Por que os israelenses aprovam a atual ofensiva contra Gaza:novibet ireland

Gaza | Crédito: AFP

Crédito, AFP

Negociaçõesnovibet irelandpaz fracassaram. Debates sobre questões polêmicas se intensificaram. E políticosnovibet irelanddireita, como o chanceler Avigdor Liberman e o ministronovibet irelandComércio Naftali Bennett, se preparavam abertamente para a possibilidade da convocaçãonovibet irelandeleições antecipadas se a coalizãonovibet irelandgoverno do primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, desmoronasse.

Netanyahu, pornovibet irelandvez, foi alvonovibet irelandduras críticas por não impedir que a comunidade internacional reconhecesse um Estado palestino envolvendo o Hamas e a Jihad islâmica – um endosso que até hoje não foi "digerido" pelos judeus.

Mas tudo mudou quando o Hamas passou a atacar o "consenso israelense". Ao lançar foguetes contra o vizinhonovibet irelandmaneira deliberada, o grupo palestino produziu um efeito insólito: a unificação do povo israelense.

O Hamas não atacou a Cisjordânia, cujo destino divide os israelenses. A ofensiva foi direcionada à capital Tel Aviv e ao aeroporto internacionalnovibet irelandBen-Gurion. Os ataques miraram os chamados kibutz, fazendasnovibet irelandinspiração comunista, na fronteira com Gaza, por meio do que Israel chamanovibet ireland"túneisnovibet irelandterror", os subterrâneos usados pelos militantes do Hamas para cruzar a fronteira sem ser notados.

Para piorar, o grupo teria supostamente sequestrado e matado três adolescentes que voltavam da escola. Issonovibet irelanduma sociedade obcecada com suas crianças.

Ao agir dessa forma, o Hamas construiu uma resistência da população israelense que havia se dividido nos últimos impasses com Gaza. É sabido quenovibet irelandtemposnovibet irelandguerra os israelenses se unem contra um inimigo comum, localizado do outro lado da fronteira. Porém, sempre houve manifestações antiguerra, inclusivenovibet irelandperíodosnovibet irelandrelativa calmaria.

Mas, até agora, os únicos protestos registrados foram um fracasso. Apenas árabes israelenses e judeusnovibet irelandextrema-esquerda participaram desses atos.

Pesquisas mostraram que houve forte apoio popular à ofensiva por terranovibet irelandIsrael. Por outro lado, os israelenses reagiram mal à notícianovibet irelandque Netanyahu teria expressado intençãonovibet irelandaceitar um cessar-fogo proposto pelo Egito.

Uma pesquisa do instituto Panels para a TV do parlamento israelense (Knesset) revelou que 63% dos entrevistados aprovavam uma ofensiva terrestre a Gaza e apenas 27% rejeitavam a operação. O restante, 10%, não respondeu ou não tinha opinião formada sobre o assunto. O levantamento baseou-senovibet irelanduma amostra representativanovibet irelandIsrael, incluindo a população árabe.

Os israelenses reagem com sensibilidade ao trágico saldonovibet irelandmortos do lado palestino. Mas eles culpam o Hamas pela morte dos civis e não os ataques aéreos promovidos por Israel.

Já o saldonovibet irelandmortos do ladonovibet irelandIsrael está aumentando depoisnovibet irelandpermanecer relativamente baixo. Cercanovibet ireland2 mil foguetes já foram lançados nas últimas três semanas contra o território israelense e mataram um civil, identificado como um beduíno.

Um voluntário israelense que tentou fazer uma entreganovibet irelandcomidanovibet irelandum localnovibet irelandalto risco próximo à fronteira com Gaza foi morto por um morteiro. E uma árabe israelensenovibet irelandHaifa morreunovibet irelandparada cardíaca ao correr para dentronovibet irelandum abrigo logo após as sirenes soarem.

Mas, desde que a ofensiva terrestre teve início na noitenovibet irelandterça-feira passada, 29 soldados morreram e outros 100 ficaram feridos. Para os israelenses, esses números são difíceisnovibet irelandaceitar.

Em Israel, as mortesnovibet irelandsoldados são encaradas como mais trágicas do que a dos civis. As Forçasnovibet irelandDefesanovibet irelandIsrael (IDF) são um símbolo da resistência judaica, e os soldados são considerados "os filhosnovibet irelandtodo mundo".

Por outro lado, civis mortos por foguetes foram ridicularizados por ignorarem as sirenesnovibet irelandalerta e terem saídonovibet irelandsuas casas para filmar com celulares o sistemanovibet irelanddefesa antimísseis, conhecido como "Cúpulanovibet irelandFerro" (Iron Dome,novibet irelandinglês), interceptar os ataques do Hamas.

Sensonovibet irelandurgência

Se soldados israelenses continuarem a morrer, mais dúvidas sobre a ofensiva terrestre serão levantadas. O sequestronovibet irelandum civil ounovibet irelandum militar terá, certamente, um efeito desmoralizante para a operação.

As tentativas repetidas do Hamasnovibet irelandsequestrar os soldados – e o júbilo registrado por militantes quando nas últimas semanas foi noticiado que um episódio como esse aconteceu – mostra que os líderes palestinos entendem o impactonovibet irelandum sequestro bem-sucedido.

O Hamas sabe que tudo o que precisa para mudar a opinião pública israelense é um foguete atravessar o sistema antimísseis e atingir um arranha-céunovibet irelandTel Aviv ou um gruponovibet irelandhomens armados invadir um kibutz por meionovibet irelandum túnel e abrir fogo.

Mas enquanto tais incidentes desmoralizariam os israelenses e prejudicariam a popularidadenovibet irelandseus líderes, não haveria oposição à ofensiva por terra.

Os israelenses sabem que, se não fosse pela ofensiva terrestre, os túneis permaneceriam desconhecidos e a população estarianovibet irelandgrande perigo.

Isso explica por que não houve maior sensonovibet irelandurgência da parte dos israelenses para interromper a operação antesnovibet irelandque os objetivos sejam alcançados: restaurar a paz no sulnovibet irelandIsrael, destruir os túneis, enfraquecer significativamente o Hamas e, mais importante, evitar uma guerra futura."