Pressão da Rússia mantém riscoesporte da sorte bônusinstabilidade na Ucrânia:esporte da sorte bônus
“Algunsesporte da sorte bônusnossos parceiros do Ocidente, estrangeiros, pensam diferente. Trata-seesporte da sorte bônusum tipoesporte da sorte bônusaberraçãoesporte da sorte bônuspercepção quando as pessoas chamamesporte da sorte bônuslegítimo o que é essencialmente o resultadoesporte da sorte bônusum motim armado.”
A oposição agora está com a faca e o queijo na mão, e não há muitos sinaisesporte da sorte bônusque pretende ceder parte do que angariou à elite pró-Rússia. A declaração do presidente interino, Olexandr Turchynov,esporte da sorte bônusque “nós estamos prontos para um diálogo com a Rússia” veio acompanhada, com grande ênfase,esporte da sorte bônusoutras ressaltando que a Ucrânia escolheu a “opção europeia”.
Porém, a menos que as promessasesporte da sorte bônusintegrar a Rússia ao processo político se traduzamesporte da sorte bônusmedidas práticas e efetivas, a Ucrânia tende a permaneceresporte da sorte bônusum estadoesporte da sorte bônusgrande tensão, como já mostraram protestos contra a saídaesporte da sorte bônusYanukovych, alguns com confrontos envolvendo manifestantes pró-Rússia e simpatizantes da oposição.
Posição frágil
Enquanto se preparam para as eleições antecipadasesporte da sorte bônus25esporte da sorte bônusmaio, os opositores a Yanukovych terão que se ver no espelho e entender que a posição agora alcançada no poder é frágil.
Em primeiro lugar, embora a Ucrânia tenha reencontrado o caminho para integração com a União Europeia, isso não significa que a entrada no bloco europeu vá acontecer tão cedo. Muito pelo contrário.
Como ocorreu com todos os países do leste da Europa que buscaram entrar no bloco, a Ucrânia teráesporte da sorte bônusadotar duras reformas políticas e econômicas para colocar a casaesporte da sorte bônusordem. Não há dúvidaesporte da sorte bônusque é um processo complicadíssimoesporte da sorte bônusum país à beira da moratória e rachado ao meio por um confronto que quase descambou para a guerra civil.
As reformas econômicas vão começar com a pílula amarga das medidasesporte da sorte bônusausteridade que a UE e o FMI certamente vão impor como contrapartida para a ajuda. A Rússia, que havia prometido US$ 15 bilhões, não deve mais ser tão benevolente.
A austeridade com certeza vai causar desconforto e prejudicar os novos governantes egressos da oposição. Não é toa que a ex-primeira-ministra Yulia Timoshenko abriu mãoesporte da sorte bônusvoltar imediatamente ao cargo, preferindo se candidatar a presidenteesporte da sorte bônusmaio. As medidas mais urgentes provavelmente serão muito impopulares, e ela precisaráesporte da sorte bônusuma mandato claro e sólido para implementar medidas adicionais.
Por outro lado, as reformas políticas vão exigir a engenhariaesporte da sorte bônusum sistemaesporte da sorte bônusque a parte pró-Rússia seja ouvida, participe do processo democrático. Como fazer isso? Essa é a questão mais complicada.
As opções da Rússia
A resposta a essa pergunta vai depender, provavelmente,esporte da sorte bônuscomo a Rússia vai agir daqui para frente.
Como sempre, surpresas são possíveis, mas há dois caminhos básicos que Moscou pode trilhar agora: ou aceita o rumo dos acontecimentos na Ucrânia ou resiste a eles.
A primeira opção significa Moscou reconheceresporte da sorte bônusderrota no processo político ucraniano. A partir disso, a diplomacia russa teria que fazer gestõesesporte da sorte bônusbastidores para que representantes pró-Rússia tenham uma participação significativa no governoesporte da sorte bônusunidade nacional previsto no acordo da semana passada.
Paralelamente, autoridades russas, especialmente o presidente Putin, teriam que dar seu aval público aos desdobramentos no país, desta forma agindo para apaziguar os ânimos dos descontentes.
Mas isso não é o que parece estar acontecendo no momento.
A segunda opção é Moscou manteresporte da sorte bônusposição inicialesporte da sorte bônusque o acordo político para resolver a crise foi “sequestrado” pela oposição. A Rússia poderia escalaresporte da sorte bônuspressão adotando sanções econômicas (elevar o preço do gás exportado à Ucrânia, por exemplo), ampliar a retórica políticaesporte da sorte bônuscondenação aos desdobramentos no país vizinho ou usar seu soft power, ou seja, mobilizar os seus simpatizantes na Ucrânia.
Assim, o Kremlin provavelmente incentivaria manifestantes pró-Rússia a irem às ruas cada vez mais, até que houvesse alguma concessão por parte dos novos detentores do poder.
As declarações desta quinta-feiraesporte da sorte bônusMedvedev indicam que este é o caminho que vem sendo seguido pela Rússia.
Há dois riscos nessa estratégia. A primeira é que a Rússia pode estar superestimando o ânimo dos manifestantes pró-russosesporte da sorte bônusprotestar ou mesmoesporte da sorte bônuscapacidadeesporte da sorte bônusincentivá-los a ir às ruas.
Até agora, as manifestações dos pró-Yanukovych não se compararam às da oposição antes do acordo político da semana passada. Por outro lado, este pode ser só o inícioesporte da sorte bônusum novo levante.
O outro risco é que, se a estratégia der certo demais, o país fique ainda mais dividido. Poderia haver protestos violentos no leste e no sul, poderia haver um boicote às eleiçõesesporte da sorte bônusmaio. A Ucrânia poderia ter um novo cenárioesporte da sorte bônusconfronto aberto e a possibilidadeesporte da sorte bônusdivisãoesporte da sorte bônusdois países voltaria a pairar sobre os ucranianos.
Cabe a diplomatas estrangeiros, especialmente os europeus, tentar dissuadir a Rússiaesporte da sorte bônuscontinuar nesse caminho. Mas, dado o históricoesporte da sorte bônusdificuldades nos contatos entre os dois lados, há razão para pessimismo quanto à evolução política na Ucrânia.
*Rafael Gomez é mestreesporte da sorte bônusestudos da Rússia e da Europa Oriental pela Universidadeesporte da sorte bônusBirmingham, Reino Unido