Mercosul reforça na ONU 'indignação' com espionagem dos EUA:bwin conference league

Ban Ki-moon (3º à esq.) se reúne com Patriota (segundo à dir.) e outros chanceleres do Mercosul.
Legenda da foto, Ban Ki-moon (3º à esq.) se reúne com Patriota (segundo à dir.) e outros chanceleres do Mercosul.

"Esta prática é absolutamente violatória da soberania dos países, e muito além disso, dos direitos humanos fundamentais dos cidadãos e cidadãsbwin conference leaguenossos países e dos países do mundo, ao violar-se o direito sagrado à privacidade das famílias e dos cidadãos", afirmou Jaua.

Os chanceleres também se queixaram do "atropelo à imunidade diplomática" do presidente boliviano, Evo Morales, que teve seu avião presidencial impedidobwin conference leaguesobrevoar o espaço aéreobwin conference leaguealguns países europeus por temores – infundados –bwin conference leagueque Snowden estivesse a bordo.

Soberania

Os chanceleres sul-americanos apenas reproduziram e transmitiram a declaração dos chefesbwin conference leagueEstado do bloco, que se reuniram no mês passadobwin conference leagueMontevidéu.

Na ocasião, os presidentes rechaçaram a espionagem americana e convocaram para consultas seus embaixadores nos quatro países europeus que negaram passagem ao aviãobwin conference leagueMorales – Portugal, Itália, França e Espanha.

Nesta quarta-feira, questionado por jornalistas sobre se os países do Mercosul fizeram algum pedido específico ao secretário-geral da ONU, o ministro Patriota, que também falou pelo grupo, disse que cabe ao bloco "levar adiante certas iniciativas".

"Vamos coordenar os esforços para ver como abordamos o sistema multilateral para tratar dos diversos aspectos", afirmou Patriota.

"Há o aspecto da soberania nacional, dos direitos humanos, da violaçãobwin conference leagueuma missão diplomática, ou dos direitosbwin conference leagueum chefebwin conference leagueEstado. Estas são questões diferentes que serão tratadasbwin conference leaguediferentes iniciativas que vamos levar adiante."

Liberdade

O Brasil havia prometido levar as denúnciasbwin conference leagueSnowden à União Internacionalbwin conference leagueTelecomunicações (UIT), um órgão da ONU cujo objetivo é promover e aconselhar as práticas internacionais para o setor. Entretanto, os chanceleres não fizeram nenhuma menção a isso.

Atualmente, a organização responsável por estabelecer as regras para o uso da internet é o ICANN, com sede nos Estados Unidos. A entidade controla, por exemplo, os nomesbwin conference leaguedomínios e distribui os númerosbwin conference leagueProtocolosbwin conference leagueInternet (IPs).

O Itamaraty disse que pretende lançar normas internacionais que combinem a proteção da privacidade individual com a soberania dos países, mas organizações pela liberdade na rede avaliam que estabelecer um controle da internet via ONU daria mais poder a países que praticam a censura.

Os ministros também criticaram os Estados Unidos por intimidar os países latino-americanos que ofereceram asilo a Edward Snowden.

"Acreditamos que é um direitobwin conference leaguetodos os cidadãos do mundo que se considerem perseguidos pedir asilo humanitário, e é um direito dos países outorgá-lo se assim o entenderem", disse Elías Jaua, ressaltando que as nações têm essa prerrogativa "no livre exercício dabwin conference leaguesoberania".

"Colocamos muita ênfasebwin conference leagueque se preserve o sagrado direito ao asilo, quebwin conference leaguenossa região, a América Latina, permitiu salvar a vidabwin conference leagueimportantes dirigentes políticos, jornalistas e cidadãos que foram perseguidos pelas ditaduras impostas no século passado", afirmou. "Esse é um princípio que não estamos dispostos a negociar."