Ataque químico na Síria é um mistério para especialistas:betsul apostas cnpj

Vítimasbetsul apostas cnpjataque na Síria | Foto: Reuters
Legenda da foto, Vítimasbetsul apostas cnpjataque atendidasbetsul apostas cnpjclínicas improvisadas

betsul apostas cnpj Ativistas da oposição na Síria acusam o Exércitobetsul apostas cnpjter lançado um ataque com armas químicas nos arredores da capital Damasco.

Vídeos postados pelos opositores do regimebetsul apostas cnpjBashar Al-Assad, cuja autenticidade não pode ser confirmada, mostram imagens chocantesbetsul apostas cnpjpessoas sofrendo dos sintomasbetsul apostas cnpjpossíveis agentes tóxicos: vômitos, dificuldadebetsul apostas cnpjrespirar, pupilas dilatadas, entre outros.

O Exército sírio negou as alegações, qualificando-asbetsul apostas cnpjfalsas e totalmente sem fundamento.

A BBC preparou uma listabetsul apostas cnpjperguntas e respostas sobre o último ataque no país, que vive uma guerra civil desde 2011.

O que aconteceu?

Forças do governo bombardearam na manhãbetsul apostas cnpjquarta-feira uma área a leste da capital Damasco, tomada pelos rebeldes que tentam tirar Assad do poder.

Grupos da oposição afirmam que durante o ataque foguetes com agentes tóxicos foram lançados contra civis da regiãobetsul apostas cnpjGhouta.

Eles estimam que maisbetsul apostas cnpjmil pessoas morreram, muitas delas mulheres e crianças. As mortes foram registradas nas áreasbetsul apostas cnpjIrbin, Duma e Muadhamiya, entre outras, afirmam os ativistas.

O exército sírio nega as acusações, alegando que se tratambetsul apostas cnpjuma "tentativa desesperadabetsul apostas cnpjpor parte dos rebeldesbetsul apostas cnpjencobrir suas derrotas e atrair o apoio midiático".

O que os vídeos mostram?

As imagens, que não foram verificadasbetsul apostas cnpjforma independente, mostram adultos supostamente sofrendo os efeitos dos agentes químicos.

Médicos aparecem atendendo pessoas que estão vomitando e não apresentam ferimentos no corpo. Alguns pacientes parecem estar tontos e inconscientes.

Dezenasbetsul apostas cnpjcorpos, incluindo osbetsul apostas cnpjcrianças e bebês, são vistos enfileirados no chãobetsul apostas cnpjuma clínica.

Correspondentes acreditam que o númerobetsul apostas cnpjmortos é muito maior do quebetsul apostas cnpjqualquer outro suposto ataque químico na Síria.

O que os sintomas sugerem?

Analistas afirmam que a ausênciabetsul apostas cnpjferimentos externos pode ser um sinalbetsul apostas cnpjque o ataque tenha sido feito com agentes químicos.

"Alguns sintomas, como boca aberta e olhar parado, são muito semelhantes ao que vimosbetsul apostas cnpjHalabja, no Iraque, onde milharesbetsul apostas cnpjpessoas foram mortas por agentes nervosos", disse Hamishbetsul apostas cnpjBretton-Gordon, ex-comandante das Forças Britânicas contra terrorismo químico e biológico.

"Outras imagens que mostram pupilas trêmulas e fixas também podem indicar algum tipobetsul apostas cnpjagente químico", acrescenta Bretton-Gordon.

vítimabetsul apostas cnpjataque é socorrida | Foto: Reuters
Legenda da foto, Sintomas sugerem usobetsul apostas cnpjarmas químicas, afirmam especialistas

Ainda segundo especialistas, um grande númerobetsul apostas cnpjpessoas morreubetsul apostas cnpjpouco tempo, o que também sugere a ocorrênciabetsul apostas cnpjum ataque químico.

"O gás mostarda, que foi usado amplamente na Guerra Irã-Iraque, tende a matar ao longobetsul apostas cnpjdias,betsul apostas cnpjvezbetsul apostas cnpjhoras e minutos, então por isso isso pode ser um outro tipobetsul apostas cnpjagente" explica Bretton-Gordon.

O professor Alexander Kekule, do Institutosbetsul apostas cnpjMicrobiologia Médica na Universidadebetsul apostas cnpjHalle, na Alemanha, concorda que há indíciosbetsul apostas cnpjataque químico, acrescentando que não há sinaisbetsul apostas cnpjoutros tiposbetsul apostas cnpjagentes que causam queimaduras da pele.

As vítimas também parecem sofrerbetsul apostas cnpjsérias dificuldadesbetsul apostas cnpjrespiração.

Jean Pascal Zanders, analistabetsul apostas cnpjarmas químicas e biológicas, disse que há "evidências convincentes"betsul apostas cnpjenvenenamento por asfixia devido à cor "rosa-azulada" nos rostos dos mortos.

Quais são as maiores questões do momento?

Analistas têm ressalvas a respeito do que as imagensbetsul apostas cnpjvídeo realmente mostram e que tipobetsul apostas cnpjarmas podem ter sido usadas.

"Por enquanto, não estou completamente convencido porque as pessoas que estão ajudando os pacientes não estão usando roupasbetsul apostas cnpjproteção ou respiradores", disse Paula Vanninen, diretora do Verifin, o Instituto Finlandês para Verificação da Convenção das Armas Químicas.

"Em uma situação real, eles também ficariam contaminados e sofrendo dos mesmos sintomas."

Pascal Zanders tem dúvidas sobre alegaçãobetsul apostas cnpjque agentes nervosos tenham sido usados.

"Eu não vi ninguém aplicando antídotos contra agente nervosos", disse elebetsul apostas cnpjum blog. "Nem médicos nem outras pessoas parecem sofrerbetsul apostas cnpjexposições secundárias enquanto atendem as vítimas".

O professor Kekule disse ainda que os sintomas não se encaixam no uso típicobetsul apostas cnpjarmas químicas, já que as vítimas não parecem sentir dor ou irritação nos olhos, nariz e boca.

Os vídeos podem ter sido fabricados?

O ministro da Informação sírio, Imran al-Zu'bi, disse à uma TV no Líbano que as imagens foram fabricadasbetsul apostas cnpjuma campanha planejada com antecedência.

Mas analistas da BBC acreditam que a escala do ataque e os detalhes das imagens tornam improvável a possibilidadebetsul apostas cnpjque se tratebetsul apostas cnpjuma fraude.

O professor Kekule afirma que a hipótesebetsul apostas cnpjque os vídeos sejam uma encenação política não pode ser totalmente excluída, mas, neste caso, seria "uma encenação muito bem feita".

Bretton-Gordon opina que seria muito difícil para os conspiradores fazer crianças parecerem mortas por tanto tempo.

Muitos comentaristas concordam que "alguma coisa terrível aconteceu", como afirma Pascal Zanders. No entanto, o que aconteceu exatamente pode ser algo difícilbetsul apostas cnpjsaber.

Quem seria capazbetsul apostas cnpjfazer um ataque dessas proporções?

O governo sírio admitiu que tem estoquesbetsul apostas cnpjarmas químicas, mas nega que os usaria dentro da Síria.

O ministro da Informação, Imran al-Zu'bi, disse que os ataques da quarta-feira não teriam sido possíveis diante do perigo que representariam para as próprias forças do governo que estavam perto da área supostamente afetada com os agentes químicos.

A Rússia afirmou que há evidênciasbetsul apostas cnpjque o ataque teria sido executado pela própria oposição para minar o governo. Mas os Estados Unidos e a Grã-Bretanha dizem não acreditar que os rebeldes têm acesso a armas químicas.

E por que agora?

Equipes da ONU especializadasbetsul apostas cnpjarmas químicas chegaram à Síria no domingo para investigar três locais onde agentes químicos foram supostamente usados, incluindo a cidadebetsul apostas cnpjKhan al-Assal, no norte, onde 26 pessoas morrerambetsul apostas cnpjmarço.

Correspondentes da BBC acham difícil acreditar que o governo sírio, que recentemente recuperou terrenos dominados pelos rebeldes, fizesse um ataque com armas químicas enquanto inspetores estiverem no país.

No entanto, um ataque da forças rebeldesbetsul apostas cnpjuma área dominada por eles também parece improvável para muitos observadores.

Como as alegações podem ser verificadas?

Estados Unidos, Grã-Bretanha e França estão entre os países que defendem o acesso dos inspetores da ONU às áreas afetadas para determinar se armas químicas foram usadas no ataque.

O Conselhobetsul apostas cnpjSegurança ONU fez uma reuniãobetsul apostas cnpjemergência na quarta-feira para discutir a situação no país. Uma porta-voz disse após a reunião que havia uma sensação geralbetsul apostas cnpjque as circunstâncias do que aconteceu devem ser esclarecidas, mas não informou se a missão da ONU poderia ser estendida.

Por enquanto eles só têm permissão das autoridades sírias para investigar três lugares específicos, que não incluem a área do suposto ataque químico na quarta-feira.