Isolamento impede acesso a vítimas nas Filipinas, diz brasileira:raspadinha betano
"A dimensão desse desastre é dramática; o númeroraspadinha betanomortos e desabrigados é altíssimo. Há lugares onde a destruição deixada pelo tufão é alarmante."
Ao anunciar nesta terça-feira uma campanha mundial para arrecadar US$ 301 milhões para ajudar as vítimas do Haiyan, a cheferaspadinha betanooperações humanitárias da ONU, Valerie Amos, admitiu que problemas logísticos estão atrapalhando a ajuda às vítimas.
Nova tempestade
A ONU acredita que maisraspadinha betano11 milhõesraspadinha betanopessoas foram afetadas pela passagem do Haiyan e que 673 mil tiveram que deixar suas casas nas Filipinas.
O relato das vítimas revela a gravidade da situação. As ruas estão com corposraspadinha betanodecomposição e há pressaraspadinha betanoenterrar os mortosraspadinha betanovalas comuns. Faltam água, comida e alimentos.
Após uma ondaraspadinha betanosaques, não há maisraspadinha betanoonde conseguir recursos, e os sobreviventes adotam medidas extremas, como filtrar água suja das poças com camisetasraspadinha betanoalgodão.
A Cruz Vermelha possui mantimentos e água potável para sustentar até 5 mil famílias por três dias nesta área do país, mas boa parte desses recursos ainda não foi totalmente disponibilizada às vítimas pela faltaraspadinha betanoacesso a elas.
A passagem pelas Filipinasraspadinha betanouma nova tempestade, Zoraida, também causa temoresraspadinha betanoque ocorram novos estragos e ainda mais atrasos na chegadaraspadinha betanoajuda às vítimas do Haiyan.
A depressão tropical está passando pelo sul do país, provocando chuvasraspadinha betanoalgumas regiões afetadas pelo tufão, mas perdeu força nas últimas horas.
'Mesmas desgraças'
O aeroporto da ilharaspadinha betanoCebu (também fortemente atingida) está operando, e agora a organização vai tentar levar por avião com ajuda às ilhasraspadinha betanoSamar e Leyte, pois o mau tempo impede a navegaçãoraspadinha betanoregiões vizinhas.
Connor Fyans, engenheiroraspadinha betanocampo da WFP, Programa Mundialraspadinha betanoAlimentos das Nações Unidas, disse à BBC Brasil que não há nem mesmo estrutura para as ONGs e organizaçõesraspadinha betanoauxílio estabelecerem bases operacionais.
"Os agentes que conseguiram chegar a Tacloban estão morandoraspadinha betanotendas improvisadas e sofrem as mesmas desgraças que as vítimas do tufão."
"O engarrafamento logístico é a conexão entre Cebu e Leyte, somente aviões militares transitam por ali no momento", explicou.
Família
A assistente social filipina Marge Pinton é natural da ilharaspadinha betanoCebu. Ela vive na capital da ilha, a cidaderaspadinha betanoCebu, masraspadinha betanofamília está no interior, na cidaderaspadinha betanoBogo, no norte.
O telhado da casa deles foi destruído pelo tufão e agora eles estão desabrigados, lutando para sobreviver.
"Minha avó, Teriyan Pagobo, tem 75 anos e está sem roupas e sem comida. Eu preciso ajudar a todos, mas tenho vontaderaspadinha betanolargar tudo e ir cuidar dela antes", diz.
Pinton conta que a família precisa caminhar vários quilômetros até o poçoraspadinha betanoonde consegue obter uma água suja, que depois é fervida num fogareiro improvisado.
"Meu tio leva horas para ir buscar água e precisa esperar com os vizinhos para conseguir receber algoraspadinha betanocomer. As plantações foram arrasadas e os animais morreram. Eles não têm como se manter sozinhos e estão passando fome".
No sábado ela foi até a casa dos parentes e ficou chocada com a extensão da destruição pelas ruas. O trajeto, que normalmente levava três horas, precisouraspadinha betanoseis horas para ser concluído. "Estava tudo no chão, não sobrou nada."
O númeroraspadinha betanomortes na tragédia foi estimado inicialmenteraspadinha betano10 mil pessoas. Mas,raspadinha betanoentrevista à CNN nesta terça-feira, o presidente filipino, Benigno Aquino, disse que o número era "muito alto" e que o mais provável é que o totalraspadinha betanovítimas fatais sejaraspadinha betano2,5 mil.