Editorgalera bet forca'Harry Potter' quer publicar livrogalera bet forcaescritor 'mascarado' brasileiro:galera bet forca
- Author, Fernanda Nidecker
- Role, Da BBC Brasilgalera bet forcaLondres
galera bet forca O editor britânico que descobriu Harry Potter, dando à então escritora desconhecida J.K. Rowling a chancegalera bet forcafinalmente publicar a primeira obra da saga que vendeu 400 milhõesgalera bet forcacópiasgalera bet forcatodo o mundo, quer publicar o livrogalera bet forcaum escritor brasileiro anônimo que vem divulgando partesgalera bet forcasua obra pela internet.
Barry Cunningham, antigo editor da Bloomsbury, disse à BBC Brasil que quer ser o "mentor" do autor misterioso, que não revela seu nome, idade ou gênero ao seu público virtual e carrega apenas o pseudônimogalera bet forcaDark Writer.
Em seus perfis no Facebook e no Twitter e no site DarkWriterProject, o escritor aparece com uma máscara que ganhou do designergalera bet forcajoias japonês Joji Kojima, que confeccionou máscaras para a cantora Lady Gaga.
"Eu li o primeiro capítulogalera bet forcainglês pelo Twitter e vi logo que ele tinha talento, mas que precisava aprimorar a estrutura da narrativa", diz Cunningham, que mantém contatos frequentes com Dark para discutir sobre os avanços do livrogalera bet forcaestreia do autor, que deve ter vinte capítulos.
O editor o compara a um "trovador moderno" que tem mostrado que os livros não têm apenasgalera bet forcavivergalera bet forcaprateleiras empoeiradas, mas podem florescer no espaço virtual.
"Dark Writer é um dos precursores e um dos melhores escritores até agora a abrir caminho para que suas histórias cresçam online com uma interação direta com seu público", afirma Cunningham, que hoje comanda a editora Chicken House, que publica a série Túneis, sucesso no Brasil entre o público infanto juvenil.
Em entrevista à BBC Brasil, Dark Writer explicou que a escolha pelo anonimato foi motivada por uma misturagalera bet forcatimidez e a vontadegalera bet forcabrincar com a imaginação das pessoas.
"Fiquei com vontadegalera bet forcaver como reagiriam ao ler algogalera bet forcaalguém que não sabem se é jovem, velho, homem ou mulher", diz.
"Acho que os leitores muitas vezes se preocupam demais com quem escreveu o livro,galera bet forcavezgalera bet forcasimplesmente mergulhar na história."
Criaturas medonhas
No livro, Dark Writer conta a históriagalera bet forcaMary, uma jovem britânicagalera bet forca16 anos que durante um ano muito conturbado para todo planeta partegalera bet forcaférias com os pais.
Após vários contratempos que retardam a viagemgalera bet forcaverão, entre os quais a quedagalera bet forcaum meteorito que levou a torre do Big Ben ao chão, uma forte luz surge na estrada e vira a vida da garotagalera bet forcacabeça para baixo.
Quando abre os olhos, Mary estágalera bet forcaum ambiente completamente diferente e não vê seus pais. Ela carrega um estranho medalhãogalera bet forcaprata no pescoço e temgalera bet forcaenfrentar criaturas medonhas.
A inspiração para a trama vem da infância, quando Dark gostavagalera bet forcacriar mundos alternativos e escrevia pequenos contos usando amigos da escola como personagens.
O primeiro capítulo foi postadogalera bet forca2010 no Orkut, onde o autor começou a atrair leitores enviando pedidosgalera bet forcaamizade com a pergunta "Quer participar da criaçãogalera bet forcaum livro?"
Em 2011 migrou para o Twitter e para o Facebook, onde continuou conquistando adeptos com convites enviados por perfis dos personagens da trama.
Dark chegou a publicar nove capítulos no Twitter e lembra que a grande virada veio quando uma fã brasileira traduziu o primeiro capítulo para o inglês, popularizando a história entre leitoresgalera bet forcavários países.
Entre os novos seguidores que adquiriu nas redes sociais - hoje são maisgalera bet forcanove mil -, estava Barry Cunningham.
"Começamos a trocar mensagensgalera bet forcaque ele me dava conselhos, até que veio o convite para um cafégalera bet forcaLondres. Chegueigalera bet forcajaneiro deste ano jágalera bet forcamudança", conta.
Leitores participativos
Dark considera imprescindível estar na Grã-Bretanha para buscar inspiração para caracterizar melhor seus personagens e retratargalera bet forcaforma mais fiel o cenário onde passa a história.
Para isso, ele conta com o apoio dos leitores, que participam ativamente da criação do livro fazendo ilustrações que são postadas no site DarkWriterProject e nas redes sociais.
O autor mascarado acabou virando ele próprio um integrante da trama, sendo retratado nas ilustrações ao lado dos personagens.
E foi também com doaçõesgalera bet forcaseu público virtual que Dark conseguiu imprimir 200 cópias do primeiro capítulogalera bet forcainglês que foram distribuídas nas ruasgalera bet forcaLondres egalera bet forcaOxford durante o verão.
Por orientaçãogalera bet forcaCunningham, Dark Writer retirou do ar o que tinha postado até agora, mas ainda é possível baixar o primeiro capítulogalera bet forcainglês egalera bet forcaportuguês no site Darkwriterproject.com.
Para descobrir o desfecho da históriagalera bet forcaMary, o público terágalera bet forcaesperar até o final do ano que vem, quando o livro chegará às livrarias, e também deverá ter fim o mistério que ronda a identidade do autor mascarado.