#SalaSocial: Pedidoslampions bet comorações pela Palestina dominam Twitter no Brasil:lampions bet com
- Author, Ricardo Senra
- Role, Da BBC Brasillampions bet comSão Paulo
lampions bet com #PrayforPalestina (Reze Pela Palestina) chegou a ser o termo mais compartilhado no Twitter brasileiro, entre quarta e quinta-feira, e tem figurado entre os dez principais temas discutidos por brasileiros no microblog.
Nas últimas 24 horas,lampions bet comacordo com o serviço Sysomos, a hashtag já foi mencionada maislampions bet com949 mil vezes. Entre os dez tópicos que mais circularam na versão nacional do Twitter na quarta e na quinta estiveram ainda,lampions bet comdiferentes momentos, "Israel" e "Palestina".
O interesse pelo tema coincidiu com a mais recente incursão israelense ao território palestinolampions bet comGaza, que começou na terça-feira e já matou pelo menos 100 pessoas, segundo a Embaixada da Palestinalampions bet comBrasilia.
No mesmo dia, o Brasil assistia à derrocada da seleção brasileira diante da Alemanha pelo arrasador placarlampions bet com7 a 1.
Passado o choque inicial – e a enxurradalampions bet comcomentários críticos e piadas sobre a absurda goleada – o interesse dos internautas brasileiros pelo torneio foi caindo.
Assim, o futebol também começou a sair do primeiro plano, ao menos no que diz respeito aos temas dominantes do Twitter.
Na quarta-feira pela manhã, entre 8h e 9h (horáriolampions bet comBrasília), #PrayforPalestine chegou ao primeiro lugar dos trending topics brasileiros.
'Horrorizado'
O estudantelampions bet comensino médio Lucas,lampions bet com16 anos, teve contato pela primeira vez com o conflito entre israelenses e palestinos após a hashtag se espalhar pelo Twitter brasileiro.
"Eu vi algumas imagens e comentários sobre o assunto mas não tinha entrado na discussão por não entender o que estava acontecendo", diz. "Hoje eu acordei e fiz uma pesquisa. Fiquei horrorizado".
Na rede social, ele postou uma fotolampions bet comuma criança supostamente palestina junto à seguinte frase: "Vou contar tudo para Deus... essas foram as últimas palavras dessa criança palestina".
O #salasocial perguntou se o jovem conhecia a procedência da imagem e se estava preocupado com a veracidade das informações compartilhadas na rede.
"Eu procureilampions bet comalguns sites e não consegui encontrar provaslampions bet comque as fotos são atuais", respondeu. "Mesmo que não sejam, acho que elas servem para mostrar o que acontece naquela região há tanto tempo."
Credibilidade
A faltalampions bet comverificação nos compartilhamentos foi criticada por muitos usuários da rede. O comerciante Evaristo Neto, 36,lampions bet comBelo Horizonte, foi um deles.
"A repercussão aqui é tendenciosa. Não que os israelenses sejam santos, mas colocam os palestinos como vítimas e acho que também não é por aí", disse.
Segundo Neto, o Twitter é uma "facalampions bet comdois gumes".
"Uma garota compartilhou uma foto que sequer é do conflito. Se parassem ao menos para pesquisar a história. O problema é que usam o Google e as informações muitas vezes são parciais", critica.
A filósofa Lisiane Pohlmann,lampions bet com24 anos, também entrou na discussão pela rede social. Ela concorda que existe o perigolampions bet comcompartilhamentos equivocados, mas vê a repercussão como algo "válido".
"O tema ter visibilidade é sempre muito positivo, ainda que na dinâmica do 'telefone sem fio', como são espalhadas as notícias", disse à BBC Brasil. "A violência é uma palavra recorrente nos nossos discursos e tem que ser pensada, ainda que sob os holofotes das frases e notíciaslampions bet comimpacto".
Para a estudantelampions bet comLetras Jully,lampions bet com18 anos, o mais chocante são as imagens compartilhadas.
"Foi através dos tweets que eu vi que crianças estavam sendo assassinadas. A repercussão no Twitter é necessária para abrir a mente das pessoas. Quem sabe assim os jornais comecem a dar ênfase ao caso?".
Popularidade
Um totallampions bet com61,3% das menções ao tema vieram da Indonésia, o paíslampions bet commaior população muçulmana do mundo. A causa palestina é um tema que costuma unir nações islâmicaslampions bet comdiferentes partes do mundo e com distintos estiloslampions bet comgoverno.
O Brasil aparecelampions bet comterceiro na lista, com 8,1% das menções à hashtag. Em apenas um dia, ela já foi tuitada por maislampions bet com387 mil internautas,lampions bet comacordo com o sitelampions bet comanáliseslampions bet comdadoslampions bet comredes sociais Topsy.
Em termoslampions bet compopularidade, ela ultrapassa hashtags populares no próprio Oriente Médio (escritaslampions bet comárabe) sobre o conflito, como "Gaza Sob Ataque", que foi tuitada 312,5 mil vezes e "Pedimos a nosso rei que ordene ataques contra Israel", que rendeu 72 mil tuíteslampions bet comum dia - vindos, predominantemente, da Arábia Saudita.
As redes sociais vêm se tornando uma plataforma importante para a causa palestina.
No ano passado, uma campanha gerada por ativistas palestinos nas redes sociais acabou levando a atriz Scarlett Johansson a perder seu postolampions bet comembaixadora da ONG Oxfam, após ela ter feito uma sérielampions bet comanúncios para a empresa israelense Sodastream, que tem uma fábrica nos territórios palestinos ocupados por Israel.
Nos recentes episódios que levaram à mais recente escalada no conflito do Oriente Médio, as redes sociais teriam contribuído para a incitaçãolampions bet comódio tanto por partelampions bet comisraelenses comolampions bet compalestinos.
Segundo o governolampions bet comIsrael, palestinos teriam postado fotoslampions bet comsuas contaslampions bet comFacebooklampions bet comque apareciam fazendo o número três com os dedos,lampions bet comuma suposta referência ao sequestro e assassinatolampions bet comtrês jovens israelenses – tido como o estopim dos ataques que acontecem agora.
Em muitas das mensagens tuitadas por brasileiros junto às hashtags populares são vistas imagens brutaislampions bet comcrianças mortas e ensanguentadas, que estão circulando no Oriente Médio, e que teriam sido supostamente registradas nos territórios palestinos durante a mais recente incursão israelense.
Agradecimento
O #salasocial procurou as embaixadaslampions bet comIsrael e da Palestina para comentar o crescimento da discussão nas redes sociais.
Ibrahim Alzeben, embaixador palestinolampions bet comBrasília, conversou com a reportagem por telefone. "É algo caracteristico do povo brasileiro, que quer ver reinar a paz e ver os povos competindo apenas nos camposlampions bet comfutebol. Elogiamos e agradecemos esta posição. Vocês são um povo nobre que é sensível à dorlampions bet comoutros", disse.
O embaixador classificou o conflito como um "genocídio".
"O que esta acontecendo é um genocídio. Israel está usando toda alampions bet commaquinárialampions bet comguerra contra um povo desarmado e que está cercado por terra, mar e ar."
Procurados por telefone e e-mail, a embaixada e o consuladolampions bet comIsraellampions bet comSão Paulo não responderam aos pedidoslampions bet comentrevistas.