Ministro diz que defesa do Atlântico Sul pode ocorrer sem militarização:barcelona futebol clube

HMS Dauntless (foto: BBC)
Legenda da foto, Potências enviam naviosbarcelona futebol clubeguerra para exercícios e ações antipiratariabarcelona futebol clubepaíses do oeste africano
  • Author, João Fellet e Luis Kawaguti
  • Role, Da BBC Brasilbarcelona futebol clubeBrasília e São Paulo

barcelona futebol clube A expansão das atividades navais da Marinha do Brasilbarcelona futebol clubedireção à África ocorrebarcelona futebol clubeum momentobarcelona futebol clubeque Estados Unidos, Grã-Bretanha e outras potências também demonstram interesse pelo Atlântico Sul. Segundo o ministro da Defesa, Celso Amorim, o Brasil defende a segurança da região, porém não abarcelona futebol clubemilitarização.

"O Brasil não é um país que tenha inimigos, mas ele não pode descuidarbarcelona futebol clubeseus interesses e ninguém pode descuidar dabarcelona futebol clubeprópria defesa", disse Amorim à BBC Brasil.

"O Atlântico Sul é uma área natural do nosso interesse, independentementebarcelona futebol clubeoutros países estarem fazendo isso ou aquilo".

Segundo o pesquisador da Unesp (Universidade Estadual Paulista) Hector Saint-Pierre, o ato mais significativo dos Estados Unidosbarcelona futebol cluberelação à região foi a reativação,barcelona futebol clube2008,barcelona futebol clubesua Quarta Frota.

Entre os principais objetivos da medida estava manter a presença americana nos mares da região da América do Sul. Mas isso não ocorre por meiobarcelona futebol clubeconcentraçãobarcelona futebol clubetropas, e sim pela participação, por exemplo,barcelona futebol clubeexercícios militares com forças locais. Ou ainda pela realizaçãobarcelona futebol clubeuma sériebarcelona futebol clubeações humanitárias – como o enviobarcelona futebol clubenavios-hospitais.

Porém, apenas uma estrutura administrativa foi criada. Nenhum grupobarcelona futebol clubenaviosbarcelona futebol clubecombate foi deslocado permanentemente para a Quarta Frota. Geralmente quando é preciso fazer uma operação naval, outras embarcações americanas são deslocadas para a região.

Malvinas

Já a Grã-Bretanha mantém uma presença permanente no Atlântico Sul, com o objetivo principalbarcelona futebol clubeproteger seus territórios ultramarinos, segundo Saint-Pierre.

Os principais focosbarcelona futebol clubeatenção são as ilhas Malvinas (Falklands para os britânicos), Georgia do Sul e Sandwich, no sul do Atlântico, próximo à Argentina – guardadas permanentemente por ao menos um naviobarcelona futebol clubeguerra britânico (atualmente o HMS Clyde, um naviobarcelona futebol clubepatrulha).

A Grã-Bretanha mantém também portos nas ilhas Santa Helena, Ascension e Tristan da Cunha – posicionadas aproximadamente na metade do trajeto entre a América do Sul e a África.

Além da presença militar permanentebarcelona futebol clubeseus arquipélagos, a Grã-Bretanha envia regularmente naviosbarcelona futebol clubeguerra ao litoral do oeste da África – com missões semelhantes às dos navios brasileirosbarcelona futebol clubepatrulha: treinar as Marinhas locais e ajudá-las a combater a pirataria crescente, alémbarcelona futebol clubecumprir objetivosbarcelona futebol clubeaproximação diplomática.

No anobarcelona futebol clube2012 foi notório o envio ao oeste da Áfricabarcelona futebol clubeuma das joias da Marinha Real, o HMS Dauntless – um destróierbarcelona futebol clube150 metrosbarcelona futebol clubecomprimento, totalmente movido a eletricidade (45% mais eficiente que seus antecessores) e com os mais modernos sistemasbarcelona futebol clubearmas da atualidade. Ele aportoubarcelona futebol clubediversos países africanos, recebeu tripulações locais e participoubarcelona futebol clubeexercícios militares.

<link type="page"><caption> Leia mais: Contra pirataria, Brasil expande ação naval na África</caption><url href="http://www.bbc.co.ukhttp://vesser.net/noticias/2013/05/130513_pirataria_africa_brasil_jf_lk.shtml" platform="highweb"/></link>

Neste ano, desde março, a fragata HMS Argyll desempenha as missõesbarcelona futebol clubetreinamento e combate à pirataria. Ela já fez escalas na Nigéria e na Namíbia.

A França, cujos naviosbarcelona futebol clubeguerra participam ativamentebarcelona futebol clubeoperações da União Europeiabarcelona futebol clubecombate à pirataria e escoltabarcelona futebol clubenavios civis no golfobarcelona futebol clubeÁden (a leste da África), também mantém operações navais no oeste africano.

No ano passado, algunsbarcelona futebol clubeseus naviosbarcelona futebol clubeguerra participarambarcelona futebol clubeexercíciosbarcelona futebol clubelarga escala com a Marinha britânica e outras dez nações próximo à costa do Senegal, para treinar forças africanas no combate ao tráficobarcelona futebol clubepessoas, pirataria, tráficobarcelona futebol clubedrogas e pesca ilegal.

Segundo Saint-Pierre, embora não possua embarcações militaresbarcelona futebol clubecaráter permanente no Atlântico sul, a China possui grande interesse na região – dentrobarcelona futebol clubesua políticabarcelona futebol clubeproteção a navios civisbarcelona futebol cluberotas comerciais. "Cercabarcelona futebol clube80% do comércio (marítimo) chinês passa pelo Atlântico Sul", disse o pesquisador à BBC Brasil.

Diplomacia

"Todo e qualquer país que tenha tráfego marinho robusto, caso do Brasil, China, tem obrigaçãobarcelona futebol clubeproteger seu tráfego marítimo, é natural", disse o contra-almirante Flávio Augusto Viana Rocha, subchefebarcelona futebol clubeEstratégia do Estado Maior da Armada do Brasil.

O governo brasileiro prega a defesa do Atlântico Sul e o combate a crimes como a pirataria e o tráficobarcelona futebol clubedrogas, mas se opõe ao desdobramentobarcelona futebol clubeforçasbarcelona futebol clubeataque no oceano.

Alémbarcelona futebol clubemanter a cooperação militar com os países do oeste africano, o país atua no campo diplomático no âmbito da Zopacas (Zonabarcelona futebol clubePaz e Cooperação do Atlântico Sul) – um canalbarcelona futebol clubenegociação que envolve 24 países há maisbarcelona futebol clube20 anos. O bloco discute a não proliferaçãobarcelona futebol clubearmas nucleares na região e a redução dos contingentes militaresbarcelona futebol clubeseus membros atuandobarcelona futebol clubeoutras regiões do mundo.

"O Atlântico Sul é uma áreabarcelona futebol clubecooperação, área onde se fomenta a parceria. Agora estamos nos planejando estrategicamente, num futuro próximo, para estarmos mais ainda preparados para qualquer postura diferente dessa", disse o contra-almirante Rocha.