Por que os israelenses aprovam a atual ofensiva contra Gaza:flappy pixbet

Gaza | Crédito: AFP

Crédito, AFP

  • Author, Gil Hoffman
  • Role, Jerusalem Post

flappy pixbet O Hamas "unificou" uma "fragmentada" sociedade israelenseflappy pixbettornoflappy pixbetuma ofensiva terrestre contra Gaza ao lançar foguetesflappy pixbetmaneira deliberada contra Israel. Essa é a opinião do articulista Gil Hoffman, do influente jornal Jerusalem Post flappy pixbet .

Para Hoffman, o grupo militante palestino atacou o "consenso" israelense e "construiu" uma resistência da população vizinha que havia se dividido nos últimos impasses com Gaza

Leia abaixo a análise do jornalista:

"Antesflappy pixbeta escalada do conflito entre o Hamas e Israel que, segundo as estimativas mais recentes, teria matado pelo menos 850 pessoas, a maior parte palestinos, o Estado judeu estava se tornando cada vez mais fragmentado.

Negociaçõesflappy pixbetpaz fracassaram. Debates sobre questões polêmicas se intensificaram. E políticosflappy pixbetdireita, como o chanceler Avigdor Liberman e o ministroflappy pixbetComércio Naftali Bennett, se preparavam abertamente para a possibilidade da convocaçãoflappy pixbeteleições antecipadas se a coalizãoflappy pixbetgoverno do primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, desmoronasse.

Netanyahu, porflappy pixbetvez, foi alvoflappy pixbetduras críticas por não impedir que a comunidade internacional reconhecesse um Estado palestino envolvendo o Hamas e a Jihad islâmica – um endosso que até hoje não foi "digerido" pelos judeus.

Mas tudo mudou quando o Hamas passou a atacar o "consenso israelense". Ao lançar foguetes contra o vizinhoflappy pixbetmaneira deliberada, o grupo palestino produziu um efeito insólito: a unificação do povo israelense.

O Hamas não atacou a Cisjordânia, cujo destino divide os israelenses. A ofensiva foi direcionada à capital Tel Aviv e ao aeroporto internacionalflappy pixbetBen-Gurion. Os ataques miraram os chamados kibutz, fazendasflappy pixbetinspiração comunista, na fronteira com Gaza, por meio do que Israel chamaflappy pixbet"túneisflappy pixbetterror", os subterrâneos usados pelos militantes do Hamas para cruzar a fronteira sem ser notados.

Para piorar, o grupo teria supostamente sequestrado e matado três adolescentes que voltavam da escola. Issoflappy pixbetuma sociedade obcecada com suas crianças.

Ao agir dessa forma, o Hamas construiu uma resistência da população israelense que havia se dividido nos últimos impasses com Gaza. É sabido queflappy pixbettemposflappy pixbetguerra os israelenses se unem contra um inimigo comum, localizado do outro lado da fronteira. Porém, sempre houve manifestações antiguerra, inclusiveflappy pixbetperíodosflappy pixbetrelativa calmaria.

Mas, até agora, os únicos protestos registrados foram um fracasso. Apenas árabes israelenses e judeusflappy pixbetextrema-esquerda participaram desses atos.

Pesquisas mostraram que houve forte apoio popular à ofensiva por terraflappy pixbetIsrael. Por outro lado, os israelenses reagiram mal à notíciaflappy pixbetque Netanyahu teria expressado intençãoflappy pixbetaceitar um cessar-fogo proposto pelo Egito.

Uma pesquisa do instituto Panels para a TV do parlamento israelense (Knesset) revelou que 63% dos entrevistados aprovavam uma ofensiva terrestre a Gaza e apenas 27% rejeitavam a operação. O restante, 10%, não respondeu ou não tinha opinião formada sobre o assunto. O levantamento baseou-seflappy pixbetuma amostra representativaflappy pixbetIsrael, incluindo a população árabe.

Os israelenses reagem com sensibilidade ao trágico saldoflappy pixbetmortos do lado palestino. Mas eles culpam o Hamas pela morte dos civis e não os ataques aéreos promovidos por Israel.

Já o saldoflappy pixbetmortos do ladoflappy pixbetIsrael está aumentando depoisflappy pixbetpermanecer relativamente baixo. Cercaflappy pixbet2 mil foguetes já foram lançados nas últimas três semanas contra o território israelense e mataram um civil, identificado como um beduíno.

Um voluntário israelense que tentou fazer uma entregaflappy pixbetcomidaflappy pixbetum localflappy pixbetalto risco próximo à fronteira com Gaza foi morto por um morteiro. E uma árabe israelenseflappy pixbetHaifa morreuflappy pixbetparada cardíaca ao correr para dentroflappy pixbetum abrigo logo após as sirenes soarem.

Mas, desde que a ofensiva terrestre teve início na noiteflappy pixbetterça-feira passada, 29 soldados morreram e outros 100 ficaram feridos. Para os israelenses, esses números são difíceisflappy pixbetaceitar.

Em Israel, as mortesflappy pixbetsoldados são encaradas como mais trágicas do que a dos civis. As Forçasflappy pixbetDefesaflappy pixbetIsrael (IDF) são um símbolo da resistência judaica, e os soldados são considerados "os filhosflappy pixbettodo mundo".

Por outro lado, civis mortos por foguetes foram ridicularizados por ignorarem as sirenesflappy pixbetalerta e terem saídoflappy pixbetsuas casas para filmar com celulares o sistemaflappy pixbetdefesa antimísseis, conhecido como "Cúpulaflappy pixbetFerro" (Iron Dome,flappy pixbetinglês), interceptar os ataques do Hamas.

Sensoflappy pixbeturgência

Se soldados israelenses continuarem a morrer, mais dúvidas sobre a ofensiva terrestre serão levantadas. O sequestroflappy pixbetum civil ouflappy pixbetum militar terá, certamente, um efeito desmoralizante para a operação.

As tentativas repetidas do Hamasflappy pixbetsequestrar os soldados – e o júbilo registrado por militantes quando nas últimas semanas foi noticiado que um episódio como esse aconteceu – mostra que os líderes palestinos entendem o impactoflappy pixbetum sequestro bem-sucedido.

O Hamas sabe que tudo o que precisa para mudar a opinião pública israelense é um foguete atravessar o sistema antimísseis e atingir um arranha-céuflappy pixbetTel Aviv ou um grupoflappy pixbethomens armados invadir um kibutz por meioflappy pixbetum túnel e abrir fogo.

Mas enquanto tais incidentes desmoralizariam os israelenses e prejudicariam a popularidadeflappy pixbetseus líderes, não haveria oposição à ofensiva por terra.

Os israelenses sabem que, se não fosse pela ofensiva terrestre, os túneis permaneceriam desconhecidos e a população estariaflappy pixbetgrande perigo.

Isso explica por que não houve maior sensoflappy pixbeturgência da parte dos israelenses para interromper a operação antesflappy pixbetque os objetivos sejam alcançados: restaurar a paz no sulflappy pixbetIsrael, destruir os túneis, enfraquecer significativamente o Hamas e, mais importante, evitar uma guerra futura."