Nova 'fartura energética' é arma da diplomacia dos EUA:5.5 1xbet
É o que o diário The New York Times definiu como "uma nova era5.5 1xbetdiplomacia energética americana" e que se manifestou na atual crise envolvendo a Rússia e a Ucrânia e, segundo alguns analistas, também5.5 1xbetrelação à Venezuela.
A diplomacia do gás
À frente dessa mudança está Carlos Pascual, cubano-americano que foi embaixador no México e na Ucrânia e hoje dirige o Escritório5.5 1xbetRecursos Energéticos do Departamento5.5 1xbetEstado.
O Escritório foi criado pela ex-secretária5.5 1xbetEstado Hillary Clinton5.5 1xbet2011 para coordenar a questão energética na política externa, um tema que tem tido relevância na crise na Europa por causa da dependência dos europeus5.5 1xbetrelação ao gás e ao petróleo da Rússia.
Reduzir essa ligação e diversificar as fontes energéticas é um dos objetivos declarados5.5 1xbetWashington e foi um dos motivos que levaram o presidente Barack Obama a Bruxelas no mês passado. Obama falou da "bênção" dos novos recursos energéticos5.5 1xbetseu país e recebeu uma petição da União Europeia para que permita mais exportações5.5 1xbetgás natural americano.
Entretanto, mesmo que os EUA tenham recentemente ultrapassado a Rússia como o principal produtor5.5 1xbetgás do mundo, ainda não exporta grandes quantidades do produto. O Departamento5.5 1xbetEnergia começou a conceder licenças para que as companhias americanas possam exportar a partir5.5 1xbet2015 e aprovou ao menos seis pedidos.
O tema gerou controvérsia e gerou críticas do presidente da Câmara dos Representantes, o republicano John Boehner, que disse que o "processo5.5 1xbetaprovação (das licenças) terrivelmente lento equivale na prática a uma proibição das exportações5.5 1xbetgás natural, algo que Vladimir Putin tem explorado com gosto para financiar suas metas geopolíticas".
Mas o governo acredita que seu boom energético já está tendo um impacto na Europa devido à maior disponibilidade5.5 1xbetgás no mercado. Amos Hochstein, subsecretário adjunto para diplomacia energética do Departamento5.5 1xbetEstado, disse à BBC Mundo que o fato5.5 1xbetos Estados Unidos estarem importando muito menos permite que o gás que antes se dirigia ao mercado americano seja encaminhado a outros destinos.
Esta situação "levou mais gás alternativo, não russo, à Europa", explicou.
Abastecimento e infraestrutura
Em março, Carlos Pascual calculou que os esforços5.5 1xbetsua equipe haviam ajudado a Ucrânia a reduzir5.5 1xbet90% a 60% a5.5 1xbetdependência5.5 1xbetgás russo.
Outro aspecto da diplomacia energética consiste5.5 1xbetajudar países como a Ucrânia5.5 1xbettemas como abastecimento e infraestrutura.
É um papel mais "indireto", explica Christian Gómez, analista do Conselho das Américas. Falando à BBC Mundo, Gómez argumentou que uma forma como Washington pode influenciar mais a Europa é cuidando para que a Ucrânia "tenha um setor energético mais transparente e orientado para o mercado".
Nesse sentido, o vice-presidente americano, Joe Biden, anunciou nesta semana5.5 1xbetKiev que uma comissão técnica está na região para assegurar o abastecimento5.5 1xbetenergia ao país. A visita da comissão não foi bem vista5.5 1xbetMoscou, que a rejeitou como um sinal da "arrasadora influência" dos Estados Unidos na Ucrânia.
Washington quer também que o país importe gás natural5.5 1xbetpaíses como a Polônia e a Hungria e desenvolva uma nova rota5.5 1xbetabastecimento através da Eslováquia.
Venezuela
Por outro lado, o boom energético também pode estar levando os Estados Unidos a ter uma menor participação5.5 1xbetzonas onde já não têm tanta dependência comercial.
Fontes ouvidas pela BBC Mundo disseram que se os protestos na Venezuela tivessem ocorrido há cinco ou dez anos, a reação do governo americano teria sido diferente da vista agora, especialmente devido às mudanças em5.5 1xbetrelação com Caracas na área5.5 1xbetenergia.
Christian Gómez concorda e diz que os Estados Unidos têm um interesse menor pela Venezuela porque "tem menos incentivos", ainda que não venha a abandonar imediatamente os seus vínculos energéticos.
Ainda que a Venezuela continue sendo um fornecedor importante5.5 1xbetpetróleo para os EUA, o volume importado por Washington caiu nos últimos 15 anos. Além disso, como disse Pascual ao Congresso, o governo americano está consciente5.5 1xbetque uma produção local maior pode afetar ainda mais as importações5.5 1xbetCaracas.
Hochstein, por5.5 1xbetvez, não acredita que a fartura energética esteja influenciando a resposta diplomática à crise na Venezuela.
"Há uma separação entre nossa política geral para com a Venezuela e o fato5.5 1xbetestarmos importando menos", opina. "Tradicionalmente, somos importadores5.5 1xbetpetróleo venezuelano e continuamos sendo hoje."