Presos relataram massacre por força estadualbr jack betPedrinhas:br jack bet

'Operação Carandiru'

Com base nos depoimentos colhidos, a Defensoria maranhense e outras sete entidades assinarambr jack bet2br jack betdezembro um documentobr jack betque cobram o governo do Estado a esclarecer as mortes. Elas dizem, contudo, que jamais receberam qualquer resposta.

No documento, os presos relatam que, antesbr jack betentrar no presídio no dia da rebelião, os agentes avisaram aos gritos que executariam a "Operação Carandiru",br jack betreferência à invasão policial na antiga Casabr jack betDetençãobr jack betSão Paulo,br jack bet1992, quando 111 detentos foram mortos.

Momentos antes da invasão, os presos contam que selecionaram um representante "neutro" para negociar com a Geop: Idenilson Gaspar Viegas da Silva, conhecido na prisão como "irmão Idenilson". Ele teria sido escolhido por ser evangélico e não integrar qualquer facção criminosa.

Segundo os relatos, o detento foi incumbidobr jack betlevar um celular até os agentes para que pudessem dialogar com os amotinados. No entanto,br jack betacordo com os depoimentos, "quando o referido senhor se dirigia aos agentes, foi atingido mortalmente por integrantes do Geop".

Os detentos afirmaram ainda que os agentes se posicionaram nas guaritasbr jack betvolta do presídio,br jack betonde os alvejavam a distância. Alémbr jack betIdenilson, que tinha 35 anos, morreram naquele dia outros nove presos: Carlos Eduardo Oliveira, 23, Cosme Damião Sousa, 53, Daniel Fonseca Rodrigues, 23, Dorgival Nogueira Alves, 38, Fábio Silva Lima, 30, Natanaelbr jack betSousa do Espírito Santo, 30, Ubiraci Pereira Aranha, 22, Uvanir Duartebr jack betFarias, 64, e Gilsonbr jack betJesus Pinheiro, 24.

Os relatos não detalham, porém, quais deles teriam sido mortos pelos agentes.

Na visita após a rebelião, a Defensoria encontrou "vários detentos convalescendobr jack betferimentosbr jack betarmasbr jack betfogo – baleados, barriga aberta, perna quebrada, tiro no olho". Segundo os relatos, os feridos eram maisbr jack bet30, que, sem assistência médica e remédios, foram deixados na quadra "sob o sol escaldante".

À época, forças maranhenses disseram ter achado duas armasbr jack betfogo entre os presos durante a rebelião.

Pedidobr jack betsocorro

A BBC Brasil localizou a famíliabr jack betDorgival Nogueira Alves, um dos presos que morreram no motim.

Jéssica Tavares Alves,br jack bet18 anos, diz que seu pai foi morto com um único tiro na cabeça. Segundo ela, entre os presos, conta-se que Alves corria para apagar um incêndio quando foi atingido por um agente.

Caído, ele ainda teria clamado por socorro. "Ele disse pro colega dele: 'me ajuda, eu não posso morrer, que eu tenho cinco filhos pra criar'", diz a filha.

Não houve tempo para atendê-lo. "Depois tiraram o corpo dele para os presos não pisarem na correria e puseram no meio dos outros mortos."

Os parentesbr jack betAlves cobram uma punição para o agente que o teria alvejado.

Lúcia Maria Correia Tavares, ex-companheirabr jack betAlves e mãebr jack betquatro dos cinco filhos dele, espera ainda que a família seja indenizada pela morte. "Ninguém vai ser feliz com nenhum dinheiro e isso não vai trazer elebr jack betvolta, mas é uma obrigação mínima do Estado".

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Maranhão, Mário Macieira, diz que as 171 mortes ocorridasbr jack betPedrinhas desde 2008, sobretudo as ocorridasbr jack betrebeliões, nunca foram elucidadas, e que nenhum inquérito jamais chegou ao fim.

Alémbr jack betinvestigar as mortes, a OAB pressiona o Estado a apurar denúnciasbr jack bettorturabr jack betPedrinhas.

Macieira diz que a Ordem considera apoiar uma petição que as ONGs Conectas, Justiça Global e Sociedade Maranhensebr jack betDireitos Humanos fizeram à Procuradoria Geral da República para federalizar a investigação dos crimes no complexo penitenciário.