Moscas que acasalam menos morrem mais cedo, diz estudo:suporte bullsbet

Mosca | Crédito: Christi Gendron
Legenda da foto, Uma mosca da fruta macho foi geneticamente modificada para liberar feromônios femininos
  • Author, Melissa Hogenboom
  • Role, Repórtersuporte bullsbetCiência, da BBC News

suporte bullsbet Uma nova pesquisada conduzida por cientistas americanos descobriu que a faltasuporte bullsbetsexo prejudica a saúde e causa a morte prematura das moscassuporte bullsbetfruta.

Os pesquisadores constataram que as moscas machos que eram estimuladas a copular, mas impedidassuporte bullsbetfazê-lo, tinhamsuporte bullsbetexpectativasuporte bullsbetvida reduzidasuporte bullsbet40%.

Por outro lado, aquelas liberadas para o acasalamento não só viveram mais como sofreram menos estresse.

A pesquisa foi publicada na revista científica Science.

No experimento, as moscas foram colocadassuporte bullsbetproximidade com machos geneticamente modificados para liberar feromônios do sexo feminino.

Feromônios são hormônios usados por esses insetos para atrair um parceirosuporte bullsbetpotencial.

Porém, quando os machos secretavam essa substância, rapidamente atraíam outros machos, mas o sexo, por claros motivos biológicos, não ocorria.

Estimulados pelos hormônios mas impedidossuporte bullsbetcopularem, esses insetos mostraram níveissuporte bullsbetestresse mais altos, uma reduçãosuporte bullsbetsuas reservassuporte bullsbetgordura e uma diminuição considerávelsuporte bullsbetsua expectativasuporte bullsbetvida.

"Nós observamos que essas moscas ficavam doentessuporte bullsbetpouco tempo na presença desses machos 'afeminados'", explicou à BBC Scott Pletcher, da Universidadesuporte bullsbetMichigan, nos Estados Unidos, co-autor da pesquisa.

Uma típica mosca da fruta vive aproximadamente 60 dias. Tal característica faz desses insetos um organismo ideal para estudar o processosuporte bullsbetenvelhecimento, uma vez que pesquisas já mostraram que os genes que regulam a esperançasuporte bullsbetvidasuporte bullsbetuma mosca guardam semelhanças com os dos seres humanos.

A equipesuporte bullsbetPletcher buscou investigar os neurônios envolvidos no envelhecimento. Uma substância química presente no cérebro, chamada neuropeptídeo F (NPF) – que previamente estava ligada à sensaçãosuporte bullsbetrecompensa – foi considerado fundamental para o entendimento desse sistema.

Quando as moscas foram expostassuporte bullsbetexcesso aos feromônios femininos, mas não tinham oportunidadesuporte bullsbetacasalar, os seus níveissuporte bullsbetNPF aumentaram.

O acasalamento manteria os níveissuporte bullsbetneuropeptídeo F normais, mas quando eles se mantiveram altos, geraram consequências psicológicas danosas a esses animais.

Temposuporte bullsbetvida

O simples atosuporte bullsbetreprodução normalmente reduz o temposuporte bullsbetvidasuporte bullsbetuma mosca entre 10% a 15%, mas a queda vertiginosa constatada por esse estudo surpreendeu os cientistas.

"Nesse contexto, o acasalamento pode ser muito benéfico, o que contraria as máximas até então existentes. Nossa pesquisa indica que o cérebro equilibrasuporte bullsbetalguma forma essa informação sobre o meio ambiente por meiosuporte bullsbetestímulos sensoriais", disse Pletcher à BBC News.

"Evolutivamente, a nossa hipótese ésuporte bullsbetque os animais estão fazendo uma aposta para determinar que o acasalamento vai acontecersuporte bullsbetbreve”.

"Na prática, isso quer dizer que aqueles que preveem corretamente quando a cópula vai acontecer saem ganhando; produzindo mais esperma ou dedicando mais energia para a reprodução – e isso pode gerar consequências (se não acasalarem), acrescentou Pletcher.

Poder feminino

Moscas | Crédito: Christi Gendron
Legenda da foto, Moscas machos sem sexo tiveram temposuporte bullsbetvida reduzido

Timothy Weil, professor do departamentosuporte bullsbetzoologia da Universidadesuporte bullsbetCambridge, que não esteve envolvido no estudo, afirmou que a pesquisa sugere que os machos menos bem sucedidos poderiam perder a corrida para transmitir seus genes.

"Sexo e comida são os dois fatores que mais influenciam o comportamento animal e a mosca fêmea parece ter o poder. Seria um caminho para as fêmeas selecionarem os melhores companheiros, uma vez que a saúde dos machos que não acasalam pode ser prejudicada", disse ele.

"A pesquisa indica que administrar essas mudanças fisiológicas é importante para a saúde do animal", acrescentou Weil.

Em um estudo à parte sobre lombrigas, também publicado na Science, a equipe descobriu que a presençasuporte bullsbetferomônios masculinos reduziu o temposuporte bullsbetvida das fêmeas.

Pletcher afirmou que essa descoberta foi encorajadora porque demonstrou que vermes e moscas têm "trajetórias semelhantes", assim como camundongos e primatas, segundo os testes que vêm sendo realizados.