Crise no Iraque alimenta sonhosesportebet comindependência dos curdos:esportebet com

Guarda curdo (AFP)

Crédito, AFP

Legenda da foto, Curdos se fortificaram contra os insurgentes sunitas; tomadaesportebet comcidade estratégica foi comemorada
  • Author, Jim Muir
  • Role, Da BBCesportebet comIrbil

esportebet com Enquanto o caos se alastra no Iraque e os incêndios se aproximam da capital Bagdá, os curdos no norte aproveitam silenciosamente do tumulto para expandir e reforçar o seu controle na cidadeesportebet comKirkuk, ricaesportebet competróleo, e que estava há tempos nos sonhosesportebet comconquista da etnia.

A tomada da cidade no norte do país foi um movimento tanto defensivo quanto ambicioso e envolveu oportunismo e risco.

"Parte da motivação foi evitar um desastre humanitário", disse uma fonteesportebet comalto escalãoesportebet comIrbil.

"Se não tivéssemos preenchido o vazio deixado pela saída do exército iraquiano, todo mundo teria invadido a região do Curdistão. Tivemos meio milhãoesportebet compessoas batendoesportebet comnossas portas".

"É muito mais simples enviar 100 militares curdos para manter a segurança e assim as pessoas podem ficar. Uma vez que nossas unidades entraram, os desabrigados começaram a voltar."

Mas a situação é claramente mais do que isso. Os meiosesportebet comcomunicação curdos comemoraram a tomada da cidade como um passo para a reunificação histórica das terras curdas.

Joia da coroa

A cidadeesportebet comKirkuk, que tem uma população mistaesportebet comcurdos, árabes e turcomanos, tem sido um assunto delicado da política iraquiana.

Seu estatuto especialesportebet comcidade disputada foi reconhecido na Constituição iraquiana pós-Saddam Hussein e indicava alguns itens para que a cidade fosse "normalizada":

  • Retorno para o sul dos árabes que lá se estabeleceram durante o regimeesportebet comSaddam
  • Volta dos curdos expulsos
  • Realizaçãoesportebet comum censo
  • Convocaçãoesportebet comreferendo para decidir se a cidade deve se unir à região autônoma do Curdistão.

Mas isso nunca aconteceu e Kirkuk, bem como as outras áreas disputadas por iraquianos árabes (sunitas e xiitas) e curdos, têm sido palcoesportebet comembates entre essas forças. Agora, o governo iraquiano deixou Kirkuk cair nas mãos dos curdos.

Com o restante do Iraque envolvidoesportebet comconflitos sectários e o governoesportebet comBagdáesportebet comdesordem, fica claro que a autoridade iraquiana terá dificuldade para desafiar a tomadaesportebet comKirkuk pelos curdos, já que eles acreditam que a cidade historicamente sempre lhes pertenceu.

A região do Curdistão já preocupou o governo iraquiano ao vender por conta própria seu petróleo e gás para a vizinha Turquia, com quem o governo regional havia desenvolvido uma estreita parceria mesmo com as suspeitasesportebet comque os turcos apoiaram os curdos.

Agora parece que a tomadaesportebet comKirkuk, ricaesportebet competróleo, pode levar à independência da região do Curdistão.

"De fato, ficamos mais perto da independência", disse uma fonte influente.

"Ninguém se esforçou mais do que a gente para manter o Iraque unido, mas agora estamos desistindo, não há esperança".

Mas essas ambições não são isentasesportebet comriscos.

Se a instabilidade se espalhar, pode afetar o atual boomesportebet cominvestimentos e da atividade econômica no Curdistão, que floresceu, enquanto a maior parte do Iraque, se viu estagnado.

Outras forças

Iraquianos andar na ruaesportebet comKirkuk (AFP)

Crédito, AFP

Legenda da foto, Os curdos esperavam há tempos controlar Kirkuk, cidade ricaesportebet competróleo

Até o momento, o grupo político que tem mostrado a cara na recente crise iraquiana é o extremista Estado Islâmico do Iraque e Levante (ISIS, siglaesportebet cominglês), um ramo da al-Qaeda.

Mas desde o início da insurgência anti-EUA desde 2004, ficou evidente que existem outras vertentes revoltadas, o que explica a rapidez com que avançam principalmente sobre as áreas sunitas.

Os curdos não têm simpatia pelos radicais do ISIS, mas mantêm contato com outros grupos, como os líderes dos Conselhos Militares e Revolucionários Iraquianos (MCIR, siglaesportebet cominglês), que inclui muitos ex-oficiais do Exército iraquiano.

Os curdos receberam garantias do MCIResportebet comque não vão se aproximar das fronteiras do Governo Regional do Curdistão, segundo um porta-voz do MCIR.

Este grupo considera que seus combatentes são a voz mais importante nesta revolta, seguidosesportebet commilitantes tribais e depois do ISIS, apesar destes atraírem as atenções da mídia internacional.

Quando os rebeldes sunitas tomaram a cidadeesportebet comFallujah, a oesteesportebet comBagdá,esportebet comjaneiro, o primeiro-ministro Nouri Maliki pediu aos curdos para enviar forças militares para ajudar a expulsá-los, segundo fontes.

Mas o pedido foi recusado. A mensagem da liderança curda ao MCIR simbolizava que eles não tinham nada contra os sunitas procurarem um caminho próprio, como o Curdistão.

Não é difícil prever um cenário futuro onde as forças curdas ajudem grupos "moderados", como o MCIR.

Mas há sinaisesportebet comum potencial conflito entre as vertentes do movimento rebelde, embora no momento elas estejam atuandoesportebet comconjunto.

Visões diferentes

Os sunitas veem o primeiro-ministro xiita como um intruso, um "terrorista", e a revolta deles têm muito a ver com isso.

Os americanos e demais países estão conscientesesportebet comque a turbulência reflete o fracassoesportebet comMalikiesportebet comincluir as principais forças políticas sunitas no processo político.

Apesaresportebet comsuas diferenças visíveis, os vários grupos da revolta sunita estãoesportebet comacordo sobre a necessidadeesportebet comseguiresportebet comdireção a Bagdá.

Mas como ocorreu com os curdos no norte, o curso dos acontecimentos dependerá muito do grupo que irá predominar dentro do movimento rebelde.

Se o ISIS prevalecer, conflitos sectários poderão ser esperados. Mas, se os grupos mais moderados predominarem, pode haver espaço para um acordo.