Velejadores relatam lixo, móveis e baleia morta antes1xbet àppevento-teste da Rio-2016:1xbet àpp
- Author, Jefferson Puff
- Role, Da BBC Brasil no Rio1xbet àppJaneiro
1xbet àpp A pouco mais1xbet àppdois anos dos Jogos1xbet àpp2016, o Rio1xbet àppJaneiro se prepara para realizar o primeiro teste para o megaevento sob críticas e1xbet àppmeio ao polêmico programa1xbet àppdespoluição da Baía1xbet àppGuanabara, cuja promessa era tratar 80% do esgoto lançado nas águas até o início da Olimpíada - algo sem data certa para ocorrer.
Após treinamentos ao longo da semana que antecedeu o evento, velejadores relataram à BBC Brasil que as condições nas águas ainda são muito ruins e que a sujeira traz uma série1xbet àppproblemas à realização das provas – desde ameaças1xbet àppsaúde até desvantagens na competição.
Eles treinavam para o Aquece Rio, entre 2 e 91xbet àppagosto, competição internacional que reúne 320 velejadores1xbet àpp34 países disputando,1xbet àpp215 barcos, dez diferentes classes1xbet àppvela.
"É pior do que eu pensava", disse o australiano Nathan Outteridge,1xbet àpp28 anos, medalhista1xbet àppouro na Olimpíada1xbet àppLondres. "Já encontramos um cachorro morto, uma mesa1xbet àppjantar, e, claro, muitas sacolas plásticas. Elas ficam presas e param o barco, fazendo com que você fique1xbet àppdesvantagem1xbet àpprelação aos adversários". Além da questão da Baía, problemas na organização chegaram a gerar atritos entre as autoridades locais e o Comitê Olímpico Internacional (COI). O dossiê da candidatura olímpica prometia tratar 80% do esgoto despejado, ajudando o governo do Rio1xbet àppseu plano1xbet àppdespoluição da Baía1xbet àppGuanabara.
"É um projeto extremamente ambicioso e que envolve um conjunto1xbet àppações bastante complexo, vai levar muitos e muitos anos", disse à BBC Brasil Leonardo Gryner, diretor geral1xbet àppoperações do Comitê Organizador Rio-2016.
"Quando fizemos o dossiê (2009), algo por volta1xbet àpp12% desse esgoto era tratado. Hoje, estamos1xbet àppquase 50%, e o governo do Estado, que é o responsável pela obra, continua confiante1xbet àppque, até 2016, 80% vai estar tratado. Nenhum momento falamos que não atingiríamos a meta."
"Ouvimos no noticiário, e realmente se fala muito sobre a sujeira, mas não achei que fosse tão ruim", falou o velejador Outteridge. "Os organizadores estão deixando claro que não vão alterar o local. Então vamos ter que dar um jeito. Vamos ter que lidar com isso".
Até baleia
Para o brasileiro Marcos Grael,1xbet àpp25 anos, filho do bicampeão olímpico1xbet àppvela Torben Grael, o lixo e a sujeira são,1xbet àppfato, um obstáculo.
"Você tem1xbet àppdesviar durante a competição, é claro que atrapalha. Não é bom. O barco não tem fluidez. É uma desvantagem para nós", diz ele, que afirma ter encontrado cachorros, ratos e gatos mortos nas águas.
"Até uma baleia morta a gente já viu".
Para ele, brasileiros que treinam na baía estão mais acostumados com as condições, mas estrangeiros podem estar mais suscetíveis a problemas1xbet àppsaúde.
"Já vi competidores estrangeiros aqui com um ralado, um machucado no braço, que infecciona e demora muito mais do que o normal para cicatrizar. É claro que a gente se pergunta. Tem uns que passam mal do estômago também. Pode ter a ver com a água", diz.
"A competição1xbet àppvela na baía vai se dar1xbet àppcinco raias. A Baía1xbet àppGuanabara tem um canal profundo e largo e, por causa dele, tem um índice1xbet àpprenovação1xbet àppágua muito forte nessas regiões do canal. A água ali é extremamente limpa. Nas situações1xbet àppfundo é que é bastante sujo. Das cinco raias, quatro são1xbet àppcima do canal, ali você pode mergulhar, até engolir", explicou o diretor da Rio-2016, Leonardo Gryner.
Ele admite que a quinta raia é que traz riscos para os esportistas.
"É a que fica próxima à Marina da Glória. Lá, se a água respingar1xbet àppvocê não tem problema, não dá doença, mas, se engolir, é problema. Está sendo feita uma obra que vai desviar o curso dessa água pluvial suja que vai ser levada para Ipanema e ser tratada antes1xbet àppdesembocar no mar. Essa obra vai ficar pronta no fim1xbet àpp2015 e aí,1xbet àpp2016, esse local vai ficar como as outras raias", diz.
Para as alemãs Annika Bochmann,1xbet àpp23 anos, e Karoline Goltzer,1xbet àpp19 anos, as sacolas plásticas são o principal problema.
Mas, apesar das críticas à baía, sobram elogios à cidade.
"Não é tão perigosa quanto pensávamos. É bem melhor do que ouvimos. Em questão1xbet àppsegurança, organização, serviços, não há do que reclamar. Talvez a comunicação. Quase ninguém fala inglês", diz Annika, acrescentando que a dupla1xbet àppBerlim chegou a ver quatro golfinhos1xbet àppfrente à praia do Flamengo.
Críticas e oportunidade
Herdeiro1xbet àppuma linhagem1xbet àppvelejadores brasileiros, Grael diz que houve tempo para limpar a baía. "Fizemos uma campanha forte, houve muitas reportagens, se falou muito. Pelo jeito não foi suficiente para alertar as autoridades, porque não cumpriram o que era para ser feito", avalia.
Para os organizadores, o evento que será iniciado no sábado é uma oportunidade1xbet àpptestar os melhores locais1xbet àppprova dentro da baía.
"Será nosso primeiro evento-teste e cada um deles vai nos ajudar. Serão grandes oportunidades1xbet àpptestar operações, treinar a força1xbet àpptrabalho e adquirir experiência", diz Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Rio 2016.
Questionado sobre a situação daqui a dois anos, o velejador é objetivo. "Eu não tenho opção. O que eu vou fazer? Deram tanto foco para a baía, e o governo não fez1xbet àppparte. Agora temos que focar nos atletas, e como vamos lidar com isso", diz Grael.
Apesar dos problemas, no entanto, o brasileiro diz que é uma vantagem competir1xbet àppcasa e perceber que, como anfitriões, os velejadores locais se transformam1xbet àpppontos1xbet àppreferência.
"Meu pai fez cinco competições olímpicas e não teve uma oportunidade como essa,1xbet àppcompetir1xbet àppcasa. Temos que aproveitar esse momento", diz Grael.