Por que o Brasil tem sido cautelosocasino online con bonusrelação à crise na Venezuela?:casino online con bonus
- Author, Gerardo Lissardy
- Role, Da BBC Mundo no Riocasino online con bonusJaneiro
casino online con bonus Há apenas um ano e meio a presidente brasileira Dilma Rousseff defendia com firmeza o rápido envio dos chanceleres sul-americanos para um país da regiãocasino online con bonuscrise política para zelar pela "ordem democrática".
"Tínhamos que cuidar para que houvesse o respeito aos princípios elementarescasino online con bonusjustiça que caracterizam a democracia", afirmou publicamente a presidente,casino online con bonusnome da Unasul (Uniãocasino online con bonusNações Sulamericanas),casino online con bonus22casino online con bonusjunhocasino online con bonus2012.
O país a que ela se referia era o Paraguai, cujo presidente esquerdista Fernando Lugo acabavacasino online con bonusser destituídocasino online con bonusum julgamento político fulminante, qualificadocasino online con bonus"constitucional" por alguns ecasino online con bonus"golpecasino online con bonusEstado" por outros.
Mas agora que a Venezuela, outro país da região - e também membro do Mercosul -, vivecasino online con bonusprópria crise política, com maiscasino online con bonus20 mortos e centenascasino online con bonusferidos nas ruas, o Brasil parece ter adotado uma atitude muito mais cautelosa.
O governo brasileiro foi criticado por não se pronunciar sobre os grandes protestos na Venezuela.
"Não cabe ao Brasil discutir a história da Venezuela, nem o que a Venezuela deve fazer, porque isso seria contra o que defendemoscasino online con bonustermoscasino online con bonuspolítica externa", afirmou Rousseff recentemente para a imprensa.
Depois, ela defendeu o "diálogo" e o "consenso", evitando qualquer tipocasino online con bonuscrítica à forma como o governocasino online con bonusNicolas Maduro reagiu aos protestoscasino online con bonusrua e às denúnciascasino online con bonusrepressão contra opositores.
Toda essa discriçãocasino online con bonusrelação a um país que Brasília promoveu a sócio comercial-chave e no qual possui interesses multimilionários rendeu críticas dentro e fora do Brasil à postura do governo Rousseff.
"O Brasil está atuando da pior forma, porque não está revelando liderança nenhuma", disse à BBC Mundo o ex-chanceler brasileiro Luiz Felipe Lampreia.
"Não está propiciando nem o diálogo nem a intervençãocasino online con bonusobservadores internacionais", disse. "Pelo contrário, está favorecendo a repressão, nãocasino online con bonusuma maneira explícita, mas na prática isso é o que resulta da posição brasileira".
Papel muito grande
Desde a deflagração da crise venezuelana no mês passado, o Brasil expressou suas posturas a respeito do tema por meiocasino online con bonusentidades regionais como a Unasul e o Mercosul, o bloco que integra junto com a Venezuela, Argentina, Paraguai e Uruguai.
Esses comunicados não continham críticas a Maduro. Pelo contrário, traziam declarações a seu favor e repudiando "todo tipocasino online con bonusviolência e intolerância que tente atentar contra a democracia e as instituições", segundo os termos usados pelo Mercosul.
Nos comunicados do Brasil sobre a Venezuela nas últimas semanas as críticas a Maduro que alguns esperavam não vieram.
O governo venezuelano afirma que, por trás dos protestos contra a situação econômica ou contra a insegurança no país, haveria uma tentativacasino online con bonusgolpecasino online con bonusEstado. Caracas usou as declarações regionais como atoscasino online con bonusapoio àcasino online con bonusposição.
Na semana passada, Marco Aurélio Garcia, assessor especial para assuntos internacionaiscasino online con bonusRousseff, relativizou a gravidade da situação na Venezuela após viajar a Caracas e reunir-se com Maduro.
"Estive aquicasino online con bonusoutros momentos, comocasino online con bonus2002, e vejo que aquela épocacasino online con bonuscrise era muito mais grave que agora. Mas a dimensão dada neste momento (para a crise), especialmente pelos meioscasino online con bonuscomunicação internacionais, transmite uma imagemcasino online con bonusalgo maior do que é", disse Garcia segundo a agência Brasil, que é estatal.
Ele também indicou que Maduro teria dito que o "Brasil pode cumprir um papel muito grande na busca por uma soluçãocasino online con bonuspaz".
A BBC Mundo tentou entrarcasino online con bonuscontato com Garcia para abordar o tema, mas o contato não foi possível até o fechamento desta reportagem.
'Consequências'
O Brasil trabalhou nos últimos dias para organizar uma reuniãocasino online con bonuschanceleres da Unasul nesta quarta-feira no Chile – um dia após a posse da presidente Michel Bachelet – para discutir sobre a Venezuela.
Rousseff anunciou na terça-feira que essa reunião criará "uma comissão que pode (ter) representantescasino online con bonustodos os países da região, e fazer a interlocução para a criaçãocasino online con bonusum ambientecasino online con bonusacordo, consenso e estabilidade na Venezuela".
Mas ainda não está claro se dessa forma se poderá chegar a uma solução para a crise.
Enquanto o chanceler venezuelano, Elias Jaua, afirmou que será "uma reunião bem positiva", a aliança opositora MUD (Mesa da União Democrática) pediu à Unasul que veja "com objetividade" os graves acontecimentos que o país vive.
Opositores venezuelanos, como o ex-candidato à Presidência Henrique Capriles, haviam pedido uma presença mais ativa do Brasil na crise.
"O governo brasileiro está dando as costas ao povo venezuelano", afirmou Caprilescasino online con bonusdeclarações ao jornal Folhacasino online con bonusS.Paulo no início do mês.
Porém, outra perguntacasino online con bonusaberto é se a administraçãocasino online con bonusRousseff está disposta a liderar uma missão mediadora à Venezuela – uma ação que pode ser interpretada como uma tentativacasino online con bonusevitar que os Estados Unidos influam na crise.
Na semana passada, Maduro rompeu relações políticas, comerciais e econômicas com o Panamá, depois que o país solicitou uma reunião da Organização dos Estados Americanos (OEA) para discutir a violência na Venezuela.
E o chanceler Jaua indicou que essa medida incluía suspender a revisão do pagamentocasino online con bonusuma dívida multimilionária com exportadores panamenhos.
Alguns analistas dizem acreditar que, desse modo, Caracas enviou uma mensagem aos demais países da região que possam eventualmente adotar uma posição crítica a respeitocasino online con bonussua crise, incluindo o Brasil.
Os laços políticos e econômicos entra a Venezuela e o Brasil se estreitaram desde a década passada com as presidências nesses paísescasino online con bonusLuiz Inácio Lula da Silva e Hugo Chávez, respectivamente. Rousseff conseguiu incorporar Caracas como membro pleno do Mercosul.
Mas até o ano passado, segundo cálculos privados, também havia pagamentos atrasados na Venezuela para exportadores brasileiros superiores a US$ 1,5 bilhão – um assunto que o próprio Garcia tentou solucionarcasino online con bonusuma ida a Caracascasino online con bonusoutubro do ano passado.
Além disso, nos últimos meses subiu para maiscasino online con bonusUS$ 2 bilhões a dívidacasino online con bonusMaduro com construtoras brasileiras que realizam obrascasino online con bonusinfraestrutura e saneamento na Venezuela, segundo o jornal brasileiro Valor Econômico.
"A posição do Brasil (sobre a Venezuela) pode ter um caráter ideológico, mas também um caráter pragmático muito grande", disse Thiago Aragão, analista para região da consultoria Arko Advice, sediadacasino online con bonusBrasília.
"O Brasil tem grandes negócios com a Venezuela", afirmou à BBC Mundo. "E sabe como os outros governos da região que as críticas ao governo venezuelano geralmente trazem consequências".