Vizinhos se dividem quanto a desdobramentoestrela bet site oficialgolpe no Egito:estrela bet site oficial
Mas contra quem os líbios irão se rebelar, considerando que eles não têm mais uma figura central ou militarestrela bet site oficialseu governo?
A população líbia está emestrela bet site oficialmaioria descontente com o poder Legislativo - o Congresso Geral Nacional eleito há maisestrela bet site oficialum ano - e com a profusãoestrela bet site oficialbrigadas e milícias existentes no país.
Divisão ideológica
Após a derrubadaestrela bet site oficialMorsi, o ativista líbio Ibrahim, que participou dos protestos contra o antigo regime líbioestrela bet site oficialMuamar Khadafiestrela bet site oficial2011, diz apenas que "o que aconteceu no Egito vai acontecer na Líbia".
Ele não vê a intervenção do Exército egípcio como um golpe. "Eles fizeram isso (a deposiçãoestrela bet site oficialMorsi) para proteger a vontade do povo", dizestrela bet site oficialentrevista telefônica à BBCestrela bet site oficialBenghazi.
Já a advogada líbia Hanna Ghallal enxerga dois lados da moeda no Egito.
Como ativista, ela acha que a população se revoltou contra Morsi porque quer "dignidade e uma democracia real, que não termina nas urnas". Ao mesmo tempo, como advogada, ela não acredita que a intervenção militar deva ser comemorada. "Agora eles são parte do conflito, e o Exército deveria ser imparcial".
Ibrahim e Hanna concordamestrela bet site oficialuma coisa: ambos veem o Egito imersoestrela bet site oficialuma profunda divisão ideológica, à beiraestrela bet site oficialum conflito civil que poderia se espalhar para o lado deles da fronteira.
"Se o Egito se desestabilizar, imagine o que acontecerá com a Líbia", diz Hanna. "Dependemos deles para segurançaestrela bet site oficialfronteira, porque não temos o Exército para fazer isso."
Temorestrela bet site oficialguerra civil
Mais a oeste na África, tunisianos foram um passo além: eles copiaram o Egito e começaram seu próprio Tamarod ("rebelião", nome dado ao movimento que pediu a retiradaestrela bet site oficialMorsi).
Taieb Moalla, correspondente tunisianoestrela bet site oficialum jornal francês e ativista, está perplexo pelos fatos recentes.
"A situação (no Egito e na região) já esteve clara e fácil. Agora não está mais."
Ainda que ele também não veja a quedaestrela bet site oficialMorsi como um golpeestrela bet site oficialEstado tradicional - argumentando que milhõesestrela bet site oficialegípcios apoiaram a medida -, ele tampouco acredita que a intervenção do Exército visa a democracia ou o bem-estar do povo.
"Há sinaisestrela bet site oficialuma guerra civil", opina ele. "É possível (que isso aconteça) porque Morsi vai se tornar mais popular entre seus apoiadores e (sua saída) pode radicalizar a Irmandade Muçulmana."
Ainda que a Tunísia tenha um partido islâmico moderado - o Ennahda, vitorioso nas eleiçõesestrela bet site oficial2011 -, Moalla não acha que o golpe militar que aconteceu no Egito possa se repetirestrela bet site oficialseu país.
"Ao contrário do Egito, nosso Exército não tem tradiçãoestrela bet site oficialenvolvimento político. Não tivemos líderes militares", diz ele. "E o Ennahda também tem sido mais conciliatório - há uma coalizãoestrela bet site oficialgoverno. Eles foram espertos e entenderam que não poderiam governar sozinhos."
Para muitos, foi nesse ponto - a conciliação - que o governo deposto do Egito fracassou.
Em geral, revoluções estão relacionadas a ideais românticosestrela bet site oficialtransformação, mas na vida real elas são seguidasestrela bet site oficialum períodoestrela bet site oficialturbulência e confusão sobre quais passos tomar e quem é a pessoa ideal para realizá-los.
Nesses três países, as revoluções da Primavera Árabe também trouxeram a ascensão do islã político. A forma como esses elementos se combinarão vai determinar se as transiçõesestrela bet site oficialpoder serão bem-sucedidas.