EUA mudam o tom e ameaçam adotar sanções contra Venezuela:parceria casa de apostas
- Author, Thomas Sparrow*
- Role, BBC Mundo, Washington
parceria casa de apostas Com apenas uma palavra, o secretárioparceria casa de apostasEstados dos Estados Unidos, John Kerry, mudou na quarta-feira a posturaparceria casa de apostasseu paísparceria casa de apostasrelação à crise na Venezuela – que já deixou ao menos 25 mortos e centenasparceria casa de apostasferidos.
A palavra chave foi “sanções” e Kerry a mencionou como uma opção durante uma audiência para o Comitêparceria casa de apostasAtribuiçãoparceria casa de apostasDespesas da Câmara dos Representantesparceria casa de apostasWashington.
Quando foi questionado sobre a situação venezuelana, Kerry disse que seu governo está “preparado, se for necessário, para invocar a Carta Democrática Interamericana da OEA (Organização dos Estados Americanos) e se envolverparceria casa de apostasvárias formas, com sanções ouparceria casa de apostasoutra maneira”.
Apesarparceria casa de apostasaté agora ser apenas uma possibilidade, o simples fatoparceria casa de apostasque o chefe da diplomacia dos EUA tenha mencionado a imposiçãoparceria casa de apostassanções dá conta da evolução que sofreu a reação estadunidenseparceria casa de apostasrelação à crise venezuelana.
As declarações começaram com uma clara cautela, mas se aqueceram progressivamente por causaparceria casa de apostasacusaçõesparceria casa de apostasinterferência por parte do governoparceria casa de apostasNicolás Maduro e tomaram um novo rumo nos últimos dias com posturas muito mais fortesparceria casa de apostasórgãos regionais como a OEA - ouparceria casa de apostassessões como aparceria casa de apostasquarta-feira no Congresso americano.
Frustração
A que se deve a mudançaparceria casa de apostasposturaparceria casa de apostasWashington?
Um pontoparceria casa de apostasvista é que os protestos já se estendem por um mês e o governo americano não fez nada com o objetivoparceria casa de apostasparar a violência.
O mesmo Kerry reconheceu essa frustração na quarta-feira e falou das acusações que Maduro costuma lançar contra os Estados Unidos. O secretário disse que elas “não têm facilitado que tenhamos o tipoparceria casa de apostasimpacto que gostaríamosparceria casa de apostaster”.
Washington também não teve êxito emparceria casa de apostasbusca para fomentar uma maior reação regional. Na quinta-feira sofreu uma derrota diplomática na OEA, quando o Conselho Permanente do órgão aprovou uma declaração que foi aplaudida por Maduro e que teve um voto contrário dos Estados Unidos.
“Temos estadoparceria casa de apostascontato com os países vizinhos e temos falado com eles para tratarparceria casa de apostasuma iniciativa conjunta”, disse Kerry. “Mas não nos estão escutando”.
Segundo Eric Farnsworth, vicepresidente do Conselho das Américas, um centroparceria casa de apostasestudos americano, o desejo dos EUAparceria casa de apostaslimitar suas ações para permitir que outros países do hemisfério sul tomem a liderança para resolver a crise não foi recompensado.
“Agora muitos no hemisfério sul estão se unindo para apoiar o regimeparceria casa de apostasMaduro e os Estados Unidos não podem simplesmente ficar olhando sem tomar ações”, disse ele.
Por causa disso, o passo seguinte na estratégia dos Estados Unidos pode ser pressão para impor sanções. Pelo menos a Casa Branca conta com o apoioparceria casa de apostasseu próprio Senado.
Projetoparceria casa de apostaslei
Três senadores americanos criaram nesta semana um projetoparceria casa de apostaslei que prevê “sanções dirigidas contra pessoas responsáveis pelas violaçõesparceria casa de apostasdireitos humanos nos protestos contra o governo na Venezuela”.
A legislação também destina US$ 15 milhões para “defender os direitos humanos, apoiar as organizações democráticas da sociedade civil e ajudar a imprensa independente” no país.
“A violência estatal do regimeparceria casa de apostasMaduro demanda uma resposta vigorosa e rápida”, disse o presidente do Comitêparceria casa de apostasRelações Exteriores, o democrata Robert Menendez, co-autor da legislação com os senadores da Flórida Marco Rúbio (republicano) e Bill Nelson (democrata).
“Não vamos ficarparceria casa de apostasbraços cruzados diante das violaçõesparceria casa de apostasdireitos humanos que estão acontecendoparceria casa de apostasCaracas eparceria casa de apostastodo o país.”
Apenas uma opção
“Há uma sensaçãoparceria casa de apostasque todos os mecanismos (usados até agora) estãoparceria casa de apostasponto morto”, disse à BBC Mundo Eric Olson, diretor associado do programaparceria casa de apostasAmérica Latina do Wilson Center, um centroparceria casa de apostasestudos com sedeparceria casa de apostasWashington.
“Não há progresso na OEA, provavelmente não há progresso na Unasul, não parece haver outro mecanismo disponível e há uma profunda preocupaçãoparceria casa de apostasque a situaçãoparceria casa de apostasdireitos humanos está piorando”, afirmou.
“Creio que por essa razão ( os Estados Unidos) decidiram ser um pouco mais ousados nessa frente, com a discussãoparceria casa de apostassanções”, disse.
Mas Olson advertiu que é preciso entender os limites da fala do secretárioparceria casa de apostasEstado – que apenas mencionou o tema das sanções como uma opção possível.
Na sessão no Congresso, Kerry disse que a economia venezuelana está muito frágil, o que gera dúvidas sobre a aplicaçãoparceria casa de apostasmedidas punitivas.
O secretároparceria casa de apostasEstado também disse queparceria casa de apostasesperança segue sendo o incentivo do diálogo, especialmente por meio da pressão e da mediaçãoparceria casa de apostaspaíses vizinhos.
Se isso não funcionar nada garante que a imposiçãoparceria casa de apostassanções também não seja ineficaz.
Assim como Kerry, Olson também demonstrou dúvidas.
“Infelizmente não há uma solução fácil para esse problema, mas não estou certoparceria casa de apostasque ameaçar com sanções dos EUA vá fazer alguma diferença”.
*Com informaçõesparceria casa de apostasPablo Uchoa, da BBC Brasilparceria casa de apostasWashington