#SalaSocial: Bancoelite xbet apostasdados digital cataloga vídeoselite xbet apostasviolência policialelite xbet apostasprotestos:elite xbet apostas
- Author, Ricardo Senra
- Role, Da BBC Brasilelite xbet apostasSão Paulo
elite xbet apostas "Luz, câmera... Ação!" A ação, neste caso, remete a "ação judicial". Explica-se: um conjuntoelite xbet apostasoito ONGs e entidades ligadas a direitos humanos acabaelite xbet apostascriar um bancoelite xbet apostasdados virtual para centralizar flagranteselite xbet apostasviolência policialelite xbet apostasmanifestações.
O serviço permite que qualquer cidadão possa cadastrar vídeos e fotografias por meioelite xbet apostasum <link type="page"><caption> formulário único compartilhado</caption><url href="http://bit.ly/CadastreSeuVideo" platform="highweb"/></link> na internet. Segundo os organizadores, a ideia é que o catálogo digital seja utilizado como embasamento para ações jurídicas relacionadas a atoselite xbet apostasviolência promovidos por policiais.
"A ideia é monitorar o conteúdo indicado pelo público e pensarelite xbet apostasutilizações estratégicas para esses vídeos", explica Priscila Neri, da Witness, organização internacional que deu o empurrão inicial do projeto.
"Numa avaliação coletiva, percebemos que até agora o uso jurídicoelite xbet apostasimagenselite xbet apostasprotestos tem sido reativo. Se alguém é preso ou acusado por algo que não fez, os advogados se mobilizam e procuram vídeos e imagens que provem o contrário. Mas também precisamoselite xbet apostasuma estratégia pro-ativa nesse processoelite xbet apostasresponsabilização. Sistematizar e unificar estes dados é um passo para não atuarmos só na defesa, mas também na acusação", diz Néri.
Segundo ela, o acesso ao bancoelite xbet apostasdados ficará restrito às ONGs. "Há preocupações éticas eelite xbet apostassegurança relacionadas tantoelite xbet apostasquem filma quanto a quem aparece. É preciso um processo claroelite xbet apostasconsentimento informado entre as partes eelite xbet apostasconsciência sobre riscos entre todos os envolvidos."
Ela diz que, apesarelite xbet apostasmuitos desses vídeos serem produzidos por ativistas bem intencionados, é preciso atenção a consequências inesperadas, como perseguição, por exemplo. "Essas pessoas podem ficar marcadas e serem prejudicadas. Nossa preocupação é trabalhar junto, com transparência, pensando nos riscos possíveis eelite xbet apostascomo contorná-los."
Entre os possíveis abusos que o bancoelite xbet apostasdados pretende identificar estão prisões ou detenções "para averiguação" e " desacato", policiais sem identificação, tentativaselite xbet apostasimpedir filmagens, agressões e ameaças físicas ou verbais.
Além destes, o uso desproporcionalelite xbet apostasarmas como sprayelite xbet apostaspimenta ou balaselite xbet apostasborracha, encurralamento ou cerceamentoelite xbet apostasmanifestantes, flagrantes forjados, revista abusiva ou vexatória, entre outros, também estão na mira das instituiçõeselite xbet apostasdireitos humanos.
Autenticidade
A autenticidade do material publicado é um dos principais desafios do projeto. Para verificar se as informações publicadas no bancoelite xbet apostasdados são reais, a tecnologia é a principal ferramenta da organização.
"Os metadados são importantes. O formulário estimula que se use o GPS da câmera, e que hora e data estejam configurados. Isso cria uma camadaelite xbet apostasverificação do arquivo que ajuda a confirmar quando foi filmado, onde, por qual câmera etc. Também mostra se o vídeo é original."
Em paralelo, a rede usa uma regraelite xbet apostas"triple sourcing", ou seja: para cada denúncia, outras três fontes independentes (blogs, outros filmes, testemunhas etc) são buscadas para corroborar ou não as informações.
"O processoelite xbet apostasautenticação dos vídeos serve para desbancar os que não são o que dizem ser e dar visibilidade aos que sãoelite xbet apostasfato relevantes", explica Néri.
Guia
Junto ao formulário digital, a iniciativa também lançou um <link type="page"><caption> guia </caption><url href="http://www.conectas.org/arquivos/editor/files/GUIA%20WITNESS%20R02%20web.pdf" platform="highweb"/></link>que ensina leigos a produzirem filmes durante protestos.
O texto traz, entre outras informações, detalhes sobre as leis que permitem que manifestantes portem câmeras e máquinas fotográficaselite xbet apostasmanifestações.
De acordo com o guia, por exemplo, policiais não podem confiscar material audiovisual como câmeras ou cartõeselite xbet apostasmemória: "Confiscar bem alheio e não devolver é crime tipificado pelo art. 259 do Código Penal Militar (CPM), cuja pena é a detenção e até seis meses", diz parte da explicação.
Nestes casos, se o agente insistir no confisco, a recomendação para o cinegrafista é anotar a identificação do policial e denunciá-lo ao Ministério Público, Defensoria Pública e Corregedorias dos órgãos policiais, alémelite xbet apostasentidadeselite xbet apostasdefesa dos direitos humanos.
O guia também diz que informar ao policial que a imagem está sendo transmitida ao vivo costuma ajudar a inibir esse tipoelite xbet apostasconduta ilegal.
"Esses vídeos podem ter utilidade jurídica", diz João Paulo Charleaux, coordenadorelite xbet apostascomunicação da ONG Conectas, uma das participantes do projeto. "Como a Copa tem engendrado mais manifestações. A quantidadeelite xbet apostasforçaselite xbet apostassegurança e forças armadas envolvidas nesse período cresce, então é possível que aconteçam mais violações."
Ele explica a importância da qualidade dos vídeos. "O formulário foi feito porque não basta filmar. Há técnicas que facilitam o uso da imagem como evidência jurídica."
Além da Witness e da Conectas, o projeto conta com a participação das seguintes instituições: Advogados Ativistas, Artigo 19 Brasil, Associação Brasileira dos Advogados do Povo, Centro Brasileiroelite xbet apostasSolidariedade aos Povos, Justiça Global e Redeelite xbet apostasComunidades e Movimentos contra a Violência.
Projetoelite xbet apostaslei
Um projetoelite xbet apostasleielite xbet apostasanálise na Comissãoelite xbet apostasDireitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados também tenta evitar episódioselite xbet apostasviolência policialelite xbet apostasprotestos e eventos públicos.
O texto,elite xbet apostasautoria do deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ), prevê proibição do usoelite xbet apostasde armaselite xbet apostasfogo, balaselite xbet apostasborracha, eletrochoque e bombaelite xbet apostasgás.
Para garantir a proteção dos policiais, o projeto sugere que agentes portem apenas armaselite xbet apostasbaixa letalidade. Nestes casos, o uso só seria permitido com comprovaçãoelite xbet apostasnecessidadeelite xbet apostasresguardar a integridade física dos oficiais.