Polêmica no RS: A cesárea era mesmo a única opção?:qual melhor site de apostas online
Mas, segundo o ACOG, o parto normal pode ser uma opção quando o bebê está sentado, desde que o profissional saiba como lidar com essa situação e que a mãe aceite o procedimento, após receber informações detalhadas.
O órgão ainda recomenda,qual melhor site de apostas onlineum documentoqual melhor site de apostas online2006, que obstetras ofereçam às mulheres um procedimento chamado "versão cefálica externa", uma manobra para reposicionar o bebê dentro do útero, fazendo com que ele fiquequal melhor site de apostas onlinecabeça para baixo, a posição mais comum para o parto normal.
"O certo teria sido sentar com ela, apresentar as evidências e tomar uma decisão conjunta", diz Melania Amorim, obstetra e professora da Universidade Federalqual melhor site de apostas onlineCampina Grande. "Se o médico não se sente capacitado, deve encaminhá-la para outra pessoa atendê-la."
Intervenção
Adelir só teve a opção da cesárea e a recusou. Foi liberada do hospital depoisqual melhor site de apostas onlineassinar um termoqual melhor site de apostas onlineresponsabilidade. Mas houve a trocaqual melhor site de apostas onlineplantão, e uma segunda médica concordou com a recomendaçãoqual melhor site de apostas onlinecesárea e pediu a intervenção do MPE.
A juíza Liniane Maria Mog da Silva expediu liminar, e Adelir foi levadaqual melhor site de apostas onlinevolta ao hospitalqual melhor site de apostas onlinemadrugada acompanhada por policiais. "Não se discute aqui o que é melhor, parto normal ou cesárea", diz o promotor Octávio Noronha, que cuidou do caso. "O que se fez foi proteger a vida da mãe e do bebê."
Em entrevista à Folhaqual melhor site de apostas onlineS. Paulo, Corintio Mariani Neto, obstetra e secretário-geral da Associaçãoqual melhor site de apostas onlineObstetrícia e Ginecologia do Estadosqual melhor site de apostas onlineSão Paulo (Sogesp), disse que a indicaçãoqual melhor site de apostas onlinecesárea foi correta. "Não tinha possibilidade dela ter parto normal", afirmou. "Depoisqual melhor site de apostas onlineduas cesáreas, a mulher só pode fazer outra cesárea, pois o médico não sabe como foram feitas as cirurgias anteriores."
No entanto, o ACOG dizqual melhor site de apostas onlineum documentoqual melhor site de apostas online2010 que não há evidências conclusivas sobre o aumentoqual melhor site de apostas onlineriscoqual melhor site de apostas onlineruptura da cicatriz uterina. Ele faz referência a dois estudos. O primeiro indica um risco similar entre mulheres que fizeram antes uma cesárea (0,7%) ou duas (0,9%). Um segundo estudo encontrou um risco maior,qual melhor site de apostas online1,8%, para mulheres que passaram duas vezes pelo procedimento.
"Se aceitamos fazer (a cesárea)qual melhor site de apostas onlinequem já fez uma vez, não há motivo para se negar quando já se fez duas vezes. Mesmo assim, os valores absolutos são muito baixos", diz a obstetra Melania Amorim. "Uma nova cesárea também traz riscos. Pode haver hemorragia, lesão na bexiga e intestinal e até ser necessário retirar o útero. A mulher deve ser quem decide qual risco será assumido."
O Conselho Regionalqual melhor site de apostas onlineMedicina anunciou que abrirá uma sindicância sobre o caso para ouvir todas os envolvidos e afirmou que, a princípio, não vê erros nas condutas médicas, mas que é preciso analisar o caso sob o "aspecto científico-médico".
Possibilidade
Ainda segundo o ACOG, seria recomendável,qual melhor site de apostas onlineum caso como oqual melhor site de apostas onlineAdelir, oferecer à paciente a possibilidadequal melhor site de apostas onlinetentar o parto normal. "Isso foi negado a ela, o que vai contra os protocolos e estudos científicos mais atuais", diz Maira Libertad, enfermeira obstétrica, docente e pesquisadora na área conhecida como medicina baseadaqual melhor site de apostas onlineevidências.
Quando Adelir voltou pela segunda vez ao hospital, ela já estavaqual melhor site de apostas onlinetrabalhoqual melhor site de apostas onlineparto avançado. "O certo seria ter deixado o nascimento acontecer naturalmente", afirma Libertad.
Ela discorda da posição do hospital a respeito dos riscos para mãe e bebê. "Se (a paciente tivesse) pressão alta com diabetes, seria válido, porque uma condição piora a outra. Mas, com estas condições citadas (posição do bebê e cesáreas anteriores), isso não acontece. Elas ainda assim deveriam ter sido avaliadas individualmente."
O hospital também foi questionado pela BBC Brasil se os médicosqual melhor site de apostas onlineplantão sabiam realizar a manobra para inverter a posição do bebê, mas recusou-se a responder por entender que isso "foge ao caso". Ainda destacou que 60% dos nascimentos via SUS no hospital ocorrem por parto natural.
Adelir queria fazer parte desta estatística. Ela saiu do hospital na última quinta-feira e já estáqual melhor site de apostas onlinecasa comqual melhor site de apostas onlinebebê. Ambas passam bem. Seu marido, Emerson Guimarães, afirmou que acionará o hospital na Justiça.