Trote com ferro60 betpassar60 betescola60 betelite abre debate na Suécia:60 bet

Escola60 betLundsberg. Foto: AP
Legenda da foto, Filho do rei da Suécia está entre os ex-alunos da escola60 betLundsberg

'Tortura'

Fundado60 bet1896, Lundsberg é um dos três internatos60 betelite da Suécia, inspirados no modelo britânico das "boarding schools". Entre os ex-alunos do colégio está o príncipe Carl Philip, filho do rei Carl Gustaf 16 da Suécia. A escola está situada na região60 betVärmland, a cerca60 bet400 quilômetros da capital sueca, e tem aproximadamente 200 alunos e alunas com idades entre 13 e 18 anos. As mensalidades são parcialmente subsidiadas pelo governo.

O trote que incendiou o debate sobre os rituais contra calouros na Suécia ocorreu60 betuma noite60 betsábado, no dia 2460 betagosto passado. Nove estudantes veteranos, atualmente com 18 anos60 betidade, entraram subitamente no dormitório onde viviam quatro alunos recém-chegados à escola. Segundo relatos publicados na imprensa sueca, os estudantes apagaram as luzes, mandaram os calouros deitar no chão e vendaram seus olhos, após mostrarem a eles um ferro60 betpassar roupa sendo ligado na tomada e ameaçar queimá-los.

"Vocês estão surdos? Deitem no chão", teriam dito os estudantes aos calouros. Momentos depois, segundo o calouro ferido, os estudantes jogaram água nele e60 betseguida colocaram o ferro60 betsuas costas.

"Eu gritei, porque doeu. Senti bastante medo", disse o aluno no tribunal, segundo a SVT.

Os estudantes responsáveis pelo trote afirmam que não tiveram a intenção60 betferir os calouros. Eles alegam ter esquecido60 betverificar se o ferro ainda estava quente, após ter retirado a tomada do aparelho do interruptor. Os alunos também teriam pedido desculpas ao calouro ferido, que foi levado ao hospital com queimaduras graves.

Poucos dias após a denúncia do trote, a agência sueca60 betSupervisão Escolar determinou o fechamento imediato do internato. Mas a escola conseguiu reabrir as portas60 betsetembro após uma limiar obtida na Justiça, sob o argumento60 betque o trote foi praticado60 betum dos dormitórios e fora do horário escolar. O caso será agora decidido por um tribunal superior.

"É razoável supor que o colégio deve ter responsabilidade sobre o que ocorre com os alunos também nas dependências dos dormitórios", disse o ministro da Educação sueco60 betdeclarações à agência60 betnotícias sueca TT.

Os nove estudantes foram formalmente acusados pela prática60 betameaças ilegais. Dois deles foram também acusados por crime60 betlesão corporal. O supervisor do dormitório escolar,60 bet47 anos60 betidade, foi acusado60 betcumplicidade no caso, uma vez que tinha conhecimento do plano dos estudantes e teria supostamente permitido o trote.

Não foi a primeira vez que os rituais estudantis60 betLundsberg alcançaram as manchetes dos jornais. Em maio60 bet2012, alunos da escola denunciaram terem sido forçados à prática60 betsexo oral. Em outro tipo60 bettrote, chamado60 bet"submarino", os calouros eram obrigados a deitar60 betcostas com um tubo na boca, através do qual os estudantes veteranos bombeavam água.

Na imprensa sueca, especialistas chegam a alertar que a prática60 bettrotes60 betLundsberg pode ser considerada uma violação das leis internacionais contra tortura. Em artigo reproduzido pelo site da TV STV, o ex-aluno60 betum outro internato sueco destaca que os trotes estudantis representam um crime contra a Convenção da ONU sobre os Direitos das Crianças.

"Jogavam água e neve na minha cama, já fui amarrado e chutado", contou60 betseu blog o escritor Jakob Lindén, ex-aluno do internato sueco60 betGrennaskolans.

"Se a escola não é capaz60 betgarantir a segurança dos alunos, é hora60 beto governo fechar as portas60 betLundsberg. A sociedade não pode permitir o sadismo nas escolas", destacou o ex-aluno.