Megaestudo tentará criar 'cérebro digital':bet6 365
Segundo ele, o objetivo é construir novas tecnologias inspiradas na forma como o cérebro "computa".
Os cientistas envolvidos dizem que as tecnologias atuaisbet6 365computação não são suficientes para simular funções cerebrais complexas. Mas dentrobet6 365uma década, supercomputadores deverão ser poderosos o suficiente para criar uma primeira simulação do cérebro humano - ainda quebet6 365versão "rascunho".
Paralelamente, será preciso desenvolver computadores com maior capacidadebet6 365memória para processar as vastas quantidadesbet6 365informação que serão geradas.
O HBP pode ser visto como um equivalente, na neurociência, ao Projeto Genoma Humano, que envolveu milharesbet6 365cientistasbet6 365todo o mundo trabalhando juntos para sequenciar nosso código genético. Aquele estudo levou maisbet6 365uma década e custou centenasbet6 365bilhõesbet6 365dólares.
Mas enquanto o Projeto Genoma mapeou cada uma das três bilhõesbet6 365bases químicas que compõem o nosso DNA, o Projeto Cérebro Humano - que vai custarbet6 365tornobet6 365US$ 1,6 bilhão - não se propõe a mapear todo o cérebro humano.
Com cercabet6 365100 bilhõesbet6 365neurônios (células nervosas) e 100 trilhõesbet6 365conexões sinápticas, nosso cérebro é complexo demais.
Então, a ideia é criar várias simulações por computador.
Cientistas da University of Manchester, na Inglaterra, estão construindo um modelo que simulará cercabet6 3651% da função cerebral. O projeto SpiNNaker é liderado por Steve Furber, um pioneiro da indústria da computação.
"Passei minha carreira construindo computadores convencionais e vi seu desempenho crescer espetacularmente", disse Furber. "Ainda assim, eles têm dificuldadebet6 365fazer coisas que os seres humanos fazem instintivamente. Até bebês pequenos conseguem reconhecer suas mães, mas programar um computador para reconhecer uma pessoabet6 365particular é possível, mas muito difícil".
Computadores Neuromórficos
Desvendar o segredo do aprendizado - os cientistas acreditam - traria vastos benefícios para a tecnologia da informação, resultandobet6 365computadores neuromórficos, ou seja, máquinas capazesbet6 365"aprender", como o cérebro humano.
"Com esse conhecimento, poderíamos produzir chipsbet6 365computador com habilidades cognitivas específicas que imitam o cérebro humano. Por exemplo, com habilidadebet6 365analisar multidões, oubet6 365tomar decisões a partirbet6 365vastas quantidadesbet6 365informações complexas", disse Markram.
Esses cérebros digitais também permitiriam que pesquisadores comparassem, usando modelos computadorizados, cérebros saudáveis e doentes.
Doença Cerebral
Um objetivo central do HBP é permitir que os especialistas tenham uma compreensão mais científica das bases das doenças do cérebro, criando um mapa dos transtornos neurológicos e mostrando como eles se relacionam uns com os outros. A equipe espera que isso ajude profissionaisbet6 365saúde mental a diagnosticar e tratar doenças do cérebro.
Por seu alto custo, o HBP está sendo alvobet6 365críticas. Alguns acham, por exemplo, que o projeto pode drenar recursos que poderiam ser destinados a outros projetosbet6 365pesquisa neurocientífica.
Outros questionam se o HBP não seria ambicioso demais, e se será mesmo capazbet6 365atingir seu objetivo: produzir, dentrobet6 365uma década, uma revolução na forma como entendemos o cérebro humano.
Steve Furber acredita, no entanto, que este é o momentobet6 365tentar: "Vamos fazer progresso, mesmo se não atingirmos aquele objetivo final. E (esse progresso) trará grandes benefícios para a medicina, a computação e a sociedade".