Contra pirataria, Brasil expande ação naval na África:jogos multiplayer
Nas últimas semanas, num sinal do avanço nas relações, o navio-patrulha brasileiro Apa visitou a Mauritânia, Senegal, Gana, Angola e Namíbia. A embarcação foi a segundajogos multiplayertrês que o Brasil comprou da Grã-Bretanha a fazer um tour por portos africanos. Nos próximos meses, o navio-patrulha Araguari deverá percorrer trajeto semelhante.
Em seu périplo, tripulantes do Apa ministraram cursos para marinheiros africanos, e o navio realizou exercíciosjogos multiplayercombate a piratas com forças locais. Enquanto arrefece na costa da Somália, na costa oriental da África, a pirataria tem se agravado na margem ocidental do continente, especialmente no Golfo da Guiné, que ocupa faixa paralela ao litoral do Norte e Nordeste do Brasil.
A Organizaçãojogos multiplayerComércio Marítimo Internacional registrou 15 casosjogos multiplayerpirataria na região no primeiro trimestrejogos multiplayer2013, dos quais 11 ocorreram na costa da Nigéria. O país é dono das maiores reservas petrolíferas da África Subsaariana e principal exportador do produto ao Brasil.
Segundo o ministro da Defesa, Celso Amorim, a Marinha não pretende combater os criminosos na costa africana, mas sim capacitar forças locais para a tarefa. O treinamento também busca evitar que a pirataria afete a rota comercial entre as regiões, principalmente as compras brasileirasjogos multiplayerpetróleo.
Amazônia azul
A aquisição dos três navios-patrulha e a construçãojogos multiplayeroutras embarcações do tipo no Brasil buscam ainda aprimorar a vigilância da chamada Amazônia Azul, como a Marinha se refere às águas jurisdicionais brasileiras, que ocupam área equivalente à Amazônia Legal.
Para essa missão, que ganhou importância com a descoberta do pré-sal, a força tem como principal investimento o submarinojogos multiplayerpropulsão nuclear,jogos multiplayerdesenvolvimentojogos multiplayerparceria com a França. Com grande autonomiajogos multiplayernavegação, essa embarcação pode,jogos multiplayertese, impedir ou dificultar bastante a aproximação da costa nacionaljogos multiplayerforças navais hostis.
Outras preocupações da Marinha são o contrabando, o tráficojogos multiplayerpessoas e o comérciojogos multiplayerdrogas. O último relatório da Junta Internacionaljogos multiplayerFiscalizaçãojogos multiplayerEntorpecentes (Jife) revelou que portos na costa ocidental da África entraram na rota da cocaína que deixa o Brasil rumo à Europa.
O tema tem sido tratado por países sul-americanos e africanos no fórum Zopacas (Zonajogos multiplayerPaz e Cooperação do Atlântico Sul), criadojogos multiplayer1986 com a missãojogos multiplayermanter o oceano livrejogos multiplayerconflitos.
A coordenação entre forças brasileiras e africanas deverá evoluir nos próximos meses, já que, segundo o contra-almirante Flávio Rocha, a Marinha aceitou um convite da União Africana para revisarjogos multiplayerestratégiajogos multiplayerdefesa marítima. Forças nacionais discutem ainda com marinhas africanas a expansãojogos multiplayersistemasjogos multiplayermonitoramento marítimo conjuntos e a realizaçãojogos multiplayermanobras amplas.
Por ora, o Brasil tem na África do Sul, maior força militar do continente, seu principal parceiro africano para exercícios. A cada dois anos, tropasjogos multiplayerambos os países realizam manobras com a Índia, no exercício Ibsamar, e com Uruguai e Argentina, no exercício Atlasur. Forças brasileiras e sul-africanas também desenvolvem conjuntamente um míssil ar-ar e um míssil ar-superfície.
<link type="page"><caption> Leia mais: Ministro diz que defesa do Atlântico Sul pode ocorrer sem militarização</caption><url href="http://www.bbc.co.ukhttp://vesser.net/noticias/2013/05/130513_sub_atlantico_lk.shtml" platform="highweb"/></link>
O país africanojogos multiplayerque forças brasileiras exercem maior influência, porém, é a Namíbia, cujo litoral ocupa faixa paralela à que vai do sul da Bahia a Santa Catarina. Desde que se tornou independente da África do Sul,jogos multiplayer1990, a Namíbia já teve 1.315 marinheiros formados pela Marinha brasileira, que mantêm no país duas missões para manutençãojogos multiplayernavios e treinamento.
Militares brasileiros também realizaram os estudos para a extensão da plataforma continental da Namíbia, que foi chancelada pela ONU e ampliou a áreajogos multiplayerque o país pode explorar recursos. Agora, diz o contra-almirante Rocha, o Brasil executa o mesmo estudojogos multiplayerAngola e,jogos multiplayerbreve, deverá fazê-lojogos multiplayerCabo Verde.
A Marinha vem ainda expandindojogos multiplayerofertajogos multiplayercursosjogos multiplayerformação e aperfeiçoamento para militares africanos. Desde 2011, África do Sul, Angola, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Moçambique, Nigéria e Senegal, além da Namíbia, enviaram marinheiros para o Brasil. A práticajogos multiplayeroferecer treinamento a forças aliadas é comum entre potências como EUA e França.
Diplomacia militar
O estreitamento dos laçosjogos multiplayerdefesa entre o Brasil e países africanos tem sido facilitado pela redejogos multiplayeradidâncias militares brasileiras no continente. Encarregadasjogos multiplayercontatos com as forças locais, as representações estão presentesjogos multiplayersete países africanos, e há planosjogos multiplayercobrir outros seisjogos multiplayerbreve, segundo a Marinha.
O governo espera que a expansão da rede propicie mais negócios no setor. Nos últimos anos, o Brasil vendeu uma corveta à Guiné Equatorial e Super Tucanos (aviões militares da Embraer) a Angola, Senegal, Burkina Faso e Mauritânia.
Outros países africanos querem a instalaçãojogos multiplayerempresas brasileirasjogos multiplayerseus territórios. Recentemente, a Odebrecht e a Atech disputaram uma concorrência para a construçãojogos multiplayeruma fábricajogos multiplayerarmas na Argélia, mas o negócio não avançou. A Atech também está desenvolvendo sistemasjogos multiplayervigilância para Senegal e Angola.
Organizações que monitoram a vendajogos multiplayerarmas brasileiras cobram mais transparência nesses negócios. Camila Asano, da ONG Conectas, defende que o Brasil seja um dos primeiros signatários do ATT (Tratato sobre o Comérciojogos multiplayerArmas,jogos multiplayeringlês), aprovadojogos multiplayerabril na ONU. O acordo, que será aberto para ratificaçõesjogos multiplayer3jogos multiplayerjunho e passará a vigorar a partir da 50ª adesão, define critérios para a exportaçãojogos multiplayerarmas e exige a divulgaçãojogos multiplayertodas as transações.
Para Daniel Mack, do Instituto Sou da Paz, a Política Nacionaljogos multiplayerExportaçãojogos multiplayerMaterialjogos multiplayerEmprego Militar (Pnemem), que vigora desde a ditadura militar, está obsoleta. Ele afirma que o Brasil deve não só ratificar o ATT como tornar a legislação nacional sobre vendajogos multiplayerarmas ainda mais abrangente, proibindo, por exemplo, exportações a órgãos não estatais.
Segundo o ministro da Defesa, Celso Amorim, os equipamentos bélicos exportados à África são para proteção do Estado, e não para uso contra a população civil. Ele diz que o Brasil sempre seguiu sanções da ONU sobre vendasjogos multiplayerarmas.
"Verifique as guerras civis na África e veja quem forneceu armamentos por cima e por baixo do pano para grupos que não respeitavam nem resoluções da ONU, nem o direito internacional. Nós não queremos vender por baixo do pano, não venderemos", diz Amorim.