Policiais civis cruzam os braçosjogoscassino12 Estados e dividem opiniões sobre greves:jogoscassino

Polícia militar. Foto: Reuters

Crédito, REUTERS

Legenda da foto, Movimento queria apoiojogoscassinovários policiais, como os militares (foto); adesão maior foijogoscassinocivis
  • Author, Jefferson Puff
  • Role, Da BBC Brasil no RiojogoscassinoJaneiro

jogoscassino Em mais uma paralisação antes da Copa do Mundo, policiais civisjogoscassino12 Estados decidiram cruzar os braços nesta quarta-feira, alémjogoscassinoorganizarem protestosjogoscassinodiversos pontos do país e uma marchajogoscassinoBrasília. O movimento conta com apoio da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal, que embora não devam integrar a greve poderão fazer parte da manifestação na capital.

Alardeado como a "Paralisação Nacional da Força Policial", cuja intenção era interromper o trabalhojogoscassinopoliciais civis, militares, federais e rodoviários federais, o movimento da Cobrapol (Confederação Nacional dos Trabalhadores Policiais Civis) dividiu opiniões e acabou ganhando adesão maior entre os agentes civis.

De acordo com a entidade, a greve incluirá os policiais civisjogoscassinoAlagoas, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, RiojogoscassinoJaneiro, Rondônia, Santa Catarina e São Paulo.

Entre as demandas principais estão pressionar o governo federal por um plano nacionaljogoscassinosegurança pública, que vise melhorar o sistema como um todo, e cuja modernização traria, por consequência, melhores condiçõesjogoscassinotrabalho para os policiais.

Em entrevista à BBC Brasil, o presidente da Cobrapol, Jânio Bosco Gandra, diz que "este é o primeirojogoscassinooutros alertas que poderão ser dados caso o governo não tome providências. Decidimos que o 21jogoscassinomaio seria o início destes alertas que serão feitos até a realização da Copa".

Sobre o Mundial, ele afirma que o brasileiro terá uma sensaçãojogoscassinosegurança devido à mobilizaçãojogoscassinotodo o efetivo das diferentes corporações, Força Nacional e os recursos extraordinários que foram investidos, mas que "não haverá legado".

Questionado por mais detalhes sobre as demandas do movimento e se as queixas incluem reivindicações por maiores salários, Gandra negou que a busca por aumentos fosse o problema principal – ao contrário dos policiais militares que entraramjogoscassinogrevejogoscassinoRecife e Salvador dias atrás, que demandavam reajustes e melhores condiçõesjogoscassinotrabalho.

"Longe disso, longe disso. Não se tratajogoscassinoaumento. Esse movimento tratajogoscassinobuscar um modelo melhorjogoscassinosegurança pública. Não vai haver reivindicação salarial direta. Agora se você adotar uma políticajogoscassinomodernização, automaticamente a remuneração, folgas, etc, tudo vai melhorar. Nós temos várias ideias para apresentar", disse.

Após citar o "caos da segurança pública brasileira", o líder diz que uma das propostas seria unificar todo o registrojogoscassinoidentidade nacional. "Não temos essa unificação. Uma pessoa pode tirar 27 carteirasjogoscassinoidentidade, umajogoscassinocada Estado. Isso atrapalha nosso trabalho", argumenta.

Discordância e representatividade

Embora as paralisações da Polícia MilitarjogoscassinoSalvador e Recife, dias atrás, tenham gerado cenasjogoscassinocaos, com o envio da Força Nacional, saques, tiroteios e supostamente um aumento do númerojogoscassinohomicídios, a interrupção do trabalho dos agentes civis deve ser menos problemática, na visãojogoscassinoespecialistas.

Isto porque a Cobrapol não teria representatividade suficiente para colocarjogoscassinoprática a "paralisação nacional das forças policiais" nem mesmo apenas entre os agentes civis, muito menos entre as outras corporações, como anunciado no início da semana.

A Feneme (Federação NacionaljogoscassinoEntidadesjogoscassinoOficiais Militares Estaduais), por exemplo, deixa clarojogoscassinoseu site que não apóia o movimento.

"Com relação a uma convocação para paralisaçãojogoscassinopoliciais civis e militares, marcada para o dia 21 deste mês e que se encontra circulando na internet e na mídiajogoscassinogeral, informamos que a Feneme não é signatária da mesma, nem mesmo apóia tal movimentojogoscassinomilitares. Trata-sejogoscassinouso indevido do nome desta Federação, que preza e sempre prezará pela negociaçãojogoscassinoalto nível, respeitando-se o ordenamento jurídico nacional", diz a entidade.

Para José Vicente da Silva Filho, coronel da reserva da Polícia Militar do EstadojogoscassinoSão Paulo e professor do CentrojogoscassinoAltos EstudosjogoscassinoSegurança da mesma corporação, as razões apresentadas pelo movimento grevista são duvidosas.

"Não há grande adesão. Falamjogoscassinoparalisação nacional. Vi que houve assembleias com 40 oficiaisjogoscassinoEstados com 10 mil agentes. Fora isso, trata-sejogoscassinouma demanda muito genérica. O Brasil não tem planejamento nacionaljogoscassinosegurança pública, todos sabem disso, há décadas", diz.

Para Silva Filho a movimentação tem como objetivo "marcar posições políticas dentro das entidades. Estão jogando para suas plateias. Não acho que tenham como missão o interesse público".

Ao comentar as greves das PMsjogoscassinoPernambuco e na Bahia e a paralisação nacional da Polícia Federal marcada para o próximo sábado, ele diz que tratam-sejogoscassino"tiros no pé".

"Essas corporações precisam entender que só vão ganhar o repúdio da opinião pública. Em Recife e Salvador vão demorar muito para recuperar o prestígio, já que a população sentiu medo. No Estado, quem tem armas não faz greve. É preciso negociarjogoscassinooutras maneiras. Eles precisam perceber isso", avalia.