Vicereal bet loginObama busca ‘sintonizar’ Brasil e EUA durante visita:real bet login
"No passado, o vice-presidente tinha uma função muito mais cerimonial, mas desde Al Gore (vicereal bet loginBill Clinton) essa figura tem extrapolado as expectativas", disse à BBC Brasil o diretor do Instituto para o Estudo da Diplomacia na Universidadereal bet loginGeorgetown,real bet loginWashington, James Seevers.
"Recentemente, Gore, Cheney (Dick Cheney, vicereal bet loginGeorge W. Bush) e Biden se tornaram figuras muito importantes nos seus respectivos governos. Portanto, a visita do vice a um país estrangeiro transmite a mensagemreal bet logingrande engajamento diplomático dos EUA", avaliou.
Cooperação energética
Biden começou na segunda-feira,real bet loginBogotá, capital da Colômbia, uma visitareal bet logincinco dias a três países do hemisfério. Na terça-feira, ele estaráreal bet loginTrinidad e Tobago, onde aproveitará para se reunir com líderesreal bet logintodo o Caribe.
No Brasil, ele visitará na quarta-feira uma unidade da Petrobras no Rioreal bet loginJaneiro. A Casa Branca informou que o vice-presidente discutirá a cooperação no campo energético com autoridades e dirigentes da petroleira brasileira.
Também estão agendados uma palestrareal bet loginBidenreal bet loginum evento para o público e encontros com as autoridades locais para tratarreal bet loginsegurança e inclusão social.
Járeal bet loginBrasília, ele será recebido pela presidente Dilma Rousseff e seu vice, Michel Temer, para, nas palavras do funcionário da Casa Branca, "discutir assuntos globais" e "a arquitetura da parceria que construímos juntos nos últimos quatro anos".
Embora vagas, as palavras evocam o diálogo políticoreal bet loginalto nível que os dois países têm travadoreal bet loginconsultas sobre temas que incluem desde a agenda bilateral à guerra civil na Síria.
Trata-sereal bet loginum sinal, aponta a Casa Branca, da posição privilegiada do Brasil no esforço do governo do presidente Barack Obama para melhorar as relações com a América Latina e o Caribe no seu segundo mandato.
Obama fez no mês passado uma viagem a México e Costa Rica e receberá, nas próximas duas semanas, seus colegas do Chile e Perureal bet loginvisitasreal bet logintrabalho.
Mas uma das poucas visitasreal bet loginEstado que a Casa Branca agenda por ano foi reservada para a presidente Dilma Rousseff, que virá a Washingtonreal bet loginoutubro.
"Do nosso pontoreal bet loginvista já alcançamos muito com o Brasil, mas achamos que podemos fazer muito mais", disse o funcionário da Casa Branca.
'Clubereal bet loginpotências'
O ex-deputado, ex-conselheiro para Comércio nos governosreal bet loginObama e Bush e diretor da Escolareal bet loginPolítica Aplicada da Universidade George Washington, Mark Kennedy, acredita que a visitareal bet loginBiden será um "convite" do governo americano para que o Brasil se veja como uma "potência global engajadareal bet logineventos globais".
Mas ele ressalva que os EUA querem ver o Brasil se envolvendo nesses temas não como um ator independente, e sim como participante do "clubereal bet loginpotências globais" onde são discutidos os problemas geopolíticos da atualidade.
Um exemplo dessa tensão ocorreu depois que o Brasil, então governado por Luiz Inácio Lula da Silva, e a Turquia costuraram um acordo com o Irã para tentar solucionar o impassereal bet loginrelação ao programa nuclear iraniano.
Mark Kennedy – que não fala pelo governo americano, mas expressa uma visão comumreal bet loginWashington – avalia que o desentendimentoreal bet logintorno do programa iraniano exemplifica o tiporeal bet logininiciativa destinado a fracassar nas relações internacionais.
Ele diz que o Brasil "botou o carro na frente dos bois, ao achar que era o único ator político, sem passar pela etapareal bet loginse juntar ao grupo coesoreal bet loginpaíses que regularmente se sentam à mesa e resolvem esses temas".
"Ter essa históriareal bet loginindependência pode ser positiva para alcançar algumas coisas, mas não é saudável vê-la como algo marginal e sim central, com os grandes atores, não como um outsider", afirma.
"O Brasil por muito tempo se viu como um observador dos eventos globais, sentado na lateral e criticando o que outros atores estão fazendo”, sustenta o analista. “O convitereal bet loginBiden é para que o Brasil se sente à mesa e pense no papel que pode assumirreal bet loginforma construtiva."
Superar a desconfiança
De lá para cá, os dois países recolocaram areal bet loginrelação nos eixos,real bet loginparte dado o perfil mais discreto do governo Dilma no cenário externo,real bet loginparte porque os EUA estiveram “olhando para dentro”, nas palavrasreal bet loginMark Kennedy, desde o início da crise econômica.
"Agora, o governo americano percebeu que precisa se envolver mais com seus parceiros cruciais, e o Brasil é um deles", afirma.
Porém, apesar das palavras cordiais que partemreal bet loginambos os lados, analistas ouvidos pela BBC Brasil acreditam que os dois países ainda carecem do tiporeal bet loginsintonia política para criar uma relação bilateral especial.
A isso se somam disputas no campo do comércio e dos subsídios agrícolas e uma "falta generalizadareal bet loginnovas ideias" para refrescar o relacionamento, como costuma descrever o presidente emérito do Interamerican Dialogue, Michael Shifter.
A viagemreal bet loginBiden, juntamente com a visitareal bet loginde Dilma aos EUA, seria uma tentativareal bet loginreverter essa situação.
"Não há dúvidareal bet loginque o governo brasileiro está ampliando mais e mais (areal bet logininfluência no mundo) e que a expansão econômica do Brasil, do poder econômico do Brasil, reforça a ideiareal bet loginque a atuação do Brasil seja vista como uma norma,real bet loginvezreal bet loginuma exceção", diz Mark Kennedy.