Polícia dispersa protesto contra a Valepoker dopeMoçambique:poker dope
poker dope Policiais dispersaram nesta quarta-feira um protestopoker dopemoradores reassentados para a instalaçãopoker dopeuma minapoker dopecarvão da Valepoker dopeMoçambique, no sudeste da África. Os manifestantes bloqueavam desde a tardepoker dopeterça-feira a ferrovia pela qual a empresa escoapoker dopeprodução.
Ativistas disseram à BBC Brasil que os manifestantes "fugiram para as matas" quando policiais usaram gás lacrimogêneo e balaspoker dopeborracha para liberar a linha férrea.
O grupo era formado por oleiros (produtorespoker dopetijolospoker dopecerâmica) que dizem não ter recebido toda a indenização que haviam acordado com a empresapoker doperazão do realojamento.
Desde 2011, a Vale opera no distritopoker dopeMoatize, na província moçambicana do Tete (noroeste do país), a maior minapoker dopecarvão a céu aberto do mundo. A empresa diz que já pagou a indenização e que desenvolve na região ações "para incrementar a produção e renda no nível microempresarial que permitirão a integração dos oleiros nessas atividades".
Balaspoker dopeborracha
Segundo a Ação Acadêmica para o Desenvolvimento das Comunidas Rurais (Adecru), movimento que apoia a manifestação, cercapoker dope500 pessoas – empoker dopemaioria jovens oleiros – participavam do protesto quando, por volta das 17h locais (13hpoker dopeBrasília), 40 policiais usaram gás lacrimogêneo e balaspoker dopeborracha para dispersá-las.
"Eles fugiram para as matas e temos informaçõespoker dopeque há feridos", afirmou à BBC Brasil Adriano Vicente, gestorpoker dopeprogramas da Adecru.
Jeremias Vunjanhe, da organização Justiça Ambiental, que também apoia os manifestantes, diz que alguns moradores que fugiram durante a operação ainda não foram localizados por familiares.
O governo moçambicano não se pronunciou sobre a intervenção.
Vicente diz que, desde o início da operação da mina da Vale, centenaspoker dopefamíliaspoker dopeoleiros desalojadas perderam "o único meiopoker dopevivência que tinham".
As famílias, segundo ele, foram deslocadas para áreas onde o solo não permite a atividade oleira ou onde já existem outros produtores.
Para compensá-las pelo deslocamento,poker dopeacordo com Vicente, a Vale teria oferecido uma indenizaçãopoker dope120 mil meticais (cercapoker dopeR$ 8 mil) a cada família.
No entanto, ele diz que só 60 mil meticais (R$ 4 mil) foram pagos desde então.
‘Funcionários subalternos’
Já a Vale diz que a indenização total acordada erapoker dope60 mil meticais, que foram pagos diretamente a 785 donospoker dopeolarias entre 2008 e 2012.
De acordo com Vicente, as famílias iniciaram o protesto após tentarem negociar na terça-feira com o diretor da Valepoker dopeMoçambique, Ricardo Saad.
Como não foram recebidas pelo diretor – que teria enviado "funcionários subalternos" para a reunião –, resolveram se manifestar, bloqueando a ferrovia pela qual a empresa escoa o carvão até o porto da Beira, no Oceano Índico.
O protesto começou às 17h locaispoker dopeterça-feira. Na manhã desta quarta-feira, os manifestantes bloquearam também a via que os funcionários da Vale usam para acessar a mina.
Em janeiro do ano passado, maispoker dope700 famílias camponesas já haviam fechado a ferrovia, reclamando das condições das moradias e do solo das áreas para onde haviam sido deslocados.
O governo moçambicano,poker doperesposta, enviou uma força policial especial para desbloquear a linha. Segundo ativistas, a unidade agiu com brutalidade.
A Vale não se pronunciou sobre a intervenção policial nesta quarta-feira. Em nota divulgada antes do ocorrido, a companhia diz ter "profundo respeito ao direito que o cidadão tempoker dopese manifestar pacificamente, da mesma forma que apela ao direitopoker dopeacessopoker dopemilharespoker dopetrabalhadores aos seus locaispoker dopetrabalho".