Suicídiocasas de apostas cassinooctogenários reacende debate sobre eutanásia na França:casas de apostas cassino

Hotel Lutetia. Foto: AFP
Legenda da foto, O casal foi encontrado deitado na cama, com sacos plásticos na cabeça,casas de apostas cassinoum quarto do Hotel Lutetia
  • Author, Daniela Fernandes
  • Role, De Paris para a BBC Brasil

casas de apostas cassino O suicídiocasas de apostas cassinoum casalcasas de apostas cassinooctogenárioscasas de apostas cassinoParis reacendeu o debate na França sobre o direito à eutanásia.

Bernard e Georgette Cazes, amboscasas de apostas cassino86 anos, foram encontrados mortos na sexta-feiracasas de apostas cassinouma suíte do luxuoso hotel Lutetia,casas de apostas cassinoParis, por um funcionário que foi levar o café da manhã pedido pelo casal na véspera.

Eles estavam na camacasas de apostas cassinomãos dadas, com sacos plásticos na cabeça.

O motivo do duplo suicídio é atribuído a problemascasas de apostas cassinosaúdecasas de apostas cassinoum dos octogenários, provavelmente a esposa, segundo a imprensa francesa.

No local, a polícia encontrou várias cartas nas quais o casal explicava seu gesto. Uma delas é dirigida ao procurador da República, onde Georgette exprimiucasas de apostas cassinorevolta por não poder "ter partido serenamente", já que a legislação francesa não autoriza "uma morte suave", diz o texto.

"A lei proíbe o acesso a qualquer pastilha letal que permitiria uma morte suave. Em nomecasas de apostas cassinoqual direito se obriga pessoas a práticas cruéis quando ela quer deixar a vida serenamente?", questionou Georgette na carta endereçada ao procurador da República.

Bernard, ex-alto funcionário da Comissãocasas de apostas cassinoPlanejamento, economista e filósofo, publicou vários livros e colaborava para a revista Quinzena Literária.

Georgette foi professoracasas de apostas cassinoletras ecasas de apostas cassinolatim e autoracasas de apostas cassinomanuais escolares.

Segundo o jornal Le Parisien, que revelou o caso, o casal tinha reservado o quarto pela internet havia uma semana e chegou ao hotel na véspera à noite.

Em entrevista ao jornal, o filho, cujo nome não foi citado, diz que "eles temiam a separação e a dependência (de outras pessoas) bem mais do que a morte" e que eles já teriam decidido morrer juntos havia vários anos.

Morte com dignidade

Jean-Luc Romero, presidente da Associação pelo Direitocasas de apostas cassinoMorrer com Dignidade (ADMD, na siglacasas de apostas cassinofrancês), que reúne milharescasas de apostas cassinomembros, afirma não ter ficado surpreso com o drama.

"A França é um dos países com uma das mais altas taxascasas de apostas cassinosuicídiocasas de apostas cassinopessoas idosas e com graves problemascasas de apostas cassinosaúde", segundo ele.

A França autoriza apenas a "eutanásia passiva", ou seja, a interrupção do tratamento médicocasas de apostas cassinocasocasas de apostas cassinoconstataçãocasas de apostas cassinoque não há soluções terapêuticas para o caso.

Associações ligadas à defesa do direitocasas de apostas cassinomorrer criticam a lei porque na prática ela garante apenas o direitocasas de apostas cassino"deixar alguém morrer", permitindo que o doente seja induzido a um coma artificial e morracasas de apostas cassinofome ecasas de apostas cassinosede, o que pode levar vários dias.

Vários casoscasas de apostas cassinoeutanásia ganharam grande repercussão na França nos últimos anos. Um deles foi ocasas de apostas cassinoChantal Sébire,casas de apostas cassino2008, que sofriacasas de apostas cassinouma doença rara que deformou seu rosto e provocava dores terríveis.

Ela teve seu pedido para morrer com a ajudacasas de apostas cassinoum médico negado pela Justiça.

Vincent Humbert, um jovem que havia se tornado tetraplégico, surdo e mudo após um acidentecasas de apostas cassinocarro, havia escrito ao ex-presidente Jacques Chirac para solicitar o direitocasas de apostas cassinomorrer.

Sua mãe provocoucasas de apostas cassinomortecasas de apostas cassino2003 com a ajudacasas de apostas cassinoum médico. Ambos foram absolvidos pela Justiça.