Há locais na Terra onde não existe vida?:bonus de apostas

Formações rochosas no deserto do Atacama (Foto: Wikimedia Commons)

Crédito, Wikimedia Commons

Legenda da foto, Nas rochas do Desertobonus de apostasAtacama ainda há água suficiente para a vida
  • Author, Rachel Nuwer
  • Role, da BBC

bonus de apostas Quem visita o Deserto do Atacama, no norte do Chile, tem a impressão que nada poderia sobreviver nesse ambientebonus de apostasrochas e areia.

Trata-se do lugar mais seco e um dos mais inóspitos do planeta. Algumas regiões podem ficar até 50 anos sem receber uma gotabonus de apostaschuva.

Mas o que também poderia ser a região mais sem vida do mundo pode ainda abrigar microorganismos chamados endólitos, que se escondem nos poros das rochas, onde há água suficiente para a sobrevivência deles.

"(Os microorganismos endólitos) se alimentam dos subprodutosbonus de apostasseu metabolismo", afirmou Jocelyne DiRuggiero, microbióloga da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos. "E todos se encontram nas rochas, é muito fascinante."

Para os cientistas, os endólitos são a prova da capacidade incrívelbonus de apostasque micróbios têmbonus de apostasencontrar formasbonus de apostassobreviver. Em quatro milhõesbonus de apostasanosbonus de apostasevolução, os microorganizmos tiveram tempo suficiente para se adaptar aos extremos da Terra.

Mesmo assim, ainda fica a pergunta: será que existem lugares no nosso planetabonus de apostasque nenhuma estrutura viva possa sobreviver?

A BBC preparou uma listabonus de apostascondições extremas do nosso planeta, explicando os limites que elas impõem à existênciabonus de apostasorganismos.

Calor

Nos locais mais quentes, o recordebonus de apostastolerância atualmente ébonus de apostasum grupobonus de apostasorganismos chamadosbonus de apostasmetanógenos hipertermófilos, que se desenvolvembonus de apostasvolta das fontesbonus de apostaságuas quentes, ou hidrotermais, no fundo do mar.

Alguns destes organismos podem crescerbonus de apostastemperaturasbonus de apostasaté 122ºC.

E a maioria dos pesquisadores afirma que,bonus de apostasteoria, o limitebonus de apostastemperatura para que exista vida ébonus de apostas150ºC. A esta temperatura, segundo os cientistas, as proteínas se desfazem.

Isto significa que os microorganismos podem se desenvolverbonus de apostasvolta destas fontes hidrotermais, mas não diretamentebonus de apostasseu interior, onde as temperaturas podem alcançar até 464ºC.

O mesmo acontece com o interiorbonus de apostasum vulcão ativobonus de apostasterra.

"Realmente, acredito que a temperatura é o parâmetro mais hostil", disse Helena Santos, fisiologista microbiana da Universidade Novabonus de apostasLisboa e presidente da Sociedade Internacionalbonus de apostasExtremófilos.

"Quando as coisas ficam muito quentes (a vida) é impossível, já que tudo é destruído", disse.

Pressão

Por outro lado, aparentemente as altas pressões oferecem menos problemas para a existência da vida.

Com isto, pode-se concluir que é o calor, e não a profundidade, que provavelmente, limita a que distância abaixo da superfície da Terra onde se prode ter vida.

A temperaturabonus de apostas6000ºC, do centro da Terra, impede toda formabonus de apostasvida, apesarbonus de apostasa profundidade a que se encontra essa temperatura ainda esteja sendo investigada.

Cientistas descobriram que um microorganismo chamado Desulforudis audaxviator a cercabonus de apostas3,2 quilômetrosbonus de apostasdistância da superfície da Terra,bonus de apostasuma minabonus de apostasouro da África do Sul.

Este microorganismo provavelmente não teve contato com a superfície durante milhõesbonus de apostasanos e sobrevive extraindo nutrientes das rochas que passam por desintegração radiativa.

Frio

A vida também pode existirbonus de apostasoutro parâmetro extremo, o frio.

As bactérias do gênero Psychrobater podem viver normalmente abaixo dos -10ºC na Sibéria e na Antártida.

Há pouco tempo foram encontradas células vivasbonus de apostasum lago subglacial abaixo do gelo da Antártida. O lago hipersalino Deep Lake abriga espécies halófitas únicas, que sobrevivem a -20ºC.

Para sobreviver nestes ambientes, os microorganismos têm características como membranas e estruturas proteicas adaptadas e moléculas anticongelantes dentrobonus de apostassuas células.

Levando-sebonus de apostasconta que a Terra já ficou cobertabonus de apostasgelo várias vezes desde que o surgimento da vida no planeta, "um lago cobertobonus de apostasgelo na Antártida não parece tão extremo", disse Jill Mikucki, microbióloga da Universidade do Tennessee, Estados Unidos.

Radiação

A radiação também não impede a proliferaçãobonus de apostasmicroorganismos. Desde que eles não estiverem expostos diretamente a uma explosão atômica, eles podem se desenvolver. E isto já aconteceubonus de apostasrecipientes que guardavam resíduos radioativos ou perto do epicentro do desastrebonus de apostasChernobyl, na Rússia.

O Deinococcus radiodurans, um dos organismos mais resistentes à radiação, já sobreviveu a viagens no espaço e pode suportar dosesbonus de apostasaté 15 mil grays (a medida padrão para medir radiação absorvida).

Humanos morrem com apenas 5 grays.

Outros organismos podem sobreviverbonus de apostasambientes onde estão presentes elementos ou compostos químicos tóxicos, como o mercúrio e outros metais pesados e cianetos.

Nas águas termaisbonus de apostasKamchatka, no extremo leste da Rússia, por exemplo, vários microorganismos metabolizam o enxofre ou o monóxidobonus de apostascarbono.

"É difícil encontrar uma substância química que possa matar todo tipobonus de apostasvida", disse Frank Robb, microbiólogo da Universidadebonus de apostasMaryland, nos Estados Unidos.