'Robin Hood' das joias: conheça a designer que cria coleções 'éticas':esporting bet

Artesãos aprendem ofícioesporting betCabul, no Afeganistão
Legenda da foto, Designeresporting betjoias tem projetos sociaisesporting betpaíses como Afeganistão, Bolívia e Quênia
  • Author, Will Smale
  • Role, Repórteresporting betNegócios da BBC

esporting bet A designeresporting betjoias Pippa Small diz que seu trabalho é um pouco parecido com oesporting betRobin Hood.

Masesporting betvezesporting betusar arco e flecha para tirar dos ricos e dar aos pobres, ela utiliza o dinheiroesporting betclientes abastadosesporting betseu caro ateliê para ajudar algumas das comunidades mais necessitadas do mundo.

Sua joalheriaesporting betLondres vende peças cujos preços podem atingir 70 mil libras (R$ 217mil). Alguns dos clientes são grifes conhecidas como Gucci, Chloe e Nicole Farhi.

Pippa participaesporting beteventosesporting betmodaesporting betdiversas partes do mundo e suas criações são usadas por celebridades como Nicole Kidman. Mas,esporting betcontraste com esse mundoesporting betbrilho eesporting betglamour, ela também transitaesporting betuma realidade completamente diferente.

"Logo que eu comecei meu negócio há 10 anos, passei um verão trabalhando com refugiados birmaneses na Tailândia. Eles tinham histórias e testemunhos horríveis", afirma.

"E eu me lembro que voltei para a Europa, a fimesporting betparticipar da semanaesporting betmodaesporting betParis, e fiquei muda por causa do contraste das duas situações. Eu simplesmente não conseguia conciliar as duas realidades completamente diferentes".

Direitos Humanos

Apesaresporting betfazer joias como um hobby desde criança, Pippa,esporting bet44 anos, diz que não tinha intençãoesporting betfazer disso seu trabalho.

"Eu estudei antropologia na Universidadeesporting betLondres e acabei trabalhando com direitos humanos. Lidei com minorias tribais no sudeste da Ásia (Bornéu e Tailândia) e também com questões agrárias e culturais – ou seja, nada a ver com joalheria".

"Mas eu continuava fazendo algumas peças e recebendo pedidos".

Pippa decidiu se dedicar integralmente à produçãoesporting betjoias quando foi convidada para trabalhar com Tom Ford, o diretoresporting betcriação da Gucci.

Mas ela diz que desde o primeiro diaesporting bettrabalho estava determinada a usar a joalheria para ajudar as comunidades necessitadas que havia conhecido quando trabalhava como ativista.

"Eu fui convidada para criar algumas coleções para a Gucci, o que foi ótimo. Com isso consegui ganhar uma boa quantidadeesporting betdinheiro".

"Com esses recursos consegui fazer meu primeiro projeto no Quênia, para ajudar comunidades locais a produzir joias inspiradas nas minhas criações, para serem vendidas aos turistas".

Pippa Small
Legenda da foto, Joalheira foi ativista antesesporting betcomeçar a criar coleções para grifes famosas

Hojeesporting betdia, 70% das joiasesporting betPippa são produzidas na Índia, "a capital mundial do ouro". Ela afirmou que a maior parteesporting betseus lucros é investidaesporting betcoleções especiais - feitasesporting betateliêsesporting betpaíses como Afeganistão, Quênia, Panamá e Bolívia, com materiais característicos desses países.

Pippa afirma que consegue manter um negócio lucrativo e um bom estiloesporting betvida. Mas diz também que paga gratificaçõesesporting bet10% sobre preçosesporting betmatérias primas eesporting betserviços para garantir que não haja irregularidades ou abusos durante os processosesporting betobtenção das pedras preciosas eesporting betcontrataçãoesporting betmãoesporting betobra.

Na Bolívia ela diz que suas joias são feitasesporting betouro produzido por uma cooperativaesporting betmineiros. Eles teriamesporting betprodução certificada pela organização internacional Fairtrade, por respeitar padrõesesporting betpreservação da natureza.

Em Nairobi, a matéria prima usada na confecção das peças seria vidro e pedaçosesporting betmetal reciclado retiradosesporting betum lixão.

Ajuda

"Eu sei que apenas podemos ajudar algumas pessoas, mas é impressionante ver a diferença que isso faz na vida delas – é uma questãoesporting betfazer essas pessoas se sentirem confiantesesporting betsuas habilidades e contribuir com isso".

"Depoisesporting betalguns anos, muitos dos que treinamos deixam o projeto para tocar seus próprios negócios", diz.

Com duas lojas, umaesporting betLondres e outraesporting betLos Angeles, Pippa planeja continuar tanto com seus negócios como os projetos sociais. Ela diz porém que vem recebendo críticas.

"Algumas pessoas dizem: 'então o que você faz é produzir joias com mãoesporting betobra muito barata'. Esse realmente não é o caso. Se eu quisesse baixo custo poderia ir à China".

"Ao invés disso acho muito importante que minhas coleções sejam inclusivas, genuinamente colaborativas. Têm que ser ainda sustentáveis para funcionar e asseguro que todos estão sendo pagos adequadamente".

Afeganistão

No Afeganistão, Pippa trabalha com uma organização beneficente chamada Turquoise Montain, que treina artesãos para fazer joalheria afegã tradicional.

"Há 20 pessoas no ateliêesporting betCabul, incluindo oito homens. Eles ficamesporting betuma sala separada das mulheres".

Por causaesporting betproblemasesporting betsegurança no Afeganistão, as joias produzidas no local não sãoesporting betouro maciço. Elas são feitasesporting betprata ou apenas folheadas a ouro.

Pippa passa metade do ano viajando. O climaesporting betinsegurança não a impedeesporting betvisitar o ateliêesporting betCabul ao menos duas vezes por ano.

"Eu estiveesporting betCabul muitas vezes quando havia explosõesesporting betbombas", diz.

"Os rumoresesporting betque estrangeiros estão sendo feitosesporting betalvo é alarmante. Mas também me sinto assim quando esse tipoesporting betcoisa acontece aqui (na Grã-Bretanha), por isso continuo com a minha vida".

"Eu não tenho guarda-costas".