Desempregoroleta no betanolongo prazo dobrouroleta no betanopaíses desenvolvidos, diz estudo:roleta no betano
- Author, Daniela Fernandes
- Role, De Paris para a BBC Brasil
roleta no betano O númeroroleta no betanodesempregados que estão no mínimo há um ano sem trabalho dobrou nos países desenvolvidos nos últimos 5 anos, após o início da crise financeira mundial, e já atinge 17 milhõesroleta no betanopessoas, afirma um estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), divulgado nesta terça-feira.
O relatório Panorama da Sociedade 2014 analisa o impacto da crise econômica na vida das populações por meioroleta no betanouma sérieroleta no betanoindicadores, como emprego, renda, pobreza, saúde, imigração e demografia.
"A tormenta financeiraroleta no betano2007 e 2008 provocou não apenas uma crise econômica e orçamentária, mas também uma crise social", diz o estudo.
Desde 2007, há 15 milhõesroleta no betanodesempregados a mais nos países da OCDE, totalizando, atualmente, 48 milhõesroleta no betanopessoas.
Maisroleta no betanoum terço delas (17 milhões) estão sem trabalho há pelo menos um ano, o que a organização define como "desempregados por longo prazo".
Preocupante
Para a OCDE, esse totalroleta no betanopessoas sem emprego por um longo período é preocupante.
"Com um número cada vez maiorroleta no betanopessoas sem experiência profissional recente, com competências que se desvalorizam e que as empresas têm reticênciasroleta no betanocontratar, as fileirasroleta no betanodesempregados desencorajados, que não procuram mais ativamente um trabalho, não paramroleta no betanoaumentar", diz o estudo.
"Com o prolongamento da duração do desemprego é muito mais difícil converter uma retomada econômica hesitanteroleta no betanouma recuperação efetiva da economia que permite criar empregos", afirma a organização.
"O desemprego, particularmente oroleta no betanolongo prazo, pode prejudicar as perspectivasroleta no betanocarreiras futuras e pesar na saúde mental das pessoas, alémroleta no betanoaumentar os custos sociais", diz o relatório.
Em três países da zona do euro – Espanha, Grécia e Irlanda – o númeroroleta no betanopessoas que vivemroleta no betanolares onde ninguém recebe renda decorrenteroleta no betanoatividades profissionais dobrou nos últimos cinco anos.
A taxa médiaroleta no betanodesemprego na OCDE aumentouroleta no betanotrês pontos percentuais entre meadosroleta no betano2007 e meadosroleta no betano2013, totalizando 9,1%.
A Espanha e a Grécia registraram uma altaroleta no betano18 pontos percentuais no período, diz o estudo.
Espanha, Estados Unidos e Irlanda são os países onde mais cresceu a proporçãoroleta no betanopessoas sem emprego há no mínimo um anoroleta no betanorelação ao totalroleta no betanodesempregados. Na Irlanda, esse aumento chega a 30 pontos percentuais.
Já no Brasil, a taxaroleta no betanodesemprego caiuroleta no betano9,3%roleta no betano2007 para 7,4%roleta no betanomeadosroleta no betano2013, segundo dados do IBGE.
Jovens
Os jovens, homens e pessoas com pouca qualificação profissional são os mais afetados pela deterioração do mercadoroleta no betanotrabalho nos países da OCDE.
A taxaroleta no betanodesempregoroleta no betanojovens entre 15 e 24 anos aumentou 7 pontos percentuais entre 2007 e 2013 nos países da OCDE. Em países como Grécia, Espanha e Portugal, o desemprego dos jovens aumentou pelo menos 20 pontos percentuais no período.
"Os jovens que enfrentam longos períodosroleta no betanodesemprego ou pobreza correm o riscoroleta no betanoserem confrontados durante toda a vida a perspectivas profissionais eroleta no betanorenda menores", afirma Angel Gurría, secretário-geral da OCDE.
"Hoje, mesmo se a situação econômica dá sinaisroleta no betanoretomada, a situação social, ao contrário, não melhorou e continua se deteriorando,roleta no betanoalguns casos fortemente", afirma Gurría no estudo.
"Há cada vez mais pessoas que declaram ter dificuldades para enfrentar as despesas do dia a dia, tendência observadaroleta no betano26 países da OCDE desde 2007", diz ele.
"As consequências sociais da crise poderão perdurar vários anos", afirma o estudo.
Segundo a OCDE, o desemprego e a redução da renda têm outras consequências sociais, como a saúde, a formaçãoroleta no betanouma família, a fecundidade (casais que adiam a decisãoroleta no betanoter filhos), o que pode agravar os problemas demográficos eroleta no betanofinanciamento das aposentadorias ligados ao envelhecimento das populações.
Mas esses efeitos, ressalta a organização, somente serão sentidos a longo prazo.
"A prioridade hoje é que as políticas sociais possam resistir à crise, ou seja, estejam aptas para enfrentar as piores situações causadas pela economia mundial", diz Gurría, secretário-geral da OCDE.