ONU detalha 'violações sistemáticas' na Coreia do Norte:cbet vs bmet

Culto a líderes na Coreia do Norte (AFP)

Crédito, AFP

Legenda da foto, Doutrinamento promovido pelo Estado é parte da vida cotidianacbet vs bmetnorte-coreanos, aponta relatório

cbet vs bmet Uma comissão da ONU acusou, nesta segunda-feira, a Coreia do Nortecbet vs bmetcrimes contra a humanidade, entre eles extermínio sistemáticocbet vs bmetpessoas, tortura, estupros, abortos forçados e inanição.

O relatório pede que as mais altas autoridades do país sejam processadas pela Corte Penal Internacional.

A seguir, confira trechos com as principais conclusões do relatório:

Detenções arbitrárias, tortura, execuções e campos prisionais

As forçascbet vs bmetsegurança da República Democrática da Coreia fazem uso sistemático da violência - entre outras violaçõescbet vs bmetdireitos humanos - para criar um climacbet vs bmetterror para qualquer pessoa que desafie o regime. E a impunidade reina absoluta para os perpetradores.

O uso da tortura é comumcbet vs bmetinterrogatórios, sobretudocbet vs bmetcasoscbet vs bmetcrimes políticos.

Pessoas suspeitascbet vs bmetenvolvimentocbet vs bmetcrimes políticos costumam "desaparecer" sem julgamento ou ordem judicial, para camposcbet vs bmetprisioneiros - onde a população prisional é gradualmente dizimada por inanição, trabalhos forçados, execuções, tortura, estupro, abortos forçados e infanticídio.

A comissão da ONU estima que centenascbet vs bmetmilharescbet vs bmetprisioneiros políticos tenham padecidocbet vs bmetcampos do tipo nos últimos 50 anos.

O ex-prisioneiro Jeong Kwang-il disse à ONU que recebia tão pouca comida enquanto esteve preso (por dez meses) que seu peso baixoucbet vs bmet75 kg para 36 kg. Ele descreveu uma técnicacbet vs bmettortura usada para forçar confissões,cbet vs bmetque as mãos dos detentos são algemadascbet vs bmetsuas costascbet vs bmettal modo que ele é impedidocbet vs bmetsentar ou ficar ereto.

"Se você fica preso assim por três ou quatro dias, você urina e defeca (em si mesmo), fica totalmente desidratado. É tão doloroso que é melhor morrer."

Violaçõescbet vs bmetliberdadecbet vs bmetpensamento, expressão e religião

A comissão apurou que o direito à liberdadecbet vs bmetpensamento, consciência, religião, opinião, expressão, informação e associação é quase totalmente negado aos norte-coreanos.

O Estado opera como uma máquinacbet vs bmetdoutrinamento, que propaga o culto à personalidade oficial e prega a obediência absoluta ao "líder supremo", Kim Jong-un.

Praticamente todas as atividades sociais dos cidadãoscbet vs bmettodas as idades são controladas pelo Partido dos Trabalhadores da Coreia. O Estado dita a vida cotidiana das pessoas por meiocbet vs bmetassociações organizadas pelo partido.

As pessoas não têm direito a informações independentes: a mídia estatal é a única fonte permitidacbet vs bmetinformação.

Discriminação

A sociedade é rigidamente estratificada com padrões enraizadoscbet vs bmetdiscriminação, que classifica as pessoas com basecbet vs bmetcritérios - determinados pelo Estado -cbet vs bmetclasse social, opiniões políticas e religião.

O sistema costumava determinar se indivíduos poderiam ser autorizados a continuar vivendo, que tipocbet vs bmetmoradia poderiam habitar, que profissões poderiam ocupar, se poderiam ir à escola ou à universidade, a quantidadecbet vs bmetcomida a que teriam direito e até mesmo com quem poderiam se casar.

Uma testemunha disse à ONU que, por ser consideradacbet vs bmetclasse inferior, foi impedidacbet vs bmetvoltar a Pyongyang, onde nasceu. Também foi rejeitada pela universidade, onde pretendia estudar dança, e forçada a trabalhar na agricultura.

Sequestros e desaparecimentos forçados

A políticacbet vs bmetdesaparecimentos forçados e veto à repatriaçãocbet vs bmetestrangeiros ocorrecbet vs bmetgrande escala, desde os anos 1950.

Testemunhas dizem também que pessoas com parentescos com sul-coreanos são punidas com mais rigidez se cometerem um crime.

Países estrangeiros ou familiares no exterior que queiram exercer seu direitocbet vs bmetprover proteção diplomática a vítimas tiveram acesso negado a informações a respeitocbet vs bmetseu paradeiro.

Violaçõescbet vs bmetdireitocbet vs bmetmovimento e residência

O sistemacbet vs bmetdiscriminação e doutrinamento é reforçado por uma políticacbet vs bmetisolamentocbet vs bmetcidadãos, proibidoscbet vs bmetcontactar-se entre si e com o mundo exterior, o que viola todos os aspectoscbet vs bmetliberdadecbet vs bmetmovimento.

O Estado decide onde os cidadãos podem morar e trabalhar, impedindocbet vs bmetliberdadecbet vs bmetescolha. Isso criou uma sociedade física, sócio e economicamente segregada,cbet vs bmetque pessoas consideradas leais ao governo podem trabalhar e vivercbet vs bmetlocais favoráveis; já famíliascbet vs bmetpessoas consideradas suspeitos políticos são relegadas a áreas marginalizadas.

O Estado impõe um veto praticamente absoluto a viagens ao exterior dos cidadãos, violando seu direito humanocbet vs bmetdeixar o país.

Violações ao direito à comida e a outros aspectos da vida

O Estado usa a comida como formacbet vs bmetcontrolar a população e discrimina o acesso a alimentos, privilegiando partes do país (como a capital Pyongyang) a outras áreas.

"Autoridades do partido sempre têm prioridade nos hospitais, sendo tratadoscbet vs bmetsalas separadas; eles não se interessam pelo sofrimento do restante da população", disse uma ex-enfermeira ao relatório.

Mesmo nos períodos mais críticoscbet vs bmetinaniçãocbet vs bmetmassa, o Estado impediu a entregacbet vs bmetcomida, impondo condições não baseadascbet vs bmetcritérios humanitários.

A comissão da ONU identificou que as decisões, ações e omissões do Estado ecbet vs bmetliderança causaram a mortecbet vs bmetcentenascbet vs bmetmilharescbet vs bmetpessoas e danos físicos e psicológicos permanentes nos sobreviventes.

Ainda que as condições tenham mudado desde os anos 1990, a fome e a desnutrição continuam ocorrendo. Mortes por inanição continuam sendo relatadas.