Como sobreviver a fenômenos extremos?:pix bet 365
- Author, Karenina Velandia
- Role, BBC Mundo
pix bet 365 As possibilidades são remotas, mas podem acontecer. Uma pessoa é capazpix bet 365sobreviver à quedapix bet 365um edifíciopix bet 36515 andares ou à intensidadepix bet 365um raio.
Em junho deste ano, o inglês Tom Stilwel caiu da varandapix bet 365um edifíciopix bet 36515 andarespix bet 365Auckland, a maior cidade da Nova Zelândia. Um mês depois, a americana Kendra Villanueva foi atingida por um raio no Estado do Novo México, nos Estados Unidos. Ela estava grávida e deu à luz um bebê saudável logo depois do acidente.
São eventos pouco comuns que podem causar no corpo ferimentos similares aos causados por incidentes mais frequentes, como atropelamentos, explosões ou terremotos.
Os cientistas explicam que se uma pessoa é atingida por um raio, a descarga elétrica que ela recebe passa pelo coração, causando uma imediata parada cardíaca, o que leva normalmente à morte da vítima. Caso ela sobreviva, pode ficar com lesões internas graves, alémpix bet 365queimaduras que vão desde o pontopix bet 365entrada aopix bet 365saída do relâmpago.
No casopix bet 365uma quedapix bet 365uma grande altura oupix bet 365um terremoto, os ferimentos costumam estar relacionados à fratura dos ossos ou à faltapix bet 365circulação sanguínea.
Por exemplo, pessoas que ficam presas debaixopix bet 365escombros têm problemas com o sistema circulatório. O peso das estruturas pressiona o corpo da vítima e, por essa razão, pode produzir um coágulo nas artérias, o que no pior dos casos leva à amputação da extremidade afetada.
As lesões podem variar dependendo do tipopix bet 365acidente que o indivíduo tenha sofrido, mas a reação do organismo costuma ser a mesma.
Ativação do instinto
Quando o corpo está submetido a uma situaçãopix bet 365stress, o sistema nervoso simpático é acionado. Atravéspix bet 365uma sériepix bet 365mecanismos biológicos e fisiológicos, como o aumento das pulsações ou da respiração superficial, o corpo humano começa a tentar preservar o funcionamentopix bet 365órgãos vitais, como o coração e o cérebro.
"É um instintopix bet 365sobrevivência epix bet 365preservação que, dependendo da gravidade dos ferimentos, pode ter resultados positivos", explicou à BBC o médico Juan González Armengol, presidente da Sociedade Espanholapix bet 365Medicinapix bet 365Urgências e Emergências.
Segundo Octavio Ávila, médico e vice-diretor da Cruz Vermelha no México, a liberaçãopix bet 365hormôniospix bet 365uma situaçãopix bet 365tensão, seja psicológica ou física, é fundamental para o organismo porque o prepara para lidar com essa circunstância.
"O primeiro hormônio a ser liberado é a adrenalina que, entre outras coisas, fortalece os músculos, o que ajuda a diminuir a sensaçãopix bet 365dor. Há casos nos quais uma pessoa pode correr mesmo tendo uma fratura na perna".
Ávila também diz que os processos metabólicospix bet 365resposta ao trauma acontecempix bet 365cadeia no corpo.
"Em linhas muito gerais, poderíamos dizer que a primeira etapa é hormonal, certas glândulas secretam substâncias como o cortisol ou os hormônios da tireóide. A segunda etapa é celular ─ ali se ativam os glóbulos brancos e os leucócitos, entre outros. Neste cenário, as substâncias pró-inflamatórias e as contra-inflamatórias também têm um papel importante. Deste equilíbrio, depende muito a evolução do paciente".
Entre a vida e a morte
Ambos os especialistas concordam que a quantidade visívelpix bet 365sangue não é um indicativo da gravidade dos ferimentos. Isso porque alguém pode chegar à salapix bet 365emergênciapix bet 365um hospital absolutamente cobertopix bet 365sangue, mas com feridas superficiais. Por outro lado, outra vítima chega caminhando, aparentemente bem, e seu baço poderia estar a prontopix bet 365se romper.
Um exemplo desse último caso poderia serpix bet 365uma pessoa que caiupix bet 365uma varandapix bet 365um edifício, como o inglês Tom Stilwel.
Neste sentido, é importante estar preparado para possibilidadepix bet 365que haja complicações. Desta maneira, diminui-se o riscopix bet 365morte e o desenvolvimentopix bet 365lesões posteriores.
"No casopix bet 365politraumatismos severos, deve-se seguir o protocolo Programa Avançadopix bet 365Apoio Vitalpix bet 365Trauma (ATLS, na siglapix bet 365inglês)", diz o médico espanhol.
Este programapix bet 365atenção traumatológica, utilizadopix bet 365vários países, é composto por cinco fases que devem ser repetidas constantemente:
- O primeiro passo é observar se há alguma obstrução que impeça o pacientepix bet 365respirar.
- O segundo é auscultar o tórax para determinar se há feridas internas que possam dificultar a respiração.
- Em seguida, se analisa a circulação para prevenir hemorragias.
- Depois disso se descartam possíveis problemas neurológicos.
- E, finalmente, deve-se manter o ferido sem roupa, mas com cobertas, para evitar que sofrapix bet 365hipotermia.
Hora H
Para González Amengol, as circunstâncias que originaram as lesões são fundamentais na possibilidadepix bet 365sobrevivênciapix bet 365alguém que tenha sofrido um acidente muito grave.
Em um acidentepix bet 365automóvel, por exemplo, tem influência se a colisão foi por trás ou pelo lado do carro ou se alguém perdeu a vida.
Ávila acrescentou que a evolução do paciente dependepix bet 365muitos fatores. "Alguns deles são a condiçãopix bet 365saúde do paciente antes do acidente ─ uma pessoa com diabetes ou alguma doença degenerativa tem um quadro mais complicado ─ ,a resistência dos órgãos e a gravidade do trauma".
Outro elemento fundamental, na opinião do vice-diretor da Cruz Vermelha no México, é que o paciente seja transferido para uma unidade especializadapix bet 365traumas. Em alguns casos, segundo ele, a vítima é encaminhada a uma maternidade ou a um centropix bet 365outra especialidade, o que diminui as possibilidadespix bet 365estabilizarpix bet 365condição.
A rapidez com que essa transferência é realizada também tem um peso muito importante na possibilidadepix bet 365recuperaçãopix bet 365uma pessoa com ferimentos internos graves.
"Há uma 'hora H' justamente depois do acidente e já está comprovado que se a equipe médica atua neste momento, o paciente pode sobreviver. Claro, isso não vale para situações extremas, como o rompimento da aorta (a maior artéria do corpo humano, que leva sangue do coração para o restante do corpo) ou a perdapix bet 365massa encefálica. Neste cenário, é muito provável que o paciente morrapix bet 365mais ou menos 15 minutos", afirmou Amengol.