Líder do Hamas condiciona trégua a garantiapin up roletafimpin up roletacerco a Gaza:pin up roleta

Khaled Meshal, líder do Hamas | Crédito: BBC
Legenda da foto, Khaled Meshaal afirmou que os moradorespin up roletaGaza não querem um cessar-fogo sem o fim do bloqueio

pin up roleta O líder do Hamas, Khaled Meshaal, afirmoupin up roletaentrevista exclusiva à BBC que o grupo palestino quer uma trégua com Israel o mais rapidamente possível. Mas ele condicionou a trégua a uma garantia genuína do fim do cercopin up roletaoito anos a Gaza.

Na entrevista concedida na tardepin up roletaquinta-feira ao programa HARDtalk no Catar, onde vive, Meshaal disse que os palestinospin up roletaGaza querem viver sem os bloqueios israelense e egípcio e se abrir para o mundo.

"A populaçãopin up roletaGaza está sendo punida com uma morte lenta na maior prisão do mundo", disse. "Estamos ansiosos para que o banhopin up roletasangue terminepin up roletaGaza."

Maispin up roleta800 palestinos e 35 israelenses já morreram desde o início do atual conflito,pin up roleta8pin up roletajulho.

Na quinta-feira, o bombardeio a uma escola onde funcionaava um abrigo administrado pela ONUpin up roletaGaza deixou pelo menos 15 pessoas mortas. Várias outras ficaram feridas.

Cercapin up roleta10 mil pessoas participarampin up roletauma passeatapin up roletaRamallah até o lestepin up roletaJerusalém, onde foram contidos por forças israelenses.

O governo israelense diz que as açõespin up roletaGaza são uma resposta à ameaça do Hamas, a quem acusapin up roletadisparar foguetes contra o território israelense epin up roletausar túneis para infiltrar pessoas com o intuitopin up roletacometer atos terroristaspin up roletaIsrael.

O líder do Hamas contesta a acusação e diz que os fatos mostram que a ação israelense é desproporcional. "Os números contam uma história diferente", afirma. "Nós temos mais do que 700 mártires. Muitos deles são civis e isso é confirmado por Israel", diz.

Leia a seguir a entrevista concedida por Meshaal à BBC:

pin up roleta BBC: Por quanto tempo o senhor está preparado para ver esse conflito continuar?

pin up roleta Khaled Meshaal: O sofrimento e a catástrofe humanitária são a essência do Estadopin up roletaIsrael. Nós somos as vítimas. Espero que esse confronto acabe o mais rápido possível. Essa é uma guerra que Netanyahu (Benjamin Netanyahu, primeiro-ministropin up roletaIsrael) lançou contra Gaza sem qualquer justificativa. Ele usou o argumento dos assentamentos na Cisjordânia e está se vingandopin up roletanós. Ele quis se vingarpin up roletaGaza e agradar seus oponentes políticos usando para isso o sangue palestino.

pin up roleta BBC: Por quanto tempo o senhor está preparado para ver esse conflito continuar mesmo depoispin up roletauma trégua?

pin up roleta Khaled Meshaal: Não rejeitamos nenhuma iniciativa que atenuasse o ataque e o cerco a que somos submetidos. O que nos ofereceram foi um cessar-fogo que, pelo contrário, fortaleceria o bloqueio – e os moradorespin up roletaGaza já estão cansadospin up roletaum isolamento forçado que já dura oito anos. Esse bloqueio injustificável já matou mais do que guerras anteriores.

pin up roleta BBC: O senhor defende o fim do bloqueio a Gaza. Mas uma trégua não seria a melhor opção nesse momento?

pin up roleta Khaled Meshaal: Não. Essa é a posição dos moradorespin up roletaGaza, do Hamas, da Jihad Islâmica, da Frente Popular e dos palestinospin up roletageral. Todos estão nos dizendo: "Não aceitem um cessar-fogo". Queremos que,pin up roletaprimeiro lugar, esse bloqueio seja suspenso. Os bancos mundiais vêm pressionando os bancos palestinos para não enviar dinheiro a Gaza. Os moradorespin up roletaGaza estão morrendo. Imagine a Grã-Bretanha – a maior ilha do Atlântico – sendo submetida a cerco semelhante. O que os britânicos fariam?

Vítimaspin up roletaataquepin up roletaIsrael contra escolapin up roletaGaza (AP)

Crédito, AP

Legenda da foto, Vítimaspin up roletaataquepin up roletaIsrael contra escolapin up roletaGaza

pin up roleta BBC: O Hamas é acusado pelo governopin up roletaIsrael de, deliberadamente, colocarpin up roletaperigo a vidapin up roletacivis. Qual é apin up roletaopinião sobre isso?

pin up roleta Khaled Meshaal: Os números contam uma história diferente. Você pode usar as estatísticas da forma como quiser. Nós temos maispin up roleta700 mártires. Muitos deles são civis e isso é confirmado por Israel.

pin up roleta BBC: Mas o senhor é acusadopin up roletadeliberadamente colocarpin up roletaperigo a vidapin up roletapalestinos na Faixapin up roletaGaza.

pin up roleta Khaled Meshaal: Quem deve assumir a culpa pelo que está acontecendo? Os ocupantes, os colonos – esse é o terceiro ataque contra Gaza – ou aquele que se defende? Quando a Grã-Bretanha abrigoupin up roletaGaulle (o general francês Charlespin up roletaGaulle), que, usando a BBC, lançou uma guerrapin up roletaresistência contra os nazistaspin up roletaParis, seria ele o responsável pela morte dos franceses? Ou simplesmente tentou apontar o caminho para liberá-los da ocupação nazista? O que está acontecendopin up roletaGaza é um problema do mundo. Tal como os sul-africanos, os palestinos querem viver sem ocupação, sem assentamentos. É horapin up roletaa comunidade internacional colocar um fim à última ocupação na história, a ocupação palestina.

pin up roleta BBC: Mas o Hamas é acusadopin up roletadeliberadamente colocarpin up roletaperigo as vidas dos palestinos ao usá-los como escudos humanos.

pin up roleta Khaled Meshaal: Isso é mentira. O Hamas está se defendendo, está sacrificando apin up roletaprópria liderançapin up roletaconsideração por seu povo. O único responsável pela mortepin up roletapalestinos é Israel, que usa (jatos) F16 e armas ocidentais e americanas. Quando o Hamas ou qualquer outro membro do movimentopin up roletaresistência se defende contra os ocupantes, estão protegendo o seu próprio povo. Permita-me voltar à comparação compin up roletaGaulle. Ao lançar um apelo pela resistência, o general francês queria destruir o seu povo ou proteger os franceses da ocupação nazista? Estamos fazendo o que qualquer um faria se submetido a essa opressão.

pin up roleta BBC: Qual seria então a justificativa para colocar foguetespin up roletauma escola?

pin up roleta Khaled Meshaal: Sem sombrapin up roletadúvida, isso é mentira – olhe para Israel e veja onde estão os lançadorespin up roletafoguetespin up roletaGaza.

pin up roleta BBC: Eles estãopin up roletauma escola...

pin up roleta Khaled Meshaal: Os lançadorespin up roletafoguetespin up roletaGaza pertencem à resistência. Eles estão debaixo da terra e Israel não consegue atingi-los. No entanto, o governo israelense finge que essas armas estãopin up roletaáreas civis para que continue atacando hospitais, mesquitas, torres e construções. Israel cometeu um massacrepin up roletaShujaiya epin up roletaTufah. Nesta manhã (quinta-feira), o mundo testemunhou um novo massacrepin up roletaKhuzaa. Gaza se transformoupin up roletaum abatedouro. O mundo está inerte e ainda acusa o Hamas.

pin up roleta BBC: Por que tantos civis estão morrendo? Por que quando o Exército israelense alerta as pessoas para que saiampin up roletacasa devido aos ataques, o ministro do interior do Hamas pede que elas fiquem?

pin up roleta Khaled Meshaal: Você quer que a liderança palestina peça às pessoas que abandonempin up roletaterra? Qual governo pediria às pessoas que deixassem suas casas?

pin up roleta BBC: Mas qual direito o Hamas tem sobre os civispin up roletaGazapin up roletamodo a orientá-los a não dar ouvidos às advertênciaspin up roletaIsrael, o que,pin up roletaúltima análise, provocarápin up roletamorte?

pin up roleta Khaled Meshaal: Os palestinos são os únicos que permanecem firmes àpin up roletaprópria terra. Nós estamos há 18 diaspin up roletaguerra e você ouviu falarpin up roletaalgum palestino deixando Gaza? Os palestinos têm o direitopin up roletapermanecer empin up roletaterra epin up roletasuas casas. Você sabe qual é o tipopin up roletaalerta que Israel dá às pessoas? Israel nos envia um sinal e três minutos depois manda um F16 destruir nossas casas. Que tipopin up roletaadvertência é essa? Israel fracassou militarmentepin up roletaatingir a resistência e agora está atacando civis. Esse é o quadro atualpin up roletaGaza.

pin up roleta BBC: O Hamas instou a populaçãopin up roletaGaza a proteger suas casaspin up roleta"peito aberto". Isso é um ato sensato?

pin up roleta Khaled Meshaal: É assim que as famílias palestinas vivem. Os palestinos estão empin up roletaprópria terra. Um palestino construiupin up roletacasa com o suor do seu próprio dinheiro. Os israelenses esperam que ele saia dela sem mais nem menos? O Hamas não dá ordens às pessoas que permanecem dentropin up roletasuas casas. O Hamas encoraja as pessoas a não ceder à pressãopin up roletaIsrael e mostra a cada palestinopin up roletaperseverança. Vá a Gaza e você vai ver pessoaspin up roletahospitais. Veja as áreas destruídas. As vítimas não devem ser culpadas. A culpa deve recair sobre Israel, que cometeu esse massacre. Já são maispin up roleta700 mortos do lado palestino. Muitos deles são civis. Enquanto isso, o Hamas se concentrapin up roletamatar soldados israelenses. Essa é a diferença ética entre a resistência palestina e o ataque israelense.

Túnelpin up roletaGaza

Crédito, israel

Legenda da foto, Israel acusa Hamaspin up roletacavar túneis com o intuitopin up roletapraticar atos terroristaspin up roletaterritório israelense

pin up roleta pin up roleta BBC: O presidentepin up roletaIsrael, Shimon Peres, diz que nenhum Estado aceitaria terroristas emergindopin up roletatúneis para matar pessoas inocentes.

pin up roleta Khaled Meshaal: Algum país aceitaria um invasor que ocupapin up roletaterra? Pois isso é o que Israel faz com a Palestina. Não se tratapin up roletauma ocupação sionista? Não é Israel quem está ocupando? A Cisjordânia não é um território ocupado? Como reagiu a comunidade internacional? A crise e os problemas que os palestinos sofrem são todos decorrentes dessa ocupação. A lei internacional deve ser aplicada a Israel, àpin up roletaocupação e a seus assentamentos. Àpin up roletamatança irrefreável. A deixar pessoas desabrigadas. Por que,pin up roletavez disso, as pessoas insistempin up roletaolhar os foguetes vindospin up roletaGaza? Por que você não criticou os mísseis sofisticados construídos ao redor do mundo e que estão atingindo o território palestino?

pin up roleta BBC: Não há dúvidapin up roletaque Israel tem um aparato militar muito superior ao do Hamas. Mas o Hamas lança foguetes indiscriminadamente contra Israel. Israel não teria o direitopin up roletase defender?

pin up roleta Khaled Meshaal: E o povo palestino cuja terra é ocupada por Israel e que está repletapin up roletaassentamentos? Não temos direitopin up roletanos defender? Por que só Israel tem o direitopin up roletase defender? O invasor é o opressor. Israel tem um Exército gigante. Metade da população palestina vive sob ocupação e outra metadepin up roletadiáspora. Nosso povo tem o direitopin up roletase defender, mas o mundo está sendo hipócrita e a favorpin up roletaIsrael. O mundo nos diz que devemos abraçar a democracia. Por que o mundo não respeita a democracia na Palestina quando o Hamas venceu as eleições?

pin up roleta BBC: Neste momento, as duas partes envolvidas nesse conflito parecem não querer ceder. O Hamas continuará lançando foguetespin up roletadireção a Israel? É essa a estratégia do grupo?

pin up roleta Khaled Meshaal: Nossa estratégia é recuperar a terra que nos foi roubada pelo invasor e estabelecer um Estado tal qual qualquer outro país independente do mundo, sem qualquer ocupação ou assentamento. Nossa estratégia é defender as nossas pessoas. Confesso que a batalha é árdua, e Israel é mais forte do que nós militarmente. Mas nós lutamos por uma causa justa. E a História já nos ensinou que as pessoas que têm razão são vitoriosas, não importa o quanto tempo a luta durar.

pin up roleta BBC: Quanto mais vidas terãopin up roletaser perdidas até o Hamas aceitar as tropas israelensespin up roletaGaza?

pin up roleta Khaled Meshaal: Cada vidapin up roletaum palestino é importante para nós. Cada gotapin up roletasangue também. São os nossos filhos. São os filhospin up roletaIsrael. A ocupação é um crime, a ofensiva é um crime, o bloqueio é um crime e todos contradizem a lei internacional. O único que pode parar com o banhopin up roletasangue palestino deve interromper a ocupação e o bloqueiopin up roletaGaza.

pin up roleta BBC: O que é preciso para o Hamas aceitar um cessar-fogo?

pin up roleta Khaled Meshaal: Nós queremos um cessar-fogo assim que possível. Mas isso tempin up roletaser concomitante à suspensão do bloqueio contra Gaza. Essa é a demanda do povo. Eu faço um apelo à ONU, aos Estados Unidos e ao Reino Unido que vão a Gaza e perguntem à população o que ela quer. Eu posso garantir que essa será a resposta do povopin up roletaGaza.

pin up roleta BBC: Os americanos estão tentando um acordopin up roletaduas etapas, que inicialmente envolva um cessar-fogo – e posteriormente contemple uma flexibilização do bloqueio a Gaza. Qual é apin up roletaopinião sobre isso?

pin up roleta Khaled Meshaal: Independente do mecanismo, o importante para mim é que haja uma garantia genuínapin up roletasuspender o bloqueio a Gaza. Essas promessas já foram feitas no passado, mas nada foi feito. Gaza faz parte da Palestina. Nossa população épin up roleta1,8 milhãopin up roletapessoas. Elas precisam viver sem um bloqueio. Nós queremos um aeroporto, um porto, nos abrir ao mundo. Não queremos ser controlados toda vez que cruzamos a fronteira, o que nos torna a maior prisão a céu aberto no mundo. As pessoas não podem comprar medicamentos ou trabalhar. A populaçãopin up roletaGaza está sendo punida com uma morte lenta na maior prisão do mundo. Nós queremos um basta nessa agressão e o fim do bloqueio. Estamos ansiosos para que o banhopin up roletasangue terminepin up roletaGaza.

Apesar das críticas, Israel diz que ação militar é para se protegerpin up roletaagressão do Hamas

Crédito, Getty

Legenda da foto, Apesar das críticas, Israel diz que ação militar é para se protegerpin up roletaagressão do Hamas

pin up roleta pin up roleta BBC: O senhor é o líder político do Hamas. O senhor falapin up roletanome do Hamas. O senhor é a favorpin up roletainterromper o lançamentopin up roletafoguetes enquanto negocia uma mudança na economiapin up roletaGaza?

pin up roleta Khaled Meshaal: Por que você insistepin up roletauma solução por etapas? Arafat (Yasser Arafat, líder palestino mortopin up roleta2004) tentou solução similarpin up roletaOslo e o que aconteceu depoispin up roletacinco anos? Nada. Queremos comprometimento internacional para interromper as agressões para suspender o bloqueio. Queremos um acordo genuíno e não algo que seja construídopin up roletaetapas. Também queremos colocar fim à ocupação. Os palestinos têm o direitopin up roletaser livres na Cisjordânia e na Faixapin up roletaGaza. Nós temos o direito à autonomia e a viverpin up roletanossa terra.

pin up roleta BBC: Suas forças militares estão sendo enfraquecidas, hora a hora, pelas forças israelensespin up roletaGaza. Sua população civil está sofrendo bastante. O que o faz pensar que tem tempo ou espaço para ditar os termos da negociação? Certamente o que vocês precisam é uma trégua.

pin up roleta Khaled Meshaal: Preservar as vidas das pessoas é um objetivo ético e a responsabilidadepin up roletaqualquer liderança. Mas ninguém poderia aceitar que nós protegêssemos as vidas das pessoas enquanto elas vivessem aindapin up roletavergonha, humilhação e ocupação. As pessoas querem viver e não morrer. Mas elas querem liberdade e vida. Os palestinos são iguais, mas têm uma escolha. Morrer ou viver sob ocupação como escravos, sem liberdade ou dignidade. Os palestinos querem viver, mas com liberdade. Veja o que aconteceu na Cisjordânia. Eles queimaram um jovem. Esses são crimes.

pin up roleta BBC: Percebo que o senhor está absolutamente determinado a não retornar ao status quo. Mas não é verdade que o Hamaspin up roletamuitos sentidos está mais fraco hoje do que esteve por muito tempo? Vocês perderam aliados importantes, como o governo da Irmandade Muçulmana no Egito, ou o Irã, que não está mais tão próximo a vocês como antes. Vocês enfrentam graves problemas financeiros, não conseguem nem pagar os salários dos funcionários públicospin up roletaGaza. O Hamas está numa posição muito fraca agora.

pin up roleta Khaled Meshaal: Mas não vamos nos render. Sim, o Hamas está passando por um período difícil. Mas este é um perigo que Netanyahu calculou mal -pin up roletaachar que o Hamas foi enfraquecido pelo bloqueio. E então ele ficou surpresopin up roletaver que a populaçãopin up roletaGaza e o Hamas estão mais fortes. As circunstâncias difíceis não nos levam à rendição. O Hamas não luta somente para ter aliados. Lutamos porque temos uma causa.

pin up roleta BBC: Mas dizer que não importa e que vocês simplesmente vão continuar a resistir parece quase suicida.

pin up roleta Khaled Meshaal: Quando você se aferra ao seu direito está cometendo suicídio? Nós somos submetidos à vontadepin up roletaIsrael. Todos os povos do mundo lutaram batalhas desiguais. Os vietnamitas. Ou na África do Sul. Os franceses enfrentaram os nazistas, e foram vitoriosos. Eles lutaram por seus princípiospin up roletaliberdade e dignidade. As pessoas não lutam somente porque a balançapin up roletapoder está a seu favor. O poder está sempre com o ocupante. Mas o povo vence.

pin up roleta BBC: O senhor ligou a violência às consequências do assassinatopin up roletatrês adolescentes israelenses na Cisjordânia. O senhor está preparado para reconhecer que os assassinatos foram uma ação do Hamas?

pin up roleta Khaled Meshaal: Não tenho nenhuma informação sobre quem fez isso. Até agora. Israel acha mais fácil acusar o Hamas, mas a questão é: eles estavam vivendo empin up roletaterra? A terra na Cisjordânia é ocupada,pin up roletaacordo com a lei internacional. Então o palestino que está se defendendo dos colonos armados é acusadopin up roletaassassinato. Vamos falar sobre as circunstâncias.

pin up roleta BBC: Qual é a estratégia do Hamas? É somente recorrer à violência e acreditar que no fim esses instrumentos podem dar o que vocês chamampin up roletaliberação? Vocês realmente acreditam nisso?

pin up roleta Khaled Meshaal: Temos um objetivo e temos os meiospin up roletaalcançar isso. O objetivo é o direito à autodeterminação, a colocar um fim à ocupação israelense, aos assentamentos judaicos e à agressão. Temos três escolhas. Nós preferimos a escolha pacífica. Somos forçados a recorrer à via militar. Por anos o povo palestino vem tentando a solução pacífica e não obtiveram nada da comunidade internacional. Se tivermos uma chancepin up roletaresolver a situação pacificamente, sem violência e sem armas, o faremos. Mas somos forçados a lutar contra a ocupaçãopin up roletaIsrael.

pin up roleta BBC: Os membros do Hamas estão falandopin up roletauma terceira intifada,pin up roletaespalhar a violência pelos territórios ocupados. Isso vai ajudar o povo palestino?

pin up roleta Khaled Meshal: Por que não responsabilizar Netanyahu por essa escalada? Netanyahu foi o responsável pelo fracasso do planopin up roletaKerry (John Kerry, secretáriopin up roletaEstado americano) durante as negociações com Abbas (Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina). Se os americanos e os europeus dessem uma chance para que o plano fosse bem sucedido, e abrissem uma janela para o povo palestino, esta escalada não teria acontecido. Mas todas as janelaspin up roletaesperança foram fechadas na cara do povo palestino.

Mulher palestina chora durante funeralpin up roletaGaza (AP)

Crédito, AP

Legenda da foto, Mulher palestina chora durante funeralpin up roletaGaza

pin up roleta pin up roleta BBC: Nós já conversamos várias vezes nos últimos anos, e todas as vezes você me diz que a estratégiapin up roletaresistência do Hamas e a recusapin up roletaaceitar Israel levará à libertação dos palestinos, mas veja o que aconteceu. A situação parece pior e mais sombria do que jamais esteve. Não há uma pequena partepin up roletaque questiona se essa estratégia faz sentido?

pin up roleta Khaled Meshaal: Sim, os cidadãos palestinos estão sofrendo e vivempin up roletacondições duras, mas isso é por causa da ocupação, não por causa do Hamas. Não é uma resistência armada como fimpin up roletasi. Mas é um meio para encerrar a ocupação. Se eu não for capazpin up roletacolocar um fim à ocupação por meios pacíficos, sou forçado a pegarpin up roletaarmas, como todos os outros países. As pessoas estão vivendo sob ocupação, e não tivemos a chancepin up roletamaispin up roleta60 anospin up roletaresolver esse problema. O mundo está injustamente contra nós. Sim, nós sofremos, mas todos os povos sob ocupação sofrem. No fimpin up roletatudo, seremos vitoriosos. Esperamos que um dia nós nos encontremospin up roletaRamallah, Jerusalém e Gaza. Porque o tempo não está do lado dos israelenses. Mesmo os serviços secretos dos Estados Unidos acham isso. Kissinger (Henry Kissinger, ex-secretáriopin up roletaEstado americano) disse que Israel não tem futuro porque (é um Estado) baseadopin up roletaagressão.

pin up roleta BBC: O senhor está falando sobre uma visãopin up roletalongo prazo. Quando o senhor acha que o atual conflitopin up roletaGaza vai terminar?

pin up roleta Khaled Meshaal: Se Deus quiser, espero que termine hoje à noite ou amanhã, mas como palestino gostaria que isso terminasse o mais rápido possível. Gostariapin up roletadizer aos moradorespin up roletaGaza que eles avançaram politicamente. Mas deixe o presidente Obama e eu e Abbas e toda a liderança ajudá-los a colocar um fim na agressão, e então a comunidade internacional terá cumprido seu papel ético e humanitário.