Mercosul reforça na ONU 'indignação' com espionagem dos EUA:ver apostas online

Ban Ki-moon (3º à esq.) se reúne com Patriota (segundo à dir.) e outros chanceleres do Mercosul.
Legenda da foto, Ban Ki-moon (3º à esq.) se reúne com Patriota (segundo à dir.) e outros chanceleres do Mercosul.
  • Author, Pablo Uchoa
  • Role, Da BBC Brasilver apostas onlineWashington

ver apostas online Chanceleres do Mercosul expressaram nesta segunda-feira ao secretário-geral da OUN, Ban Ki-moon, aver apostas online"preocupação" e "indignação" com o "sistemaver apostas onlineespionagem global" por parte do governo americano, que surgiu após as denúncias do ex-analista da CIA Edward Snowden.

Os ministros não anunciaram, porém, nenhuma medida concreta sobre o assunto – nenhuma nova resolução ou sanção, por exemplo. O ministro das Relações Exteriores brasileiro, Antônio Patriota, disse que os "diferentes aspectos" do problema serão tratados "em diferentes iniciativas".

Alémver apostas onlinePatriota, estiveram presentes à reunião com Ban Ki-Moon os ministros do Exterior da Venezuela (Elías Jaua), da Argentina (Héctor Timerman), do Uruguai (Luis Almagro) e da Bolívia (David Choquehuanca).

Em nome do grupo, Elías Jaua fez o que chamouver apostas online"alerta sobre as graves implicações que estes procedimentos ilegais desenvolvidos pelo governo dos Estados Unidos têm sobre a estabilidade política dos países e a mútua confiança necessária na comunidade internacional".

"Esta prática é absolutamente violatória da soberania dos países, e muito além disso, dos direitos humanos fundamentais dos cidadãos e cidadãsver apostas onlinenossos países e dos países do mundo, ao violar-se o direito sagrado à privacidade das famílias e dos cidadãos", afirmou Jaua.

Os chanceleres também se queixaram do "atropelo à imunidade diplomática" do presidente boliviano, Evo Morales, que teve seu avião presidencial impedidover apostas onlinesobrevoar o espaço aéreover apostas onlinealguns países europeus por temores – infundados –ver apostas onlineque Snowden estivesse a bordo.

Soberania

Os chanceleres sul-americanos apenas reproduziram e transmitiram a declaração dos chefesver apostas onlineEstado do bloco, que se reuniram no mês passadover apostas onlineMontevidéu.

Na ocasião, os presidentes rechaçaram a espionagem americana e convocaram para consultas seus embaixadores nos quatro países europeus que negaram passagem ao aviãover apostas onlineMorales – Portugal, Itália, França e Espanha.

Nesta quarta-feira, questionado por jornalistas sobre se os países do Mercosul fizeram algum pedido específico ao secretário-geral da ONU, o ministro Patriota, que também falou pelo grupo, disse que cabe ao bloco "levar adiante certas iniciativas".

"Vamos coordenar os esforços para ver como abordamos o sistema multilateral para tratar dos diversos aspectos", afirmou Patriota.

"Há o aspecto da soberania nacional, dos direitos humanos, da violaçãover apostas onlineuma missão diplomática, ou dos direitosver apostas onlineum chefever apostas onlineEstado. Estas são questões diferentes que serão tratadasver apostas onlinediferentes iniciativas que vamos levar adiante."

Liberdade

O Brasil havia prometido levar as denúnciasver apostas onlineSnowden à União Internacionalver apostas onlineTelecomunicações (UIT), um órgão da ONU cujo objetivo é promover e aconselhar as práticas internacionais para o setor. Entretanto, os chanceleres não fizeram nenhuma menção a isso.

Atualmente, a organização responsável por estabelecer as regras para o uso da internet é o ICANN, com sede nos Estados Unidos. A entidade controla, por exemplo, os nomesver apostas onlinedomínios e distribui os númerosver apostas onlineProtocolosver apostas onlineInternet (IPs).

O Itamaraty disse que pretende lançar normas internacionais que combinem a proteção da privacidade individual com a soberania dos países, mas organizações pela liberdade na rede avaliam que estabelecer um controle da internet via ONU daria mais poder a países que praticam a censura.

Os ministros também criticaram os Estados Unidos por intimidar os países latino-americanos que ofereceram asilo a Edward Snowden.

"Acreditamos que é um direitover apostas onlinetodos os cidadãos do mundo que se considerem perseguidos pedir asilo humanitário, e é um direito dos países outorgá-lo se assim o entenderem", disse Elías Jaua, ressaltando que as nações têm essa prerrogativa "no livre exercício daver apostas onlinesoberania".

"Colocamos muita ênfasever apostas onlineque se preserve o sagrado direito ao asilo, quever apostas onlinenossa região, a América Latina, permitiu salvar a vidaver apostas onlineimportantes dirigentes políticos, jornalistas e cidadãos que foram perseguidos pelas ditaduras impostas no século passado", afirmou. "Esse é um princípio que não estamos dispostos a negociar."