Egípcias enfrentam ondasite de aposta estrela betataques sexuais durante manifestações:site de aposta estrela bet

Voluntários tentam proteger mulheressite de aposta estrela betprotesto na praça Tahrir (AP)
Legenda da foto, Voluntários usando coletes amarelos protegem mulheres na praça Tahrir

site de aposta estrela bet Ao observar a multidãosite de aposta estrela betmanifestantes na Praça Tahrir, centro do Cairo, é possível notar algo diferente: no meio do protesto há um círculo rodeado por um corredor onde não há ninguém, exceto alguns homens vestidossite de aposta estrela betamarelo.

O círculo é formado por mulheres e, no corredor, os homens são guardas voluntários dispostos a proteger as manifestantes. Os homens do outro lado do corredor, os primeiros antes da grande massa masculina que participa da manifestação, também ajudam a isolar as mulheres.

Os guardas voluntários são necessários pois, para as mulheres do Egito, protestar pode ser arriscado: entre o dia 28site de aposta estrela betjunho, quando a última ondasite de aposta estrela betprotestos começou, e o dia 3site de aposta estrela betjulho, dia do golpe contra o presidente Mohammed Mursi, foram registrados 180 casossite de aposta estrela betataques sexuais, segundo números da Anistia Internacional.

"Calculamos que são maissite de aposta estrela bet200 agora, sem incluir os muitos que não são registrados", afirmou à BBC Mundo Diana Eltahawy, investigadora da Anistia Internacional no Cairo.

O problema do abuso sexual não é novidade no Egito. "O que mudou foi o nívelsite de aposta estrela betviolência mostrado", acrescentou Eltahawy.

Rapidez

Hanan Razek, jornalista da BBC e autora do documentário Mulheres na Praça Tahrir, explica que esses ataques sexuais e estupros são fenômenos relativamente novos. Ela diz que, na primeira revolução, que levou à queda do presidente Hosni Mubaraksite de aposta estrela betfevereirosite de aposta estrela bet2011, não se viram tais incidentes.

Segundo a jornalista, a primeira vez que viu um círculo para proteger as mulheressite de aposta estrela betaglomerações no Egito foisite de aposta estrela betnovembrosite de aposta estrela bet2011, “após surgirem os primeiros casossite de aposta estrela betataques sexuaissite de aposta estrela betmassa nos protestos”.

O correspondente da BBC no país Aleem Maqbool afirma que há vídeos na internet que mostram como dezenassite de aposta estrela bethomenssite de aposta estrela betrepente fazem um círculosite de aposta estrela betvolta das mulheres durante manifestações e as levam, no meio da multidão, enquanto elas são tocadas e atacadas.

"Nunca imaginei o que me fariamsite de aposta estrela betapenas alguns minutos. Fizeram um círculo fechado ao meu redor. Começaram a tocar cada partesite de aposta estrela betmeu corpo, a violar cada partesite de aposta estrela betmeu corpo. Estava tão traumatizada que só conseguia gritar. Não podia falar nem pedir ajuda, apenas gritar", afirmou Hania Moheeb, vítimasite de aposta estrela betataquesite de aposta estrela betum vídeo gravado pela ONG internacionalsite de aposta estrela betdefesa dos direitos humanos Human Rights Watch.

"Se aproveitaram que eu estava no chão, me pegaram, me viraram, colocaram minhas pernas para cima e me estupraram como quiseram", relatou Yasmine El-Baramawy, outra vítima, no mesmo vídeo.

Segundo a analista da Anistia Internacional, no meio do caos é difícil saber quem está tentando salvar a vítima e quem está atacando.

"Todo mundo estava me agarrando, fingindo querer me tirar da multidão, mas na verdade estavam me atacando", disse Shorouk Al Attar há algumas semanas à BBC.

Shorouk foi vítimasite de aposta estrela betum destes ataques junto com a irmã perto da praça Tahrir durante um protestosite de aposta estrela bet2012.

'Não se pode evitar'

Aleem Maqbool afirma que, nos últimos anos, as mulheres egípcias se acostumaram a ser vítimassite de aposta estrela betviolência sexual, principalmente quando há grandes aglomerações. O feriado do Eid (festa religiosa muçulmana) é uma das mais perigosas.

"Agora parece que os grandes protestos na praça Tahrir, coração da revolução egípcia, se transformaramsite de aposta estrela betuma grande fontesite de aposta estrela betatração para alguns jovens e meninos egípcios que querem olhar com lascívia, perserguir e até atacar sexualmente as mulheres", disse o correspondente.

"Se está aqui e vê uma menina vestidasite de aposta estrela betforma indecente, o que vai fazer? Não se pode evitar", disse a Maqbool um jovem que estava na praça com outros jovens.

"Estamos deprimidos, não encontramos trabalho e nem temos dinheiro, o que você espera?", questionou outro.

Vários dos jovens com quem a BBC conversou confessaram que iam para a praça olhar as mulheres. E, apesarsite de aposta estrela betnão admitirem envolvimentosite de aposta estrela betataques graves, a atitude demonstra que eles não consideram a violência contra as mulheres um problema, e os estupros são até motivosite de aposta estrela betpiadas.

Outros setores da sociedade egípcia suspeitam que, além do problema social que existe há tempos no Egito a respeito do abuso sexualsite de aposta estrela betmulheres, alguns dos ataques na praça Tahrir visam gerar terror no país.

Mulheres protegem o rosto perto da praça Tahrirsite de aposta estrela betmaio
Legenda da foto, Alguns admitem que vão aos protestos apenas para olhar as mulheres

Segundo Maqbool, a ideiasite de aposta estrela betque a Irmandade Muçulmana promoveu os estupros para evitar que as mulheres participem dos protestos é popular entre alguns ativistas e grupossite de aposta estrela betapoio a mulheres.

Mas não há provas, e a acusação foi negada pelo partido.

Os homenssite de aposta estrela betamarelo

Diante deste vácuosite de aposta estrela betsegurança surgiram os grupossite de aposta estrela betguardas voluntários, como os homenssite de aposta estrela betamarelo que cercam as mulheres na praça Tahrir.

Um destes homens é da organização chamada Operação contra Ataques Sexuais, que teve um papel crucial na denúncia dos casossite de aposta estrela betagressão, na proteção das manifestantes e no apoio às vítimas.

A organização também usasite de aposta estrela betpágina no Facebook para alertar as mulheres sobre áreas perigosas e possíveis estupros.

Mas o que os voluntários pode fazer é limitado.

"(...) O respeito e o medo das forçassite de aposta estrela betsegurança diminuiu desde a revolução, e é difícil imaginar como as mulheres poderiam estar livres do estuprosite de aposta estrela betmeio a uma grande multidão", afirmou Maqbool.

À medida que os protestos continuam no Egito, muitas mulheres procuram áreas onde podem se manifestar ou celebrar com mais segurança. Os arredores do palácio presidencial, onde há mais vigilância, é uma alternativa.

Mas, independentementesite de aposta estrela betquem são os estupradores e dos fatores sociais ou políticos que podem motivar estes ataques, segundo Maqbool "está claro que o tema dos abusos sexuais não está sendo levadosite de aposta estrela betconta com a gravidade que merece, nem por políticos, nem pelos funcionáriossite de aposta estrela betsegurança e nem pela sociedade egípciasite de aposta estrela betgeral".