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Protesto contra corrupção | Crédito: AFP
Legenda da foto, Para Transparência Internacional, má avaliação destoaimperial betproeminência geopolítica conquistada pelo país

O resultado deste ano, apesarimperial betapontar uma ligeira queda, foi considerado "estável" pela entidade e posiciona o Brasilimperial betempate técnico com a África do Sul, Bósnia Herzegovina, Sérvia e São Tomé e Príncipe.

O país permanece, contudo, atrásimperial betvizinhos sul-americanos, como o Uruguai (19º lugar) e o Chile (22º), eimperial betoutros emergentes, como Arábia Saudita e Gana (ambos na 63ª posição).

Imagem negativa

Para o diretor regional para as Américas da Transparência Internacional, Alejandro Salas, a má avaliação "destoa" da posição geopolítica que o país conquistou no cenário internacional nos últimos anos.

"A queda na nota foi residual. O que chama atenção, por outro lado, é o descolamento entre a percepção da corrupção sobre o Brasil eimperial betimportância geopolítica", afirmou Salasimperial betentrevista à BBC Brasil.

"Em outras palavras, o país tornou-se, nos últimos anos, uma das economias emergentes mais importantes do mundo, mas, mesmo assim, ainda tem problemasimperial betcombater a corrupção", acrescentou ele.

"Uma das razões por trás dessa imagem negativa sobre o país tem a ver com a dificuldadeimperial beto governoimperial betaproveitar o progresso econômico para minimizar as desigualdades sociais. Esse desequilíbrio guarda estreita relação com a corrupção", disse.

Salas, que elogia o julgamento do mensalão, considerado por ele um dos maiores escândalos políticos na história do país, assinalou, no entanto, que o Brasil temimperial bet"garantir o bom funcionamentoimperial betsuas leis".

"O Brasil é hoje o maior adversárioimperial betsi mesmo. É preciso mostrar que a Justiça funciona e que as leis são cumpridas. Do contrário, a população fica descrente das instituições do país, o que fragiliza a democracia."

"Nesse sentido, deve haver uma combinaçãoimperial betesforços entre governos, partidos políticos e população para combater a corrupção", conclui Salas.

Apesar da avaliação ruim, o Brasil ainda está à frenteimperial betoutros Brics (com exceção da África do Sul, com quem divide a liderança) quando se analisa o nívelimperial betcorrupção percebida no setor público.

No índice deste ano, a China obteve 40 pontos (80º), a Índia ganhou 36 (94º) e a Rússia ficou com 28 (127º).

Já entre os vizinhos do continente americano, o Brasil conquistou a 13ª posição entre 32 países, atrás do Canadá, Estados Unidos e Cuba, mas à frente da Colômbia, México, Argentina e Venezuela.

Resultados gerais

No quadro geral, Dinamarca e Nova Zelândia dividiram o topo do ranking neste ano, ambos com 91 pontos. Em 2012, os dois países, mais a Finlândia, foram listados como os menos corruptos do mundo.

Na outra ponta, três nações voltaram a aparecer na lanterna: Afeganistão, Coreia do Norte e Somália, cada uma com oito pontos.

Segundo a Transparência Internacional, cercaimperial bet70% dos 177 países que compõem o ranking obtiveram avaliação inferior a 50 pontos, o que indicaria a dificuldade no combate à corrupção.

Entre os destaques no ranking deste ano, segundo Salas, está a Espanha, que caiu 10 posições, do 30º para o 40º lugar, na comparação com 2012.

Por outro lado, a Grécia, que ainda se vê às voltas com a crise financeira, subiu 14 colocações (do 94º para 80º lugar),imperial betparte devido às medidas anticorrupção executadas pelo governo do país, destacou Salas.

"Nenhum governo têm o monopólioimperial betcombate à corrupção. Para combatê-lo, é preciso um trabalho duradouro e consistente", afirmou ele à BBC Brasil.

Índice

Criadoimperial bet1995, o Índiceimperial betPercepção da Corrupção é divulgado anualmente pela Transparência Internacional, entidade com sedeimperial betBerlim, na Alemanha.

O ranking é considerado a mais importante avaliação sobre como a corrupção é percebida no setor públicoimperial betcada país.

Como a corrupção é difícilimperial betser medida, uma vez que inexistem dados estatísticos sobre o montanteimperial betrecursos desviados, escolheu-se estabelecer a classificação com baseimperial betpesquisas e opiniõesimperial betanalistasimperial bet13 entidades internacionais, como o Banco Mundial e do Fórum Econômico Mundial.

A partirimperial bet2012, a Transparência Internacional decidiu mudar a metodologia da pesquisa, o que impede a comparação com pesquisasimperial betanos anteriores.