei nacional com regras mais amplas sobre o consumounibet omsal. Os restaurantes teriam que limitar o usounibet omsalunibet omsuas comidas e ainda colocar cartazes informando sobre os efeitos negativos para a saúde. No entanto, os detalhes da nova legislação ainda precisam ser definidosunibet omuma lei posterior para que as medidas entremunibet omvigor.

Estados Unidos

Os americano consomemunibet ommédia 3,3 gramasunibet omsódio por dia, acima do aconselhado por especialistas no país,unibet omno máximo 2,3 gramas diários ou,unibet omcasos específicos, como para adultos acimaunibet om50 anos ou com históricounibet omdoenças como hipertensão ou diabetes,unibet om1,5 grama por dia.

Não há no país, porém, regras obrigatórias para a redução dos níveisunibet omsódio nos alimentos.

Uma parceria entre maisunibet om90 autoridades locais e estaduais e organizações nacionaisunibet omsaúde estabelece metas voluntárias para a redução dos níveisunibet omsódio usados por fabricantesunibet omalimentos e restaurantes.

A Iniciativa Nacional para a Reduçãounibet omSal (NSRI, na siglaunibet ominglês) é coordenada pelo Departamentounibet omSaúde da cidadeunibet omNova York e tem o objetivounibet omreduzir o consumounibet omsalunibet om20%.

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Legenda da foto, Lobistas pedem que autoridades estipulem metas obrigatórias à indústria, e não voluntárias

As metas abrangem 62 categoriasunibet omalimentos embalados e 25 categoriasunibet omcomida vendidaunibet omrestaurantes.

A iniciativa conta com a adesãounibet om28 indústrias alimentícias, supermercados e cadeiasunibet omrestaurantes, entre elas grandes nomes como Unilever, Kraft Foods, Starbucks e Subway. Muitas dessas empresas já atingiram suas metas iniciais.

Em 2010, um órgão consultivounibet omquestõesunibet omsaúde, o Institutounibet omMedicina, pediu que o governo americano estabelecesse regras nacionais obrigatórias para a presençaunibet omsódio.

O governo, no entanto, já afirmou que prefere que as regras sejam voluntárias. Em breve, serão lançadas metas para que a indústria reduza a quantidadeunibet omsódio nos produtos alimentícios.

Especialistas pedem maior ação das autoridades para garantir uma redução mais abrangente.

"Na ausênciaunibet omesforços federais para melhorar monitoramento, fiscalização e diretrizes para apoiar essas iniciativasunibet omreduçãounibet omsódio, a preocupação é aunibet omque esses avanços iniciais não sejam mantidos", disse à BBC Brasil a pesquisadora Kirsten Bibbins-Domingo, diretora do Centro para Populações Vulneráveis da Universidade da Califórnia,unibet omSão Francisco.

Grã-Bretanha

No Reino Unido, os acordos voluntários com a indústria alimentícia também deram resultados positivos, mas existe um consenso entre especialistasunibet omque é preciso avançar mais.

O consumo diáriounibet omsal está na faixaunibet om8,1 gramas por pessoa, e a meta do governo é reduzir esta média para 6 gramas. Há metas também específicas para crianças: 2 gramasunibet omsal por dia para criançasunibet omaté três anosunibet omidade; 3 gramas para idadesunibet omquatro a seis anos; e 5 gramas para criançasunibet omsete a dez anos.

Uma pesquisa publicada na revista Hypertension mostrou que 70% das 340 crianças estudadas consomem sal acima da meta.

Segundo a organização Consunsus Action on Salt & Health, o caminho para se atingir os objetivos nacionais é trabalhar junto com a indústria alimentícia. A maior parte do sal vem das comidas já processadas - e não do salunibet ommesa - e portanto está fora do controle dos consumidores.

Desde acordos firmadosunibet om2007, estima-se que o uso totalunibet omsal tenha caídounibet om11 mil toneladas - entre 40% a 50% na maioria dos alimentos.

Japão

Uma refeição japonesa não é completa sem a tradicional sopaunibet ompastaunibet omsoja (misô), legumesunibet omconserva e pratos que usam como base o molhounibet omsoja (shoyu). Todos altamente ricosunibet omsódio.

Isto fez especialistas alertarem que o Japão está se tornado novamente um dos países que mais consomem o nutriente e que é preciso envolver urgentemente a indústria alimentícia para reduzir a ingestãounibet omsal.

Segundo dados do Ministério da Saúde japonês, a taxa médiaunibet omconsumo do sal giraunibet omtornounibet om11 gramas por dia - semelhante à do Brasil. Mas o governo quer baixar este patamar para 8 gramas por dia.

Entre as medidas, o Ministério vai introduzir, a partirunibet omabrilunibet om2015, um sistemaunibet omcertificaçãounibet om"refeição saudável" para alimentos prontos, como pratos vendidosunibet omlojasunibet omconveniência eunibet omsupermercados.

A quantidade designadaunibet omsal para se obter o certificado éunibet omaté 3 gramas por refeição.

Apesar do alto consumounibet omsal, os japoneses têm, ironicamente, a maior médiaunibet omlongevidade do mundo.

Para Kenji Shibuya, professor do departamentounibet omPolítica Globalunibet omSaúde da Universidadeunibet omTóquio, as razões da longevidade japonesa estão relacionadas ao acesso a medidasunibet omsaúde pública, educação, higiene e, claro, uma dieta mais equilibrada, apesar do alto consumounibet omsódio.

Por iniciativa do governo, o consumounibet omsal começou a cair depois da Segunda Guerra Mundial. Em algumas regiões, a taxa passouunibet om18 para 14 gramas por dia.

Com isto, as mortes por pressão alta e por acidente vascular cerebral (AVC), principalmente, tiveram uma significativa queda. Em comparação com dadosunibet om1947, houve um saltounibet ommaisunibet om30 anos na expectativaunibet omvida dos indivíduos.