'Pescadoraposta eleições sportingbetmortos' vem recolhendo corpos há maisaposta eleições sportingbetdez anos na Colômbia:aposta eleições sportingbet
Ele afirma que o pior período foi entre 2001 e 2004, quando grupos paramilitaresaposta eleições sportingbetextrema-direita chegaram à região para lutar contra a guerrilha marxista das Farc (Forças Armadas Revolucionárias Colômbia).
"Durante estes quatro anos... oh, menino, isso foi muito triste. Eu juro que cheguei a tirar do rio maisaposta eleições sportingbet50 corpos", relembra Chaín.
Narino é a província da Colômbia com a maior densidadeaposta eleições sportingbetplantaçõesaposta eleições sportingbetcoca - a planta base para se produzir cocaína. E é também a principal portaaposta eleições sportingbetsaída para o Pacífico, por meioaposta eleições sportingbetbarcos motorizados, que contrabandeiam a droga para a América Central e os Estados Unidos.
Sua importância estratégica para o tráficoaposta eleições sportingbetdrogas, principal fonteaposta eleições sportingbetrenda tanto para os grupos paramilitaresaposta eleições sportingbetextrema direita, quanto para os rebeldes das Farc, fezaposta eleições sportingbetNarino um dos lugares mais perigosos da Colômbia.
Por isso, o grosso das operações do Exército colombiano - com as quais o governo quer pressionar os grupos rebeldes que participam das negociaçõesaposta eleições sportingbetpazaposta eleições sportingbetHavana, Cuba - são realizadas nesta região.
E não são apenas as Farc, o Exército e grupos paramilitaresaposta eleições sportingbetdireita que operam aqui.
O segundo maior grupo rebelde do país, o Exército para Libertação Nacional (ELN), também atuaaposta eleições sportingbetNarino.
Gillian McCarthy, do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, diz que com tantos grupos armados operando, "tem sempre algo acontecendo" na área.
"A coisa mais óbvia são os corpos não identificados no cemitério, os 'sem nome' (como são chamados os cadáveres não identificados na Colômbia)", afirma.
Homicídios
A violência é ainda mais evidente na cidade-portoaposta eleições sportingbetTumaco, que fica a três horasaposta eleições sportingbetbarcoaposta eleições sportingbetBocasaposta eleições sportingbetSatinga.
Na cidade, todos dizem que até as velhas senhoras que alugam telefones celulares e vendem doces nas ruas precisam pagar uma taxaaposta eleições sportingbetextorsão tanto para as Farc como para o ELN e outros grupos paramilitares.
E com um índiceaposta eleições sportingbethomicídio tão alto ─ são 136 casos para cada 100 mil habitantes, o que representa quase quatro vezes a médiaaposta eleições sportingbettoda a Colômbia ─, a equipeaposta eleições sportingbetidentificaçãoaposta eleições sportingbetcadáveres nunca tem faltaaposta eleições sportingbettrabalho.
"Teve um anoaposta eleições sportingbetque nós tivemos que fazer 420 examesaposta eleições sportingbetautópsia", afirma o médico-legista Antonio Sarama, que trabalha na cidade há oito anos.
"E os homicídios são apenas a ponta do iceberg... Nós também temos problemas como extorsão, sequestro e estupro".
Nos últimos dias, Sarama praticamente se dedicou a atender vítimasaposta eleições sportingbetminas antipessoais colocadas para proteger as muitas plantaçõesaposta eleições sportingbetcocaaposta eleições sportingbetTumaco.
Mas a maioria dos cadáveres que chegam àaposta eleições sportingbetmesa são vítimas da violência vinculada ao narcotráfico, dos matadoresaposta eleições sportingbetaluguel que os grupos utilizam para saldar suas contas e marcar seu território.
Seja como for, o fluxo dos mortos é tão grande que o pequeno cemitérioaposta eleições sportingbetTumaco não dá conta da "demanda".
Os coveiros são obrigados a remover e se desfazer dos restos mortaisaposta eleições sportingbet"sem nome" que se acumularam no local para abrir espaço para os mortos recém-chegados.
Identificação
De fato, uma das consequênciasaposta eleições sportingbetquase meio séculoaposta eleições sportingbetconflito é a estimativa que existam cercaaposta eleições sportingbet40 mil cadáveres não identificados na Colômbia. E nem todos cuidaram deles com a mesma dedicaçãoaposta eleições sportingbetChaín.
“Eu faço isso poque essa é minha maneiraaposta eleições sportingbetser. Porque me entristece ver um cadáver descendo e ter que deixá-lo ir, que se vá para baixo”, disse Chaín, sentandoaposta eleições sportingbetuma das sepulturas do cemitérioaposta eleições sportingbetBocasaposta eleições sportingbetSatinga.
E atrás dele dá para ver algumas das lápides brancas com as letras “NN”, que são usadas para localizar parte dos 58 mortos não identificados que ele mesmo se encarregouaposta eleições sportingbetenterrar – frequentemente com a ajudaaposta eleições sportingbetseu amigo Menelio Cuenú – neste humilde cemitério.
As lápides foram colocadas lá com a ajuda do Comitê Internacional da Cruz Vermelha para ajudar a identificação dos mortos sem nomeaposta eleições sportingbetBocasaposta eleições sportingbetSatinga.
Para Chaín, um projeto do Instituto Colombianoaposta eleições sportingbetMedicina Legal que terá como objetivo identificar os restos sepultadosaposta eleições sportingbet65 cemitériosaposta eleições sportingbet13 departamentos do país, começando por Bocasaposta eleições sportingbetSatinga, é uma excelente notícia.
“Na Colômbia, nem sei quantos milharesaposta eleições sportingbetdesaparecidos existem. E o governo prometeu indenizar os familiaresaposta eleições sportingbettodas essas pessoas depois que elas forem identificadas. Essa conversa cai como uma luva para os parentes”, diz o pescadoreaposta eleições sportingbetmortosaposta eleições sportingbetSatinga.
“Infelizmente, não será possível conseguir (identificar) todos. Mas eu espero os familiares daqueles que forem recebam uma ajuda.”