Raptos nos EUA: vítimas brancas ganham mais atenção da mídia?:paypal pokerstars
A declaraçãopaypal pokerstarsRamsey funciona como um comentário irônico a uma tendência da mídia local, conhecido como a Síndrome da Mulher Branca Desaparecida.
Charlton McIlwain, professor da Universidadepaypal pokerstarsNova York e autor do livro Race Appeal: How Candidates Invoke Race in US Political Campaigns ("Encanto da Raça: Como Candidatos Invocam a Raçapaypal pokerstarsCampanhas Políticas nos Estados Unidos",paypal pokerstarstradução livre), diz que "mulheres brancas ocupam um papel privilegiado na mídia como vítimaspaypal pokerstarscrimes violentos".
"Nossas vítimas são codificadas por cores", afirmou o professor, acrescentando que uma vítima "apropriada" para a mídia é aquela que parece com um jornalista.
Segundo o acadêmico, pesquisas sugerem que as pessoas se identificam com vítimas que são como elas.
"O nosso idealpaypal pokerstarspessoa vulnerável, a vítima, é da pessoa branca e do sexo feminino".
Essa percepção sobre a vítima foi criada,paypal pokerstarsparte, pela mídia.
A verdade é que cercapaypal pokerstarsmetade das pessoas que desaparecem nos Estados Unidos não são brancas, apesarpaypal pokerstarseste fato não ser muito divulgado pela imprensa.
Amanda Berry, branca, foi sequestradapaypal pokerstarsabrilpaypal pokerstars2003 e Gina DeJesus, hispânica, um ano depois. Elas eram crianças e desapareceram, as famílias ficaram desesperadas.
Mas, a cobertura dos dois sequestros foi muito diferente.
Em Cleveland, os jornais deram notícias principalmente sobre a menina branca.
Nos dez anospaypal pokerstarsque Berry ficou desaparecida, o jornal Cleveland Plain Dealer publicou 36 artigos sobre ela, segundo uma busca eletrônica no arquivopaypal pokerstarsnotícias online Lexis-Nexis.
Durante o períodopaypal pokerstarsnove anospaypal pokerstarsque DeJesus ficou desaparecida, o jornal publicou 19 artigos sobre o caso.
Tendência geral
A cobertura destes dois casos reflete uma tendência geral na mídia do país.
Segundo um estudopaypal pokerstars2010 da Universidade Rowan, na Pensilvânia, cercapaypal pokerstars80% da coberturapaypal pokerstarsnotícias sobre crianças desaparecidas é voltada para vítimas que não são negras, enquanto apenas 20% se concentrapaypal pokerstarscrianças negras.
"Nós temos uma espéciepaypal pokerstarshierarquia racial", diz McIlwain.
Para Natalie Wilson, cofundadora da fundação Black and Missing (Negro e Desaparecido,paypal pokerstarstradução livre), que combate estereótipos raciais na mídia, a coberturapaypal pokerstarsum crime violento epaypal pokerstarspessoas que desapareceram é tendenciosa e nociva.
Wilson notou pela primeira vez este problema quando soube do casopaypal pokerstarsuma mulher negrapaypal pokerstars24 anos, Tamika Huston, que desapareceupaypal pokerstarsSpartanburg, Carolina do Sul,paypal pokerstars2004.
A imprensa parecia não ligar para o caso.
"A família lutou muito para conseguir qualquer tipopaypal pokerstarscobertura", disse.
Maispaypal pokerstarsum ano depois do desaparecimento, um ex-namorado alegou ser culpado pelo assassinato da jovem. A notícia foi publicada e, pelo menos, a família sabe o que aconteceu com Tamika.
Em alguns casos, são necessários muitos anos para descobrir a verdade e a família só consegue ajuda com organizações como apaypal pokerstarsWilson ou com ativistas importantes.
Especialistas afirmam que crimes contra pessoas que não são brancas frequentemente ficam sem resolução e ninguém, exceto a família, parece se importar.
O casopaypal pokerstarsCleveland voltou as atenções do país para os casospaypal pokerstarscrianças desaparecidas e os especialistas esperam que este caso faça com que as pessoas prestem mais atençãopaypal pokerstarsdesaparecimentos, independente da cor da pele.