Após Copa 'esvaziada' nas ruas, manifestantes querem mobilização nas eleições:betfair palmeiras

betfair palmeiras Depoisbetfair palmeirasum períodobetfair palmeirasCopa do Mundo marcado por manifestações reduzidas e ações violentas da polícia, parte dos movimentos sociais que nos últimos meses vêm organizando protestosbetfair palmeirasrua, disseram que pretendem dar continuidade às manifestações e devem direcionarbetfair palmeirasatenção para as eleições no final do ano.

Especialistas ouvidos pela BBC Brasil acreditam que o fracassobetfair palmeirasgruposbetfair palmeirasmanifestantesbetfair palmeirasorganizar protestosbetfair palmeiraslarga escala durante o Mundial - como os ocorridos durante a Copa das Confederações no ano passado - se deveubetfair palmeirasgrande parte à ação dos chamados Black Blocs.

"Foi um errobetfair palmeirascálculo (dos manifestantes) partirem para a violência. Mas são movimentos ainda embrionários, não têm uma cúpula que pensebetfair palmeirastermos estratégicos e táticos", disse o professorbetfair palmeirasética e ciência política da Unicamp (Universidadebetfair palmeirasCampinas), Roberto Romano.

Ao depredar lojas e agências bancárias durante passeatas, esses manifestantes mascarados provocaram uma dura resposta da polícia. Essa tática foi intensificada durante a Copa.

Para impedir que qualquer protesto se aproximassebetfair palmeirasestádios ou instalações da Fifa, foram utilizados enormes contingentesbetfair palmeirasagentes policiais e o usobetfair palmeiraslarga escalabetfair palmeirasgás lacrimogêneo e balasbetfair palmeirasborracha dificultando a ação dos manifestantes.

Manifestantes ouvidos pela reportagem disseram que na maioria dos casos foram as forçasbetfair palmeirassegurança que deram início à violência e os Black Blocs teriam adotado uma postura defensiva.

A maioria dos representantesbetfair palmeirasmovimentos sociais ouvidos pela BBC Brasil afirmou que a forte repressão policial durante a Copa desestimulou a participação mais ampla do povobetfair palmeirasprotestos, como também dos próprios articuladores das manifestações.

As manifestações mais significativas reuniram algumas centenasbetfair palmeiraspessoas, especialmente na abertura do mundialbetfair palmeirasSão Paulo, no dia 12betfair palmeirasjunho,betfair palmeirasum ato do MPL (Movimento Passe Livre) no dia 19 do mesmo mês e no na final no Riobetfair palmeirasJaneiro no último domingo.

Em todos os casos houve intervenção da polícia para encerrar os protestos.

Além disso, dezenasbetfair palmeirasativistas foram presos no Riobetfair palmeirasJaneiro ebetfair palmeirasSão Paulo antes dos eventos, acusados do crimebetfair palmeirasorganização criminosa.

"Ninguém é ingênuobetfair palmeirascair na mão do Estado. Sabemos com quem estamos lidando", disse Vanessa dos Santos, do Comitê Popular da Copabetfair palmeirasSão Paulo, referindo-se à postura das políciasbetfair palmeirasusar a força contra manifestantes.

Para Lucas Monteiro, militante do MPL (Movimento Passe Livre), a faltabetfair palmeirasuma agendabetfair palmeirasreivindicações explica melhor o esvaziamento das manifestações durante a Copa.

"No ano passado havia uma pauta clara e objetiva (a redução nas tarifas do transporte público). (Na Copa) não havia um pauta unificadora".

Articulação

Passada a Copa, muitos dos movimentos que surgiram ou ganharam força ao criticar e protestar contra a realização do Mundial agora se concentrambetfair palmeiraspressionar as autoridades pela libertaçãobetfair palmeirascolegas ativistas presos.

Eles se articulam também para levar suas bandeiras para a discussão política que começa a tomar vulto com a aproximação das eleições no Brasil.

Esse é o caso do movimento Território Livre, que participou da manifestação na abertura da Copabetfair palmeirasSão Paulo e agora planeja novas ações para protestar contra a prisãobetfair palmeirasdois ativistas e também organizar protestos durante o período eleitoral.

"As pessoas ficaram enfeitiçadas durante a Copa, mas nós continuamos fazendo pressão. Acreditamos que com a derrota do Brasil nossas reivindicações estão sendo incorporadas pela população", disse Rafael Padial, membro do Território Livre.

O Comitê Popular da Copa, que atuou como espaçobetfair palmeirasarticulação e também organizando protestos, diz ter agenda oficialbetfair palmeirasações ao menos até dezembrobetfair palmeiras2014. "Os jogos acabaram mas a Copa não acabou, muita coisa vai ficar. Temos que discutir o modelobetfair palmeirascidade, os gastos com segurança, com armamentos (não letais). Os municípios se endividaram e essa conta fica", disse Santos.

Segundo Milton Lahuerta, professorbetfair palmeirasteoria política e coordenador do laboratóriobetfair palmeiraspolítica e governo da Universidade Estadual Paulista (Unesp), o espetáculo da Copa acabou "suplantando" os protestos durante o Mundial, mas com a chegada das eleições a tendência é que eles voltem a crescer.

"Mas acredito que não teremos protestos grandiosos como os do ano passado. Serão grupos específicos protestandobetfair palmeirassuas áreas, como o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto)".

Ele disse ainda que deve haver uma tendênciabetfair palmeirasque as autoridades continuem usando ações robustas da polícia para lidar com protestos violentos pelo menos até o fim do pleito - quando uma nova políticabetfair palmeirassegurança pode ser adotada pelos governos eleitos.

Mas até lá, segundo ele, a polarização já presente nos protestos que ocorreram até agora pode dar origem também até a brigas entre militantesbetfair palmeiraspartidos na corrida pela Presidência. Além disso, os diversos movimentos sociais podem protestarbetfair palmeirasacordo com seu alinhamento a partidos políticos específicos.

Para o professor Romano ainda é cedo para dizer se os movimentos sociais que surgiram ou se fortaleceram no âmbito da Copa do Mundo tiveram sucesso ou não. Ele disse que os grupos demonstraram ter uma "vitalidade embrionária" e mostraram as deficiências dos partidos políticos atuais, incapazesbetfair palmeirasrepresentar certos setores da sociedade.

Porém a continuidade desses movimentos dependerá da políticabetfair palmeirassegurança dos governos - que até agora têm mantido a estratégiabetfair palmeirasadotar açõesbetfair palmeirasforça contra protestos violentos.