ONGs fazem Brics 'paralelo' e reclamamapp arbetyfaltaapp arbetydiálogo:app arbety
"Até por isso, temos poucas esperanças sobre o banco. Ao que tudo indica, essa instituição financeira deve continuar a financiar megaprojetosapp arbetyinfraestrutura que só beneficiam os líderes políticos e as empresas neles envolvidas. Ninguém está falandoapp arbetyfinanciar hospitais, escolas ou saneamento básico."
Banco público
Dawid Bartelt, do braço brasileiro da Heinrich Böll Foundation, que também ajudou a organizar o encontro, dizapp arbetyprincípio achar positiva a ideiaapp arbetyum banco público multilateral para financiar projetosapp arbetydesenvolvimento, mas faz ressalvas.
"Queremos que esse banco seja transparente e aberto e que tenha normas obrigatóriasapp arbetyrespeito aos direitos humanos e meio ambiente", diz.
Na reunião oficial, o clube dos emergentes é pintado como um arauto da democratização do sistema político e econômico global, o defensorapp arbetyum sistema internacional mais "justo" e "inclusivo".
O tema do encontro oficialapp arbetyFortaleza, por exemplo, é "desenvolvimento sustentável e inclusão social". Na mesma linha, o novo banco dos Brics é celebrado como uma oportunidade para se financiar "projetosapp arbetydesenvolvimento"app arbetypaíses pobres e emergentes.
Ceticismo
Os ativistas, porém, são céticos sobre os resultados da cooperação e sobre o banco, por achar que ele pode acabar financiando projetos lucrativos do pontoapp arbetyvista econômico, mas com um impacto social negativo, como explica Camila Asano, da ONG Conectas.
"Não adianta eles acabarem com as condicionantes do FMI e do Banco Mundial para os empréstimos, mas não colocarem nada no lugar. É preciso que haja regras sobre o impacto social e ambiental das obras financiadas", diz Asano.
"Na África vemos muitos desses grandes projetos, que ajudam elites locais mas acabam deslocando ou prejudicando populações vulneráveis", diz Patrick Bond da Universidade KwaZulu-Natal, na Africa do Sul.
Uma das dificuldades apontadas pelos ativistas para dialogar com os Brics seria a faltaapp arbety"cultura democrática"app arbetypaíses como a Rússia e a China.
"Temos preocupação que as discussões do banco sejam permeadas pela visão restritiva do (presidente russo Vladimir) Putin, que privilegia o sufocamento da liberdadeapp arbetyexpressão e da crítica independente", disse a BBC Maria Laura Canineu, diretora da organização Human Rights Watch, que aproveitou os holofotes dos Brics para realizar,app arbetySão Paulo, uma conferência sobre as violações dos direitos humanos na Rússia.
"Um ou outro representante do governo brasileiro até tem comparecido a nossas reuniões, aparentemente com boa vontade, embora mais para dar informes que para dialogar", diz Tautz.
"Mas o argumento deles é que (não conseguem incluir mecanismos para interlocução com movimentos sociais nos Brics porque) países como a China e a Rússia não estão acostumados a isso."