Como Genebra se tornou palcogoias bets cadastronegociações históricas:goias bets cadastro

Ronald Reagan e Mikhail Gorbachev,goias bets cadastro1985

Crédito, AFP

Legenda da foto, Ronald Reagan e Mikhail Gorbachev (em 1985) também já participaramgoias bets cadastronegociaçõesgoias bets cadastroGenebra
  • Author, Imogen Foulkes
  • Role, Da BBC Newsgoias bets cadastroGenebra

goias bets cadastro No aeroportogoias bets cadastroGenebra, Anne Thea Geiser e seus colegas estão "num momentogoias bets cadastroexpectativas".

Eles estão ocupados com os preparativos para a chamada conferência Genebra II, que nesta semana debaterá como pôr fim aos três anosgoias bets cadastroguerra civil na Síria.

Para isso, limousines foram devidamente polidas, a área VIP foi abastecida. E o tapete vermelho? Esse vai ficar guardado.

"O tapete vermelho é um protocolo muito especial para nós", explica Anne-Thea. "Só é usado para visitasgoias bets cadastrooficiais Estado, não sai do armário com tanta frequência."

Cercagoias bets cadastroquarenta chanceleres participamgoias bets cadastroGenebra II, mas eles não são chefesgoias bets cadastroEstado e têm pela frente difíceis negociaçõesgoias bets cadastropaz, sem a pompa e cerimôniagoias bets cadastrouma visitagoias bets cadastroEstado.

De qualquer forma, Anne-Thea, que cuida do protocolo do aeroporto da cidade há maisgoias bets cadastrouma década, sabe que a conferência sobre a Síria pode ser muito significativa.

"Nos faz sentir um pouco como se fôssemos parte da história", diz ela. "Muitas decisões históricas são tomadasgoias bets cadastroGenebra."

Tradição pacífica

A cidade suíçagoias bets cadastrofato tem uma forte tradição quanto o assunto é negociar a paz.

Após os horrores da Primeira Guerra Mundial, Genebra foi escolhida - com pequena margem sobre Bruxelas - como sede da então recém-criada Liga das Nações, órgão cuja missão era impedir a eclosãogoias bets cadastroum novo conflito.

As expectativas quanto à Liga eram enormes na época, explica David Rodogno, historiador no Instituto Graduadogoias bets cadastroGenebra. "(Isso) porque muitos líderes internacionais achavam que a 1ª Guerra seria a última. Então 1919 e 1920, os primeiros anos da Liga, eram certamente anosgoias bets cadastroesperança."

Salagoias bets cadastronegociaçõesgoias bets cadastropaz da Síriagoias bets cadastroGenebra (AFP)

Crédito, AFP

Legenda da foto, Tradiçãogoias bets cadastroGenebragoias bets cadastronegociações remete à épocagoias bets cadastroque cidade abrigou a Liga das Nações

Mas o órgão não conseguiu impedir a Segunda Guerra. Em vez disso, tornou-se a "casa" da ONU na Europa, e as negociaçõesgoias bets cadastropaz se tornaram frequentes.

Os motivos são variados: a neutra Suíça é um país-sede aceito por todos; e, numa questão mais prática, o voo para Genebra é fácil tantogoias bets cadastroMoscou comogoias bets cadastroWashington.

Art deco

Hoje, pouco mudou no "Palácio das Nações", obragoias bets cadastroart deco criada para abrigar a Liga das Nações.

Imponentes corredoresgoias bets cadastromármore levam a salas cuidadosamente desenhadas, cada uma doada por um Estado-membro e decorada com as iniciais L e N nas portas.

É um "lugar maravilhoso para trabalhar", diz Michael Moller, diretor-geral da ONUgoias bets cadastroGenebra, sobre seu escritório no salão holandês, que datagoias bets cadastro1935 - atmosfera necessária no momento,goias bets cadastromeio aos preparativos para a conferência síria.

Uma dorgoias bets cadastrocabeça é a supervisão do primeiro diagoias bets cadastronegociações, que está sendo realizado nesta quarta-feira na localidade próximagoias bets cadastroMontreux.

"Declaramos Montreux um subúrbio da ONU (durante o encontro)", diz Moller. "O motivo é que estará acontecendo uma enorme conferênciagoias bets cadastrorelojoeiros suíçosgoias bets cadastroGenebra - algo que obviamente tem preferência na Suíça, por ser nosso ganha-pão."

Negociadores comemoram acordo nuclear iranianogoias bets cadastroGenebra,goias bets cadastronovembrogoias bets cadastro2013

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Acordo nuclear iraniano também foi celebrado na cidade suíça

Por isso, toda a estruturagoias bets cadastroum grandioso evento da ONU foi movida a Montreux, incluindo uma gigantesca operaçãogoias bets cadastrosegurança que envolve a polícia e o Exército suíços. O espaço aéreo da cidade será fechado, e suas estradas, bloqueadas.

Negociações

Na quinta-feira, o aparato será levadogoias bets cadastrovolta a Genebra, onde representantes do regime sírio e da oposição serão colocados frente à frente pela primeira vez.

Moller espera que os arredores, comgoias bets cadastrolonga tradiçãogoias bets cadastrofomento à paz, sirvagoias bets cadastroestímulo às negociações.

"Estas paredes respiram história, e você sente isso ao andar pelos corredores", filosofa. "Não me lembrogoias bets cadastronenhuma grande reviravolta no último século que não tenha vindo parar aqui - (os conflitos nos) Balcãs, no Oriente Médio, no Chipre, no sudeste da Ásia."

Por conta disso, é raro encontrar um diplomata que não tenha se hospedado no Hotel Intercontinentalgoias bets cadastroGenebragoias bets cadastroalgum momento da carreira.

"(Henry) Kissinger, (Andrei) Gromyko, (Ronald) Reagan, (Mikhail) Gorbachev... e mais recentemente, os diálogos sobre o programa nuclear iraniano", diz Jurgen Baumhoff, gerente do hotel. "Se essas paredes falassem, teriam muito a dizer."

No 18º andar do hotel, Baumhoff oferece o que espera ser o ambiente ideal para conversas diplomáticas informais - mas muitas vezes cruciais - fora das salasgoias bets cadastronegociação oficiais.

"Estas portas são sólidas", diz ele. "Você pode dar privacidade (aos negociadores) no momentogoias bets cadastroque quiser."

Será que o ambiente favorecerá que governo e oposição sírios encontrem um meio-termo? "Nosso lema é: nada é impossível", agrega Baumhoff.

Assim, por quase um século, Genebra tem sido a cidade escolhida pelo mundo para a diplomacia difícil e - espera Michael Moller - o lugar onde ainda persiste a esperançagoias bets cadastropôr fim ao sangrento conflito sírio.

"Todos estamos cruzando os dedos. Se não (houver acordo), não será um bom presságio para nossos pobres amigos na Síria."