Presos relataram massacre por força estadualplanilha apostas esportivas grátisPedrinhas:planilha apostas esportivas grátis

  • Author, João Fellet
  • Role, Enviado especial da BBC Brasil a São Luís

planilha apostas esportivas grátis Presos que sobreviveram ao evento mais sangrentoplanilha apostas esportivas grátis2013 no complexo penitenciárioplanilha apostas esportivas grátisPedrinhas,planilha apostas esportivas grátisSão Luís, acusaram uma unidade das forçasplanilha apostas esportivas grátissegurança do Maranhãoplanilha apostas esportivas grátister promovido um massacre no presídio.

No dia 9planilha apostas esportivas grátisoutubro, o Grupoplanilha apostas esportivas grátisEscolta e Operações Penitenciárias (Geop), unidadeplanilha apostas esportivas grátiselite subordinada à Secretariaplanilha apostas esportivas grátisJustiça e da Administração Penitenciária maranhense, entrou na Casaplanilha apostas esportivas grátisDetençãoplanilha apostas esportivas grátisPedrinhas para conter um motim, iniciado após a descobertaplanilha apostas esportivas grátisum túnel. Ao fim da intervenção, dez presos estavam mortos, um sextoplanilha apostas esportivas grátistodos os 60 óbitos registradosplanilha apostas esportivas grátisPedrinhasplanilha apostas esportivas grátis2013.

Em depoimentos após a rebelião para a Defensoria Pública estadual e organizações que monitoram o sistema carcerário local, presos relataram que os agentes do Geop "entraram para matar" e atiraram até no detento escolhido para representá-los numa negociação, provocandoplanilha apostas esportivas grátismorte.

Já o governo maranhense disse à BBC Brasil que as mortes ocorreram "durante uma briga entre facções" e que relatosplanilha apostas esportivas grátisabusos "estão sendo investigados".

'Operação Carandiru'

Com base nos depoimentos colhidos, a Defensoria maranhense e outras sete entidades assinaramplanilha apostas esportivas grátis2planilha apostas esportivas grátisdezembro um documentoplanilha apostas esportivas grátisque cobram o governo do Estado a esclarecer as mortes. Elas dizem, contudo, que jamais receberam qualquer resposta.

No documento, os presos relatam que, antesplanilha apostas esportivas grátisentrar no presídio no dia da rebelião, os agentes avisaram aos gritos que executariam a "Operação Carandiru",planilha apostas esportivas grátisreferência à invasão policial na antiga Casaplanilha apostas esportivas grátisDetençãoplanilha apostas esportivas grátisSão Paulo,planilha apostas esportivas grátis1992, quando 111 detentos foram mortos.

Momentos antes da invasão, os presos contam que selecionaram um representante "neutro" para negociar com a Geop: Idenilson Gaspar Viegas da Silva, conhecido na prisão como "irmão Idenilson". Ele teria sido escolhido por ser evangélico e não integrar qualquer facção criminosa.

Segundo os relatos, o detento foi incumbidoplanilha apostas esportivas grátislevar um celular até os agentes para que pudessem dialogar com os amotinados. No entanto,planilha apostas esportivas grátisacordo com os depoimentos, "quando o referido senhor se dirigia aos agentes, foi atingido mortalmente por integrantes do Geop".

Os detentos afirmaram ainda que os agentes se posicionaram nas guaritasplanilha apostas esportivas grátisvolta do presídio,planilha apostas esportivas grátisonde os alvejavam a distância. Alémplanilha apostas esportivas grátisIdenilson, que tinha 35 anos, morreram naquele dia outros nove presos: Carlos Eduardo Oliveira, 23, Cosme Damião Sousa, 53, Daniel Fonseca Rodrigues, 23, Dorgival Nogueira Alves, 38, Fábio Silva Lima, 30, Natanaelplanilha apostas esportivas grátisSousa do Espírito Santo, 30, Ubiraci Pereira Aranha, 22, Uvanir Duarteplanilha apostas esportivas grátisFarias, 64, e Gilsonplanilha apostas esportivas grátisJesus Pinheiro, 24.

Os relatos não detalham, porém, quais deles teriam sido mortos pelos agentes.

Na visita após a rebelião, a Defensoria encontrou "vários detentos convalescendoplanilha apostas esportivas grátisferimentosplanilha apostas esportivas grátisarmasplanilha apostas esportivas grátisfogo – baleados, barriga aberta, perna quebrada, tiro no olho". Segundo os relatos, os feridos eram maisplanilha apostas esportivas grátis30, que, sem assistência médica e remédios, foram deixados na quadra "sob o sol escaldante".

À época, forças maranhenses disseram ter achado duas armasplanilha apostas esportivas grátisfogo entre os presos durante a rebelião.

Pedidoplanilha apostas esportivas grátissocorro

A BBC Brasil localizou a famíliaplanilha apostas esportivas grátisDorgival Nogueira Alves, um dos presos que morreram no motim.

Jéssica Tavares Alves,planilha apostas esportivas grátis18 anos, diz que seu pai foi morto com um único tiro na cabeça. Segundo ela, entre os presos, conta-se que Alves corria para apagar um incêndio quando foi atingido por um agente.

Caído, ele ainda teria clamado por socorro. "Ele disse pro colega dele: 'me ajuda, eu não posso morrer, que eu tenho cinco filhos pra criar'", diz a filha.

Não houve tempo para atendê-lo. "Depois tiraram o corpo dele para os presos não pisarem na correria e puseram no meio dos outros mortos."

Os parentesplanilha apostas esportivas grátisAlves cobram uma punição para o agente que o teria alvejado.

Lúcia Maria Correia Tavares, ex-companheiraplanilha apostas esportivas grátisAlves e mãeplanilha apostas esportivas grátisquatro dos cinco filhos dele, espera ainda que a família seja indenizada pela morte. "Ninguém vai ser feliz com nenhum dinheiro e isso não vai trazer eleplanilha apostas esportivas grátisvolta, mas é uma obrigação mínima do Estado".

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Maranhão, Mário Macieira, diz que as 171 mortes ocorridasplanilha apostas esportivas grátisPedrinhas desde 2008, sobretudo as ocorridasplanilha apostas esportivas grátisrebeliões, nunca foram elucidadas, e que nenhum inquérito jamais chegou ao fim.

Alémplanilha apostas esportivas grátisinvestigar as mortes, a OAB pressiona o Estado a apurar denúnciasplanilha apostas esportivas grátistorturaplanilha apostas esportivas grátisPedrinhas.

Macieira diz que a Ordem considera apoiar uma petição que as ONGs Conectas, Justiça Global e Sociedade Maranhenseplanilha apostas esportivas grátisDireitos Humanos fizeram à Procuradoria Geral da República para federalizar a investigação dos crimes no complexo penitenciário.