Após mal-estar diplomático, Kerry marca visita ao Brasil:strelabet entrar
- Author, Pablo Uchoa
- Role, Da BBC Brasilstrelabet entrarWashington
strelabet entrar O secretáriostrelabet entrarEstado americano, John Kerry, visitará na próxima semana o Brasil e a Colômbia, ainda sob efeito das acusaçõesstrelabet entrarespionagem por parte do governo americano e do mal-estar criado pelo incidente com o avião do presidente boliviano, Evo Morales, na Europa.
Na visita ao Brasil, marcada para a terça-feira, Kerry tentará "superar" estes incidentes ─ nas palavrasstrelabet entrarum analistastrelabet entrarWashington ─ e retomar a agenda positiva com a América Latina iniciada este ano pelo presidente Barack Obama. Agenda que incluiu uma visitastrelabet entrarseu vice, Joe Biden, ao Brasil e à Colômbiastrelabet entrarmaio.
Gestosstrelabet entrarboa vontade à parte, Kerry deve chegar "preparado" para responder a questões a respeito das acusaçõesstrelabet entrarespionagem reveladas pelo ex-analista da CIA Edward Snowden, acredita o presidente do centrostrelabet entraranálise política Inter-American Dialogue, Michael Shifter.
Nesta semana, os ministrosstrelabet entrarcinco países do Mercosul ─ entre eles o brasileiro Antonio Patriota ─ insistiram no tema, ao manifestar na ONU astrelabet entrar"indignação" com o que chamaramstrelabet entrar"sistema globalstrelabet entrarespionagem" postostrelabet entrarfuncionamento pelos EUA. Segundo as denúncias, o Brasil é um dos principais focos desse sistema global.
Os ministros também denunciaram o "atropelo" da imunidade diplomática do presidente Evo Morales, que teve seu avião bloqueado no espaço aéreo europeu por suspeitas infundadasstrelabet entrarque estivesse transportando Snowden.
Esses incidentes, avalia Shifter, foram um "retrocesso" na tímida aproximação dos EUA com os países latino-americanos. "Mas não colocam o relacionamentostrelabet entrarrisco, e Kerry fará o que puder para deixar estes temas no passado e recriar a energia que existia há alguns meses, quando Obama e Biden visitaram a região."
Percepções
O secretário planejava visitar o Brasil no fimstrelabet entrarabril ou iníciostrelabet entrarmaio, mas as tensões no Oriente Médio lhe impediramstrelabet entrarencontrar espaço na agenda.
Parte da missão dele no país será avançar na definição da visitastrelabet entrarEstado da presidente Dilma Rousseff a Washington, marcada para o fimstrelabet entraroutubro.
Shifter acredita que Kerry tentará ainda recalibrar as percepções sobre um país que permaneceu semanas abalado por protestos sem que nenhum observador independente soasse um alerta antecipado.
Semanas antes, a visão do Brasil expressada por Washington ─ pela boca do próprio vice-presidente Biden ─ era astrelabet entraruma nação que havia deixadostrelabet entrarser emergente e entrado no clube dos ricos.
"Vocês não podem mais dizer que são uma naçãostrelabet entrardesenvolvimento, vocês se desenvolveram", disse Bidenstrelabet entrarum evento no Riostrelabet entrarJaneiro no fimstrelabet entrarmaio.
Ele elogiou os programas sociais brasileiros e qualificoustrelabet entrar"espantosa" a transformação que acompanhou o desenvolvimento econômico do país nas últimas décadas.
Engajamento regional
Antes do Brasil, John Kerry passará pela Colômbia, onde deve oferecer apoio ao processostrelabet entrarpaz com as guerrilhas conduzido pelo presidente Juan Manuel Santos. Em nota, o Departamentostrelabet entrarEstado disse que o secretário promoverá a "cooperação e o diálogo com importantes parceiros regionais".
Analistas avaliam que, desde que substituiu Hillary Clinton no Departamentostrelabet entrarEstado, no início deste ano, o secretário tem tido pouco tempo para a América Latina.
Mas ele participou da Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA),strelabet entrarjunho, na Guatemala, onde aproveitou para se encontrar com o chanceler venezuelano, Elías Jaua, e diluir as tensões com o governostrelabet entrarNicolás Maduro.
No entanto, isso foi antes do incidente com o aviãostrelabet entrarEvo Morales e a oferta venezuelanastrelabet entrarasilo a Snowden, que voltaram a imergir a relação EUA-Venezuelastrelabet entrartensões.
"Kerry precisa se focar mais na região e entender a perspectiva do Brasil é crucial", opina Michael Shifter. "Esta visita será uma oportunidade para isto."